Era possível seduzir uma acompanhante profissional?

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Boa leitura !!!


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Enquanto abraçava uma Clarke entregue aos seus braços, toda derretida e satisfeita, Lexa  sentiu seu coração palpitar como se estivesse inebriada.

Aquilo não tinha sido uma simulação de foda num relacionamento simulado, ou sexo pro bono para provar que ela era uma pessoa melhor que seu pai

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Aquilo não tinha sido uma simulação de foda num relacionamento simulado, ou sexo pro bono para provar que ela era uma pessoa melhor que seu pai.

Ela já tinha transado com centenas de mulheres, mas nunca sentira uma sintonia como aquela. Nunca se sentira tão desesperada para agradar, ou tão extasiada quando Clarke gritara seu nome e gozara para ela de novo e de novo. Não sabia o que tinha sido aquilo, mas com certeza não era só sexo.

A econometrista a abraçou com mais força, deu alguns beijos desajeitados no seu ombro e no seu pescoço e sorriu para ela, fazendo movimentos circulares em seu seio. Aparentemente não era sempre um mau sinal quando os dedos dela se agitavam, mas aquilo fazia cócegas.

Lexa  pôs a mão espalmada dela sobre seu coração para impedir que começasse a batucar e tentou assumir um estado de espírito mais profissional. — Olha só você. Vou querer uma avaliação cinco estrelas.

— Seis estrelas. —  O sorriso dela se abriu ainda mais. Aqueles olhos cor azulados brilharam e se esqueceram de fugir logo em seguida, permitindo que ele a encarasse de verdade pela primeira vez naquela manhã. Aquilo a fez sentir que ela própria tinha um valor inestimável, deixando-a sem fôlego.

— Assim você faz mal pro meu ego, que já é grande o bastante — , se obrigou a dizer em tom de brincadeira.

— Você não é nada egocêntrica. É confiante, mas bem modesta. É uma das muitas coisas que amo em você.

Ama?

Lexa sentiu uma pontada no peito.

Ela jamais poderia amá-la. Sentia aquilo com cada fibra de seu ser. O amor exigia confiança, e só uma idiota confiaria nela. Lexa  era como seu pai.

Mas poderia provar que nem tanto, caso fizesse aquilo direito. Era só o que queria. Lexa olhou para o relógio e ficou surpresa ao constatar que não eram nem dez horas. Os acontecimentos daquela manhã pareciam capazes de mudar uma
vida, mas as duas estavam acordadas fazia só duas horas.

— Estou morrendo de fome e precisando de um café — , ela falou. — E preciso pegar meu carro. Tenho roupas limpas lá.

Acima de tudo, Lexa  precisava de espaço. As duas estavam se aproximando demais, e ela tinha que estabelecer algum distanciamento. Levantou da cama e vestiu a calça, sabendo muito bem que Clarke estava admirando. Apesar de se sentir meio ridícula, desacelerou os movimentos de propósito, e flexionou o abdome ao fechar o zíper e abotoar a calça jeans. Na verdade, se vestir exigia muito menos da musculatura do corpo do que ela gostaria.

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