Crises de ansiedade é uma merda.
— Alessa, respira comigo okay? — puxo o ar vendo ela fazer o mesmo — Conte, também ajuda.
— Um....— respiro fundo e solto.
— Dois.... — Ela respira fundo e solta. — Três....
Seus olhos me encaram, dessa vez não estavam vazios, estavam cheios de um desespero real por um ar que não deveria lhe faltar. Sinto as unhas cravadas em minha pele, ela precisa de algo real, que a mantém aqui. Por isso puxo sua cabeça para perto, misturando nossas respirações em uma só. Aos poucos ela consegue o controle de sua respiração, aos poucos seus olhos vão se acostumando com o coração acelerado e seu aperto alivia em meus braços.
Gradualmente ela passou por mais uma crise com sucesso, sinto quando seu corpo se alivia da tensão, todavia também vejo quando o desespero é substituído pelo o cansaço e o vazio costumeiro.
Eu a abraço forte, desejando poder tirar todas as suas dores. Mas não posso, pois aqui é a vida real e não um de meus livros de fantasia.
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E no final ela disse sim
Short StoryEra 31 de dezembro. - Sim ou não? A cada ano ela piorava. - Não Ela suspirou. - Okay - Okay.