𝗣𝗿𝗼𝗺𝗲𝘀𝘀𝗮𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗰𝘂𝗺𝗽𝗿𝗶𝗱𝗮𝘀.

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13h00min.
02/08/2022 – Segunda-feira.

Sabe quando sua vida está indo bem, você está em um relacionamento bom, que o amor é recíproco, está feliz, acabou de se formar e do nada tudo desmorona. Foi o que acabou de acontecer comigo. Eu estava radiante há cinco minutos, agora eu estou com medo e extremamente chateada.

— Me escuta... Eu não quero te magoar.

— Ah, tarde demais, Sabina. — Me levantei ouvindo ela me chamar. — Me deixa! Depois a gente conversa. — Peguei meu celular e saí do apartamento batendo a porta.

Respirei fundo e desci até a portaria, chamei um táxi e pedi para que ele me levasse até a praça. Já na praça, eu estava sentada no mesmo banco que eu conheci ela.

Anos juntas, anos de felicidade, anos de amor, anos de proteção, de carinho, cuidado, respeito, para no final isso? Estamos noivas! Eu não esperava isso da Sabina, ela é tão perfeita para fazer isso. Bom, na minha mente era. Eu não podia estar me iludindo esse tempo todo, eu sentia que era real, sentia que nosso amor era intenso. Por que mudaria da noite para o dia? O que deu nela? Será que eu tinha feito algo que a deixou magoada? Será que eu não fiz algo que deveria? Eu estraguei...? Não. Eu não fiz nada, e se tivesse feito ela falaria comigo, pelo menos sempre foi assim.

Mas agora parece que não é.

Eu me apeguei demais a ela para do nada isso acontecer, ela foi meu primeiro amor, foi nela que eu conheci o amor...

Eu vou perdê-la assim? Do nada? Por causa de confusão e sentimentos? Não tem nem como eu reconquistá-la? Ou algo assim?

Eram tantas perguntas, tantas dúvidas, tantos questionamentos que não tinham respostas e nem faziam sentido na minha cabeça.

Se eu soubesse que seria assim o final eu preferia não ter sentido.

Fui despertada dos meus pensamentos pelo meu celular tocando, peguei o aparelho vendo o nome "Meu amor" na tela. Suspirei pesado vendo que tinham mais de vinte ligações perdidas e várias mensagens da mesma.

19h00min.

_Chamada on_

– Oi.

– Any, tá louca? Onde você está? Você saiu era uma hora da tarde e já são sete horas da noite, ficou doida? Nem falou para onde ia.

– Eu estou bem, obrigada por perguntar.

Tinha um nó em minha garganta, um bolo de palavras junto ao choro. Eu queria falar tudo que sentia para ela, queria dizer como eu estava depois da bomba que ela soltou. Mas eu não podia. Não agora.

– Vem pra casa! – Fiquei em silêncio olhando para o céu. – Any.

– Oi.

– Você está sozinha?

– Sim Sabina.

– Então pelo amor de Deus, volta pra casa! Você está sozinha de noite e em São Paulo. – Neguei com a cabeça revirando os olhos.

Não era possível que ela vai bancar de preocupada depois de ter falado tudo o que falou.

– Bebê...

– Não me chama por apelido!

– Volta pra casa logo. Se você não chegar em dez minutos eu vou atrás de você. – Ri.

Conheci o Amor - SabianyOnde histórias criam vida. Descubra agora