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Ainda sábado, 18:00

Eu estava deitada desde que eu cheguei em casa, minha mãe trouxe algumas coisas para eu comer e deixou em cima da cama, a mesma tentou me convencer a ir ao show mas eu não conseguiria ir, eu nem queria olhar pra cara do Aidan sem lembrar daquela imagem dele beijando a mulher.

Aidan me mandou algumas mensagens no meu celular como:

"Ei, tá ai?"

"Que horas vamos sair de casa?"

"S/n?"

De dia estava aos beijos com aquela mulher e agora me manda mensagem na cara de pau perguntando que horas vamos sair de casa, a cara nem treme, mal sabe ele que eu vi o que ele fez hoje mais cedo.

Tinham umas dez ligações das minhas amigas mas eu não estava afim de conversar com ninguém.

(...)

Já eram 19:30 e a campainha tocava lá em baixo, minha mãe deve atender e falar a desculpa que eu inventei, saio da cama e desço as escadas ficando no último degrau escondida para saber o que minha mãe ia falar.

— Oi Aidan, tudo bem? — Minha mãe pergunta para o menino que estava do lado de fora.

— Oi Sr. Leblanc. — Aidan diz. — A s/n já está pronta pro show?

— Na verdade não, ela não vai poder ir. — Minha mãe diz e eu vejo o rosto de Aidan mudar para decepção.

Mas foda-se.

— Por que? — Aidan pergunta.

— S/n passou mal essa tarde e tá na cama desde que acordou, ela nem consegue sair de lá. — Minha mãe diz e eu dou um sorriso com a desculpa esfarrapada.

— Ah, eu posso ver-la? — Aidan pergunta.

Não, não, não.

— Ela tá dormindo agora, desculpa. — Minha mãe diz.

— Ah ok, boa noite. — Aidan diz e minha mãe fecha a porta.

Suspiro aliviada e volto para o meu quarto.

Ouço meu telefone tocar, eram mais mensagens do Aidan.

"O que aconteceu? você tá bem?"

Ah vai se foder, que garoto chato.

Reviro os olhos e desligo o telefone.

— Filha, já avisei pro Aidan que você não vai poder ir, eu vou me arrumar agora pra ir trabalhar. — A mulher diz na porta do meu quarto.

— Ok. — Digo voltando a deitar na cama.

Eu estava sozinha em casa, como sempre.

Meu pai viajou a trabalho tem dois dias e minha mãe foi trabalhar, já que eu estou sozinha em casa eu vou fazer o que eu sei fazer de melhor.

Beber até esquecer meu nome.

Naquele momento eu estava precisando de bebida, pego uma garrafa de vodka lacrada e levo para o meu quarto, ligo minha TV colocando uma música animada e ligo minha led.

Abro a vodka e dou um gole de uma vez fazendo uma careta, vodka pura é horrível mas deixa bêbada mais rápido.

(...)

Cá estou eu, deitada na cama quase desmaiando e duas garrafas de vodka vazias jogadas no chão do meu quarto, eu bebi mais do que deveria, com certeza eu passaria mal no outro dia.

Bebida é um vício, você experimenta e nunca mais para, mas isso não é uma coisa boa, sempre tem a parte ruim das coisas, bebida te deixa mais leve, mais feliz, te faz se soltar mais, mas vem a parte desagradável, dor de cabeça, dor de barriga, vomitar toda hora e sentir como se tivesse tomado um sonífero.

Ouço minha campainha tocar várias vezes, eu estava sem condições para levantar mas poderia ser algo importante.

Me levanto com dificuldade, quase caindo no chão, desço as escadas com cuidado e abro a porta vendo minhas amigas com os rostos preocupados.

— S/n, meu deus, você tá bem. — Millie pergunta.

— A gente te ligou a tarde inteira e você não atendia. — Sophia diz.

Eu não conseguia dizer nada, meus olhos estavam quase fechando de sono.

— Puta que pariu, ela tá muito bêbada. — Hannah diz.

A única coisa que eu consegui fazer naquele momento era chorar, merda de álcool que nos deixam assim.

— Ai meu deus. — Sadie diz.

As meninas entram e fecham a porta e logo em seguida vem me abraçar em um abraço coletivo.

— Vamos cuidar de você. — Hannah diz.

As meninas me ajudaram a subir as escadas e me levaram para o banheiro para me dar um banho, Hannah e Sadie limparam o meu quarto que estava meio bagunçado, Sophia foi fazer algo para eu comer e Millie me dava banho.

— Sai, eu sei tomar banho sozinha. — Resmungo tentando a empurrar.

— Porra nenhuma, cala a boca e deixa eu te dar o banho. — Millie diz passando sabão em meu braço.

— A água tá gelada. — Digo já chorando novamente.

— Tem que ser gelada mesmo. — Millie termina de me levar e me enrola na toalha me levando para o quarto.

A mesma coloca um pijama em mim e penteia meu cabelo molhado.

Eu já estava me sentindo um pouco melhor, o efeito da bebida ainda estava no meu corpo já que eu tomei duas garrafas inteiras de vodka.

Sophia havia feito miojo para eu comer, eu já estava deitada e dormindo, minhas amigas estavam do meu lado me abraçando, elas sabiam que eu precisava daquilo.

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora