Balada do amor inabalável (Concluída)

67. Photograph

Andrew Pov.

Uma semana depois.

Hoje pela manhã recebi uma ligação do meu cunhado Mark que me surpreendeu bastante, ele ficou aqui na cidade até a Mer ser liberada do hospital e depois de alguns dias ele teve que voltar para o trabalho.

A ligação de hoje foi ele me pedindo para ajudá-lo na surpresa que ele pretende fazer a Meredith que consiste na mudança efetiva dele para Los Angeles. Nossa última conversa no hospital foi bem emotiva e ele comentou que faria isso. 

Flashback on

Estou chegando no quarto em que Meredith está e o vejo sentado na cadeira próxima a ela. Ele segura a mão da irmã e da porta percebo os ombros de Mark se mexendo como quem está chorando muito, mas que não pode gritar.

Eu entro dou bom dia e ele logo levanta da cadeira, vai até a janela e fica olhando para fora, e como eu imaginei ele estava mesmo chorando.

-Mark tudo bem? Aconteceu algo com ela?

Eu pergunto já preocupado e com medo, essa noite dormi com a Mel e ele ficou com a Meredith.

-Não Andrew, ela está estável só dormindo...eu é que... é difícil ver minha irmã assim e saber que quase a perdi me dói até a alma.

-Entendo como você se sente.

-Você a ama? De verdade Andrew seja sincero por favor?

Por essa eu não esperava, quer dizer, nos conhecemos em uma situação nada agradável e é natural ele como irmão preocupado me fazer esse tipo de pergunta.

-Amo e muito, cada célula do meu corpo a ama e quer fazê-la feliz pode ter certeza.

Eu respondo firme olhando para ele e depois para Mer que ainda dorme.

-Fico feliz em saber disso, quando ela terminou com você e foi para minha casa ela estava devastada e eu fiquei com muito medo dela estar novamente em um relacionamento horrível como o que ela teve. Nós conversamos muito e eu entendi que ela só estava sofrendo por amar você e estar confusa com a relação de vocês caminhando rápido demais. Ela merece muito ser feliz e eu sei que você a faz bem, ela me liga sempre sorrindo e contando sobre a família incrível dela, isso só me enche de orgulho, por ela ter se deixado ser feliz mesmo com todos os traumas que ela tem ou teve, aos poucos eu noto ela se libertando de cada um deles.

Ele para um pouco, olha para ela por uns segundos e continua falando.

-Eu não estava aqui quando minha irmã sofreu todos os abusos e maus tratos nas mãos daquele cretino, nos víamos muito pouco, pois minha carreira às vezes suga todo meu tempo, eu negligenciei minha irmã, ela não me contava e nos falávamos sempre por telefone assim como até hoje, se eu estivesse perto dela eu notaria alguns sinais, mas eu estava longe e eu estou aqui agora vendo minha irmã machucada por um infortúnio claro, mas isso me fez perceber que eu não posso mais viver longe dela. Eu amo meu trabalho, sou muito bem sucedido, sou chefe de cirurgia de um grande Hospital, mas nada disso faz sentido ao ver que minha irmã quase morreu e eu nem perto dela estava, você me entende?

-Entendo perfeitamente, também tenho uma irmã que é minha alma fora do corpo.

-Eu vou pedir demissão e me mudar para cá, quero fazer parte da vida dela e vê-la feliz, chega de só nos falarmos por ligação. Talvez você me ache precipitado por largar tudo assim...

-De maneira nenhuma, eu faria o mesmo, aliás minha irmã Carina fez exatamente a mesma coisa por mim, mas isso eu conto em outro momento. Então você pode contar comigo para o que precisar, nós estamos aqui por ela.