Coração estilhaçado [kth + jjk]

amor manchado de carmesim

voltei! confesso que tô insegura com essa história, mas como escrevi de madrugada e tô postando de madrugada vai assim mesmo

tw: violência, armas, palavras de baixo calão

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Jeon Jungkook estava tranquilo.

Sentado em uma cadeira com os cotovelos apoiados na mesa de metal, o homem encarava os outros presentes no local. O homem mais afastado de si, que era chamado pelo codinome de RM, o olhava sem transmitir nenhuma emoção enquanto colocava balas em uma pistola. A mulher negra de cabelos platinados ao lado de RM, com o codinome Van, o olhava com ódio ao que também portava uma pistola; esta que apontava na direção de Jungkook. Mas a atenção toda de Jeon estava no homem a sua frente: Chimmy, com sua AK-47 empunhada e sua cara de ódio.

"Você ficou maluco, porra?", gritou Chimmy e passou a mão nos cabelos cinzas, raiva exalando de cada poro de seu corpo.

"Não entendo o porquê da sua raivinha, eu não fiz nada demais," defendeu-se Jeon. Ainda não acreditava que havia sido levado até o local apenas para ouvir a gritaria raivosa do outro.

"Nada demais," o homem à sua frente repetiu com sarcasmo, dando um passo à frente. "Você acha que não é nada demais colocar uma porra de uma foto do nosso depósito na matéria que você escreveu para aquele jornalzinho, porra?"

"Acho. Vocês não usam aquele depósito há meses," retrucou o homem sentado.

"Não significa que ele está desativado, Jeon," se pronunciou RM, fazendo sua voz ser ouvida pela primeira vez em quarenta minutos. "Você ter dado esta informação para o público e, mais importante, para a polícia, atrapalhou um pouco os nossos planos."

"Vocês iam usar o depósito para o quê?", indagou Jeon, a curiosidade jornalística falando mais alto. "E como livraram o depósito dos olhos da polícia?"

"Para quê quer saber? Vai publicar no seu jornalzinho de merda também?", ironizou Chimmy. O maxilar travado e as mãos cheias de anéis em torno da arma podiam colocar medo em qualquer um, mas Jungkook só estava entediado. Sabia que não corria perigo algum.

"RJ deu um jeito," respondeu RM, da maneira vaga que o jornalista já tinha se acostumado. Jeon se perguntava se "dar um jeito" significava suborno ou homicídio.

"E o que iriam fazer com o depósito?," perguntou sem se conter. Quando olhou ao redor, reparou que Van não estava mais ali. A mulher era sempre silenciosa e nunca era vista a menos que quisesse. Ela sim causava medo em Jeon.

"Iria ser um novo comércio se você não tivesse estragado tudo," comentou RM.

"Acho engraçado como vocês chamam uma boca de fumo de comércio," complementou o jornalista. O tom de deboche era mais comum em sua língua do que a própria saliva.

"Acho engraçado para caralho como você tenta mudar de assunto só para evitar que eu encha a porra da sua cara de bala," o homem de cabelos cinzas disse, destravando sua arma.

"Chimmy," o jornalista chamou calmamente, encarando o outro na sua frente sem se abalar. Jungkook estava com raiva também, mas tentava não demonstrar. "Você sabe muito bem que não pode e não vai encostar um dedo em mim, menos ainda encher meu lindo rostinho de bala. Então eu te aconselho a ir fazer algo de útil ao invés de ficar aqui enchendo a porra do meu saco com esse discurso de merda."

"Tudo bem, Jeon, eu não posso descarregar todas as minhas balas na sua cabeça oca," Chimmy largava a AK-47 na mesa enquanto se aproximava do jornalista vagarosamente. "Mas eu não estou vendo nada e nem ninguém aqui agora que vá me impedir de socar a sua cara."