Ao fim de um confronto, a jovem História Reis necessita reestabelecer o reino a qualquer custo, precisando encontrar os inimigos infiltrados do reino vizinho.
Mas um dos grandes problemas, o qual não estava preparada, era se apaixonar por uma inimi...
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O vento batia sobre as árvores verdes e saudáveis, o som dos pássaros e as risadas escondidas sob as mãos das moças, gracejadas com piadas e flertes vinda da parte dos rapazes presentes ali, preenchiam o espaço e a audição de qualquer um na grande comemoração, a enorme coroação era organizada, e todas as pessoas de diferentes classes sociais poderiam desfrutar da rica festa, contanto que fossem do reino.
De cima da janela, a pequena criatura de olhos azuis, assim como o vestido que usava, estava observando atentamente os movimentos alheios dos que circulavam lá embaixo, os fios loiros presos em um coque, uma trança simples usada na lateral do cabelo, ligada ao pentedo, as duas mechas, partidas aos meio e soltas na frente, incomodavam a pequena, a fazendo sempre levar a mão até o rosto, para que os fios não interferisse na sua visão.
O ar foi solto de seu corpo em um suspiro longo e cansado, o fato, era que, nada daquilo era real, a felicidade que era obrigada a expressar falsamente em sorrisos frágeis, ela nunca existiu. Seus pais eram ótimos rei e rainha, enquanto estavam vivos, a economia e império continuavam a crescer, contudo, tudo sucumbiu a dois anos, quando um pequeno confronto se estabeleceu entre os Reis e os Evergaden, eram impérios vizinhos. Os dois reinos saíram bastante afetados, mesmo que ambos tentassem manter a pose para os nobres e demais, seu pai e sua mãe foram mortos naqueles dias, um infiltrado, acabou tirando suas vidas enquanto dormiam. Aquela comemoração...Ela doía em seu peito, era como se estivesse celebrando a morte de seus pais.
Os corpos foram vistos apenas pela manhã, levando a loira a uma pergunta frequente em seu mente. O que impediu o inimigo de matar a si e seu irmão?
— História? — A voz masculina e suave invadiu o quarto, a princesa se virou, sendo recebida por um sorriso gentil e meigo de Armin.
— Irmã, você está linda. — Uma risadinha baixa escapou da garota e ela deu um pequeno giro, fazendo o vestido azul ir junto consigo, o tecido quase tocando o chão, se não fosse pelo salto que utilizava.
— Estou feliz que está aqui. — Disse em um tom baixo, o loiro sorriu para a irmã a abraçando, não se viam a semanas, a menor se assustou de primeira, mas retribuiu o abraço com sentimento de saudade.
— Eu senti sua falta. — Eles se separaram, e por mais que Historia tentasse disfarçar com os risos e postura impecável, era notável o cansaço que, em alguns momentos, se fazia presente em seu rosto. — Sinto muito, eu sei, que não queria herdar o trono.
— Eu estou bem.
— Não tente mentir para mim. Somos gêmeos. — Armin ditou, olhando para fora, pela grande janela. — Eu sei que você consegue, vou estar ao seu lado durante todo o processo. — A mulher agradeceu baixinho. O irmão era sua única família, responsável e leal, se sentiu muito feliz em saber que o mesmo não compareceu ao casamento de Eren apenas para paticipar da sua coroação, parecia um pouco egoísta de sua parte, no entanto, ela ficava feliz em saber que o gêmeo colocava a família em primeiro lugar.
As conversa voltou ao normal alguns minutos depois, o príncipe contou a irmã sobre os dias que passou com o rei Erwin Smith, relatou que ele era uma pessoa centrada e que colocava a vida dos suditos em primeiro lugar, trazendo também uma ideia a irmã, pedindo a mesma que quando fosse coroada, tentasse trazê-lo como aliado.
A conversa duraria mais se a duquesa não tivesse aberto a porta brutalmente.
— Oh, perdoe-me. — A mulher de fios negros e longos pediu de imediato, curvando-se. — Não tinha conhecimento que os senhores estavam no quarto.
— Pieck, não precisa fazer isso. — A Reis tratou de dizer.
— Poderia parar com os "Senhores", me sinto velho, temos a mesma idade. — Armin lembrou, fazendo a duquesa rir de maneira fraca, por mais que conhecesse os dois desde a infância, por pressão da família, acabava por agir sempre cordialmente.
— Majestade! — A morena falou, olhando para a loira, História poderia pedir para que ela parasse com o "Majestade", contudo, achou melhor ouvia-la primeiro. — A Senhorita já deveria estar recebendo a coroa a essa hora.
Não se obteve espaço para mais diálogos, a mulher, mesmo de salto, começou a correr, Armin nem conseguiu falar um "até mais" para a mais velha.
Por Deus, um atraso no dia da sua própria coração, faria todos a crucificar em suas mentes, uma rainha ser anunciada tão jovem, já era motivo de baderna, imagina o que deveriam estar comentando aquele momento.
Ela levou a mão ao rosto em meio ao passos apressados, tirando os fios que a incomodavam da face. Foi em questão de segundos, seu corpo bateu fortemente contra o de alguém, que continuou de pé, ao contrário de si, que foi inteiramente ao chão.
Um resmungo foi ouvido da pessoa que estava de pé, era uma mulher, a princesa contestou antes mesmo de levantar a cabeça para encara-la. Os olhos azuis se prederam nos castanhos, e a nobre olhou atentamente o rosto repleto de sardas por poucos segundos. Antes da mão ser estendida a si.
— Perdão Majestade.
Notas:
Opa! Espero que gostem real, eu gosto muito de escrever fanfics nesse estilo, e tive que colocar um dos meus shipps favoritos em uma.
