Capítulo 43

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Não tem mais você,
não tem mais amor
Não tem mais história,
não tem mais nós dois!
Tudo se perdeu,
O cristal se quebrou
É o fim de uma vida,
é o final desse amor!

Manuela Freitas

Mais de uma semana se passou desde o dia em que meus pais, sogros e amigos vieram conhecer Luke, mas o que me intrigava mais era ter se passado mais de uma semana do dia em que Andrew saiu para resolver alguma coisa e voltou completamente estranho.

Ele estava distante, sério e preocupado, era nítido, tão nítido que falta poucos dias pro meu resguardo acabar e ele sequer tocou no assunto.

Não sei o que aconteceu aquela noite, mas sei que foi algo grave, ou ele não estaria abalado assim.

Respirei fundo e atravessei a porteira da fazenda onde Carol e Thomas moram, marquei de almoçar com Carol enquanto Thomas viaja, então aqui estou eu.

Desci da caminhonete e fui até a porta traseira, pegando meu filho e a bolsa com as coisas dele. Carol apareceu pra me ajudar e depois de me cumprimentar, levou minha bolsa para dentro da grande casa.

- Vamos pra cozinha, decidi eu mesma fazer o almoço! - ela tomou a frente e eu a segui com Luke.

- Pensando bem eu acho que nem estou com tanta fome assim - falei e ri.

- Eu sou uma ótima cozinheira ok? - ela disse assim que chegamos na cozinha que estava coberta por fumaça e cheiro de queimado - Ah não que merda! - ela colocou a bolsa em uma das cadeiras e correu até o fogão.

- Uma ótima cozinheira - eu a imitei e ela me fuzilou com os olhos.

- Acidentes acontecem, eu devia ter deixado você sozinha com tudo isso, pelo menos minhas batatas estariam comestíveis - ela disse jogando o conteúdo da panela fora e colocando a panela na pia.

- Tudo bem master chef, é culpa minha! - ergui os braços em rendição.

- Vou ignorar a ironia e aceitar as desculpas, agora vem aqui e corta outra batata enquanto eu termino o resto - Carol colocou algumas batatas em cima da bancada e eu fui até lá.

- Se eu soubesse que ia ser explorada eu não teria vindo! - comecei a descascar as batatas enquanto ela mexia no fogão.

- Para de reclamar e faz o que eu pedi direitinho, se der errado de novo a culpa vai ser sua de novo! - eu ri.

Terminamos o almoço sem queimar mais nada, almoçamos conversando amenidades e assim que terminamos de lavar a louça, Luke acordou e começou a chorar com fome.

Peguei ele do bebê conforto e o coloquei pra mamar, sentamos no sofá e Carol se sentou ao meu lado, observando o pequeno sugar meu seio.

- Dói muito? - ela perguntou.

- Sim, nos primeiros dias é horrível, mas agora eu já me acostumei.

- Acho que definitivamente não quero ter filhos! - ela riu.

- Compensa vai, olha essa carinha que coisinha mais linda! - apertei as bochechas de Luke.

Apaixonado na VeterináriaOnde histórias criam vida. Descubra agora