Irene

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Capítulo 8

— Obrigada por ficar com Hajoon hoje, Hobi.

O platinado tinha uma feição preocupada, ao mesmo tempo agradecida no rosto, enquanto segurava a mão do amigo que sorria.

— Não tem nada, amo ficar com meu afilhado. Assim que sairmos daqui vou direto buscar ele, nem se preocupe.

Hoseok era definitivamente um anjo na vida de Namjoon. O platinado agradeceu mais uma vez e ligou pra creche avisando que Hoseok iria buscar HaJoon e saiu da faculdade as pressas.

Namjoon estava atordoado, preocupado, com vontade de chorar, mas não havia contado nada ao amigo ainda. O platinado estava a beira de um surto. Como que isso pode estar acontecendo depois de tudo que passou?

Assim que saiu para deixar HaJoon na creche pela manhã cedo, Namjoon checou sua caixa de correio e quase caiu pra trás com a carta que havia recebido ao ver remetente da mesma, colocou o pequeno no carro e deixou a carta no banco do passageiro. Não estava com coragem de abri-la e só o fez quando já estava na faculdade, esperando o horário de suas aulas começarem.

Abriu o envelope preocupado demais e quase não acreditou no que estava lendo.

Ao Juízo da 3° Vara da comarca da cidade de Seoul.

Bae Irene, coreana, reitora da Universidade de Busan, portadora da identidade de célula 000.000.000-00, vem por intermédio de seu advogado, Dr. Choi Minho, propôr a presente demanda visando obter

GUARDA JUDICIAL

De Kim HaJoon, nascido em 17 de Agosto de 2019, em face do pai Kim Namjoon.

Namjoon estava em choque desde então e se via desesperado para ir até o fórum falar com Park Bogum, seu advogado de confiança.

Entrou na sala de Bogum desesperado sem ao menos bater, felizmente o advogado estava sozinho.

— Bogum. — Namjoon já chorava. — Preciso que me ajude, me diga que isso não vai dar em nada, por favor! Eu não sei o que ela quer com isso, mas por favor não deixa ela tirar meu filho de mim!

Bogum não estava entendendo nada, apenas via Namjoon soluçar e falar de um jeito que ele não conseguia compreender. Afinal, o Kim não havia lhe explicado nada. 

— Nam... — falou calmo — Se senta, se acalma e me fala o que está acontecendo.

Bogum chamou sua secretária e pediu que a mesma lhe trouxesse um copo com água e açúcar para dar a Namjoon.

— Isso chegou pra mim hoje. Eu não sei o que fazer, estou com muito medo.

Bogum pegou o papel que o amigo lhe mostrou e começou a ler entendendo o nervosismo do Kim. Conhecia muito bem aquela história.

— Você vai me ajudar? — Namjoon perguntava já com o copo com água na mão.

— Claro, amigo. Vou fazer o possível e o impossível para que a guarda de HaJoon permaneça com você, mas eu não sei se posso evitar que o Juiz decida conceder visitas a ela.

Namjoon suspirou frustrado, sua cabeça estava a mil. Irene não podia fazer isso com ele, não podia aparecer depois de mais de um ano querendo a guarda de HaJoon.

— Nós temos alguma vantagem?

O Kim olhava para o advogado com os olhos marejados.

— Temos muitas, só o fato de HaJoon só ser registrado em seu nome é uma delas. Sem contar que temos muitas testemunhas. Lembra de como foi? Hoseok acompanhou tudo de perto, sua mãe, e até as enfermeiras do hospital ouviram Irene falar que não queria o bebê, você me contou tudo isso Namjoon.

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