The pilot 7 Urridalgo/ Sabinoah

Capítulo 1

Sabina Hidalgo
Malibu

Como me definir em uma palavra? Hum... Obediente, acho que essa é a palavra. Por meu pai ser um ex militar ele é fanático por obediência e ordem, então eu e meus irmãos crescemos para não infligir regras e nunca, em hipótese alguma, fazer algo que fizesse papai nos castigar.

As vezes papai esqueci que não somos soldados e age como um General, os castigos são a pior parte. Mesmo eu sendo a filha que nunca decepciona e sempre faz tudo certo, recebo castigos, como papai sempre diz " se um de vocês erram todos vão pagar! ". E como Any é rebelde e não aceita que mandem nela, sempre recebemos castigo.

Bailey é meu irmão mais velho, ele também é meio rebelde, mas, está do lado do meu pai, acho que para não ser castigado ele prefere apoiar as decisões que papai toma sobre mim e Any, mesmo sendo errado. Mas papai me castiga quando ele erra também.

— como estão as notas de vocês? — papai pergunta nos encarando com um olhar sombrio.

— estão ótimas como sempre. — respondo sem o olhar, as vezes papai odeia que o olhamos.

— você já deve saber, não entendo o porquê de estar perguntando. — Any diz e eu fecho os olhos com força quando papai bate a mão na mesa.

— não me teste menina, você sabe muito bem do que sou capaz. Agora me diga como estão suas notas! — ele fala e eu aperto a mão de Any debaixo da mesa.

— ótimas, como o esperado certo? — pergunta irônica.

— você está precisando de corretivo para aprender que tem que me respeitar. E eu sei como atingir você muito bem! Sabina dormirá no sótão nos próximos dois dias. — diz e eu mordo os lábios com força para não chorar, ele odeia quando exibimos nossa fraqueza.

— quem errou foi eu, então me castigue, mantenha Sabina longe disso! — diz soltando minha mão e se levantando.

— se continuar com essa desobediência Sabina passará a próxima semana inteira lá. Você parece não entender que quem manda aqui sou eu, então usarei suas fraquesas contra você até que aprenda! — diz rude.

— Sabina tem medo daquele lugar e você sabe disso! Me dê um de seus castigos mas não faz isso com ela. — Any fala e papai sorri.

— devia ter pensado nisso antes de agir como uma rebelde. — diz e se levanta saindo da mesa nos deixando só.

— desculpa Sabina, eu juro que não queria que isso acontecesse. — diz me abraçando quando um soluço escapa dos meus lábios, eu odeio o sótão com todas as minhas forças.

— eu não quero ir para lá Any. — falo entre soluços, aquele lugar me dá muito medo.

— me perdoa Saby. — diz me abraçando ainda mais forte.

— vamos logo Sabina, seu castigo começa agora. — diz e eu nego.

— por favor papai, eu não gosto de ficar lá,  por favor. — sussurro entre lágrimas.

— levante e me acompanhe agora! Ou as consequências serão maiores! — diz com firmeza.

— deixe ao menos que ela termine de comer. — Any fala.

— ela já comeu o suficiente, agora levante. — grita e eu me encolho — eu estou perdendo a paciência com você, engula esse choro e vamos agora. — papai diz puxando meu braço, eu não consigo fazer nada a não ser chorar.

— não faça isso com ela, eu prometo que vou melhorar, você sabe que aquele lugar trás lembranças horríveis para ela! — minha irmã grita seguindo papai que está subindo as escadas me puxando com ele.

— e é por isso que aquele é o melhor castigo para ela e para você. — diz me jogando dentro do quarto e fechado a porta.

Me encolho num canto e fecho os olhos esperando que essa noite passe bem rápido.