ANA
-Mãe eu posso explicar. – começo a falar assim que ela vai em direção do Leo.
-Eu o quero o mais longe possível de você, de todos nós. –ela diz apontando para meus pequenos.
-Mãe ele não é exatamente quem vocês está pensando que é...
-Como não? Ana, estou ficando velha não cega!
-Eu posso levar as crianças para outro lugar enquanto vocês conversam? – pergunta o Hugo.
-E quem é você?- pergunta minha mãe.
-Eu sou... –ele olha para mim esperando que eu o ajude.
-Ele é um amigo. O senhor poderia levar eles para a sala ao lado? – pergunto
-Claro. Vamos crianças?
-O senhor vai mim da um doce? –pergunta a Cecilia.
-Talvez. –ele responde rindo.
-Por favor, não deixe que ela o engane e acabe comendo muito doce. –peço, pois minha filha é uma formiga quando o assunto é doce.
-Claro. – mais um rendido aos encantos dessa danadinha.
-Vamos Ana, me explique o que esse rapaz está fazendo e quem é esse seu amigo? – minha começa assim que a porta se fecha.
-Esse rapaz se chama Leo. –ela nós olha sem desconfiada. – ele é o irmão gêmeo do Lucas.
-Irmão gêmeo? – ela pergunta incrédula.
-Sim senhora. A algumas horas sua filha estava nós contando o que meu irmão fez para vocês, ele é uma boa pessoa espero que possam perdoa ele.
-O perdoar? Depois de anos ele envia o irmão para que peça perdão por ele? É isso mesmo? – minha mãe volta a grita.
-Mãe...
-Nada de mãe Ana! Espero sinceramente que seu irmão tenha sido castigado pelo o que ele fez minha filha passar, forma meses vendo a Ana chorando, sofrendo por um projeto de homem!
-Acredito que castigado ele foi. –diz o Leo com um sorriso triste.
-Acho bom. Fique sabendo que não sou um ser humano evoluído o suficiente para perdoar o que seu irmão fez.
-MÃE! –agora sou eu quem grita. – pare agora de falar essas coisas, você não sabe o que aconteceu, não sabe o que eles sofreram esses anos!
-E como exatamente eles sofreram? – ela cruza os braços.
-O Lucas não mentiu em tudo, ele foi buscar a família para o nosso jantar de noivado, mas no caminho ele sofreu um acidente. – me dá um nó no coração quando penso em tudo que o Lucas passou.
-Foi grave? – a armadura da dona Alice começa a cair.
-Sim. Ele tinha um problema de saúde que não contou a minguem e o acidente o piorou muito. Mãe, ele esta desacordado ate hoje.
-Por Deus!
-Senhora Alice, eu não vim aqui para pedir perdão pelo Lucas, na verdade eu nem sabia da existência de vocês, pelo menos não diretamente, eu e meu pai estávamos aqui para uma transação de negócios, foi depois que sua filha se jogou em cima de mim com toda sua fúria que descobrimos que meu irmão tem uma noiva e a pouco, dois lindos filhos.
-Tinha. –o Leo me olha sem entender. –Seu irmão tinha uma noiva, e quem disse a você que meus filhos são também filhos do seu irmão? –pergunto.
-Ninguém falou, mas os dois são pequenas copias do Lucas, nem preciso de um exame para comprovar. –ele me olha desafiadoramente.
-Sim, seu irmão fez uma pequena contribuição.
-Ana como você está? –minha mãe pergunta.
-Como eu estou?
-Sim.
-Bem, por que não estaria? – essa pergunta me confundiu um pouco.
-Por toda essa revelação. Tem certeza que esta bem?
-A realidade ainda não fixou. Por enquanto.
-Eu sei que é muito por um dia, mas eu poderia fazer um pedido? – pergunta o Leo.
-Claro.
-Como eu disse o Lucas está a alguns meses em coma devido a porrada de cirurgia que fez. Minha família e eu achamos que ele precisa de um incentivo, algo que o faça lutar e voltar para nós.
-Eu acredito nisso também. Eu tive uma tia que ficou um mês em coma só voltou depois que seu único filho a visitou e não saiu mais do seu lado. Depois que acordou ela me disse que não via motivos para continuar com a vida se a única pessoa que ela amava estava longe. –conta a minha mãe.
-A tia Valentina? – me lembro pouco dela.
-Sim. Ela contou que depois que escutou a voz do filho quase não acreditou, que a escuridão em que se encontrava foi diminuindo e enfim pode vê com seus próprios olhos o seu bebê.
-Todos os nossos parentes já visitaram o Lucas, mas sempre achei que faltava algo, ou melhor, alguém por quem ele está esperando. –diz o Leo me olhando.
-Quem seria esse alguém? –pergunto.
-Você Ana. Você é a pessoa quem meu irmão tanto espera.
-Eu? – porque eu?
-Sim. Escuta, vocês noivaram ele estava mais feliz do que quando comprou a sua primeira moto, ele estava indo nós buscar para o jantar e noivado de vocês e vocês tiveram dois filhos.
-Ele não sabe dos meninos. Esse ponto não conta.
-Isso é apenas um detalhe.
-Eu diria um enorme detalhe. Mas, Leo eu não tenho certeza de que se irmão iria voltar para mim.
-Porque você diz isso?
-Na noite do acidente um homem foi ate a casa dos pais me entregar uma carto do Lucas, nele ele estava se despedindo.
-O Lucas deixou cartas para todos que ele amava, foi assim que descobrimos a gravidade do seu problema.
-Você também recebeu uma?
-Sim. Ana você poderia, por favor, ir vê meu irmão?
-Eu... eu não estou preparada para esse reencontro. – sussurro.
-Eu entendo, mas porque você não pensa a respeito e me diz a sua resposta amanhã?
-Eu não sei...
-Ana é sobre vida do meu irmão que estamos falando, é sobre a vida do homem que um dia você amou aponto de aceitar se casar com ele. Por favor?
Quando ele coloca assim é impossível dizer não.
-Tudo bem. Onde tenho que está?
-Você me passa seu endereço que pego você pela manhã, sete horas esta bom para você?
-Eu prefiro ir no meu carro. Me passe o endereço do hospital que estarei lá amanhã no horário marcado.
-Eu preferiria...
-Pode confiar em mim. Me diga onde e o horário que estarei lá.
-Tudo bem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Até você voltar
RomanceO que fazer quando tudo o que você acreditava, e toda a felicidade que sentia não passavam de uma mentira? Ana se encontrava nessa situação: Amava Lucas como nunca amou alguém, eles tinham tudo para construir uma família perfeita e feliz, mas tudo m...