23- Companheira de cama.

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— Canalha idiota! — Lili socou o travesseiro. — Claro que o chá não era
descafeinado, sua besta. — Ela xingou a si mesma e jogou as pernas para cima da cama.

Com um grunhido, ela abriu a porta do quarto e saiu pelo corredor em direção à nova ala da casa.

Eu não vou permitir que as esculturas esquisitas me apavorem, cantarolou repetidas vezes enquanto entrava na nova ala. Cole era o único hospedado nessa parte da casa. O que, no fim das contas, era bom; significava que ela não precisava vê-lo com frequência, considerando que ele tinha uma entrada separada da propriedade maior. Não que isso importasse. Ela tinha passado quase todos os momentos com ele.

Por outro lado, isso também significava que, quando precisava sair procurando por ele às duas da manhã, ela tinha que passar por uma galeria de máscaras que, em sua opinião, poderiam criar vida a qualquer momento.

Ela finalmente chegou ao fim do corredor, onde havia duas portas duplas. A suíte master.

Vou castrá-lo!

— Cole! — Ela esmurrou a porta. — Sei que você tá aí dentro! Vem aqui fora e luta comigo como um homem!

Nenhuma resposta.

— Filho da p...

— O que você está fazendo, Lili? Sabe que horas são? — Cole abriu a porta bem
quando ela estava prestes a xingá-lo e mandá-lo voltar para o buraco de onde ele tinha saído rastejando.

No entanto, as palavras não saíam da boca escancarada de Lili. O homem estava nu
— bem, não completamente. Estava usando uma cueca boxer que não ajudava a esconder os músculos fortes que acabavam no...

Sério, ele era a encarnação do pecado. Um grande gostoso.

— Você! — Ela empurrou o peito esculpido até ele entrar no quarto, batendo a porta
atrás. — Você e seus truques não são bem-vindos, Cole Mitchell Sprouse!

— Uau, calma, não fala meu nome todo desse jeito. As coisas não podem ser tão ruins.— Ele tirou o cabelo castanho -dourado do rosto e bocejou. — Agora, pode fazer o favor de me dizer o que eu fiz, pra eu poder voltar a dormir? Algumas pessoas não ficam acordadas a noite toda planejando maneiras de torturar os outros.

— O chá... — Lili o empurrou de novo. — ... não era descafeinado!

Um sorriso surgiu no rosto de Cole.

— Ah.

Lili tentou pegar os ombros dele, mas ele foi rápido demais e a jogou de costas na cama muito confortável e ficou em cima dela. Isso não é bom. Ai, meu santo Deus, ele era
quente e Não olha, Kacey. Simplesmente não olha.

— Lil, por que você está de olhos fechados? Vamos lá, abra os olhos e lute comigo como um homem. — Ele piscou e se aproximou o suficiente para roçar um beijo nos lábios dela.

Para vergonha extrema de Lili, ela se inclinou para a frente na expectativa.

— Me desculpa pelo chá, mas eu tenho uma reputação a zelar. E você prometeu não
contar a ninguém sobre o coelhinho com quem eu dormia, além de todas as coisas que você colocou na mesa hoje à noite.

— Escapou!

— Nós fizemos um juramento de sangue! — argumentou ele, com o hálito quente
provocando arrepios no pescoço dela. — E eu queria me vingar.

— Ótimo! — Ela trincou os dentes, chateada. — Mas agora você vai ter que sofrer as consequências.

— Estou tremendo de medo. — Cole se afastou dela e mergulhou debaixo das cobertas.

THE BET. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora