Meu desejo!

Capítulo Único

Ela caminhava pelas ruas, apressada, olhava para todos os lados a procura de algo ou alguém, sua expressão demonstrava ódio e cansaço. Parou em frente a um local muito frequentado por seu amigo platinado, bufou por ter que entrar ali, sentia o chakra dele no local, então teria que entrar.

O homem de cabelos longos e brancos estava sentado ao lado de duas mulheres, eles riam e bebiam. O eremita contava sobre suas aventuras heroicas deixando as duas mulheres impressionadas, não prestou atenção em quem entrava no local. Só percebeu correr risco de vida quando sentiu a presença ameaçadora da loira, ela estava em pé a sua frente com os braços cruzados e um olhar mortal.

Estremeceu, algumas gotas de suor escorriam por sua face. Por que ela estava ali? Ele esquecera algum compromisso importante com ela? Não era muito de esquecer quando era para sair com a Hokage, então qual seria o motivo dela ter aparecido ali do nada?

— Fodeu! — Resmungou abrindo um sorriso amarelo. — Y-yo, Tsuna! O-o que deseja?

Ela apenas ignorou sua pergunta, o segurando pela orelha e o puxando para fora do local, o arrastou pelas ruas de Konoha até o seu escritório, ele resmungou o caminho inteiro, e a Godaime só o ignorava e continuava a puxá-lo pela orelha.

— Tsuna, tá doendo! Pode soltar? — Pediu sentindo sua orelha latejar.

Ela o ignorou de novo e cruzando o corredor, adentrou seu escritório, soltando a orelha vermelha e dolorida dele e fechando a porta do escritório.

— Eu tenho uma missão para te dar! — Finalmente se pronunciou, cruzando os braços e escorando em sua mesa.

— E você não podia ter mandado seus para me chamar? — Questionou também cruzando seus braços um pouco desconfiado.

— Eu mandei! Cinco! Mas eles não te encontraram, então eu mesma fui atrás de você, eu já deveria ter previsto que você estaria se esfregando com algumas piranhas! — Respondeu com um pouco de ciúmes em seus olhos.

— Olha, às vezes eu acho que você tem ciúmes de mim e me tira das minhas diversões por pirraça! — Provocou.

— Me erre, seu cafajeste idiota! — Vociferou, revirando seus olhos.

— Qual é a missão, minha Hime? — Perguntou se aproximando dela.

— Preciso que você leve isso ao Daimyō! — Disse estendendo um pergaminho para ele.

— Só isso? — Ergueu uma sobrancelha, pegando o pergaminho.

— É, essa é sua missão, agora dá o fora! — Ordenou.

— E eu? Não ganho nada?

— Ganha, sim, dinheiro por suas missões, se manda! — Apontou para a porta, o expulsando dali.

— Eu quero um abraço! — Pediu fazendo cara de pidão.

— E por que eu te abraçaria? — Arqueou as sobrancelhas, cruzando os braços mais uma vez.

— Porque eu sou seu amigo e estou te pedindo isso! — Abriu os braços, sorrindo.

Ela revirou os olhos, descruzou os braços e foi abraçá-lo, assim que seu rosto tocou seu abdômen coberto, inalou um delicioso perfume, aquele era o cheiro dele, um delicioso perfume natural. Aquilo a acalmou, o apertou um pouco mais pela cintura, colando seus corpos.

Ouvia o coração dele bater, lembrou-se da vez que quase o perdeu, que quase não pode mais ouvir sua voz rouca e grossa, sua risada gostosa que a contagiava, que quase não pode mais ver seus olhos negros e intensos que a faziam arrepiar, seu sorriso lindo que a fazia se derreter ao vê-lo. Lembrou-se das lágrimas que derramou ao achar que ele tinha morrido.