PRÓLOGO

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Eu nunca tive muitos problemas de relacionamento com minha família. É até engraçado começar dizendo isso, considerando o giro que minha vida deu, mas a verdade é que eu não tinha nada para me queixar até bem pouco tempo atrás.

Para contextualizar, meus pais são separados desde que me entendo por gente. Cresci consciente de que minha vida jamais seria como nos comerciais de margarina. Apesar disso, nunca me faltou amor ou suporte. Minha mãe era minha melhor amiga e meu pai era o cara mais fantástico que eu conhecia, capaz de feitos fantásticos num curto espaço de tempo. Eu não conseguia entender como ele dava conta de tantas coisas – ele era advogado e trabalhava numa multinacional muito conhecida –, e ainda assim sempre estava disponível para irmos ver em jogos de basquete, comer fora ou simplesmente papear sobre a vida. Ele era meu maior apoiador em todos os projetos que já me propus a tocar.

Tudo mudou no dia em que sofremos um acidente. Sem querer, eu acabei abrindo um baú de segredos da família que ninguém queria olhar.

Ninguém, a não ser eu. 

O Outro Lado da PortaOnde histórias criam vida. Descubra agora