Cap: 13 Kuroo Tetsurō (parte.3)

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"Uma flor no inverno: Parte 1"

O clima está desconcertante, Kenma parece querer desaparecer, sua boca ainda sangrava devido o ocorrido passado. Você ainda sangrava com sua face machucada, você camufla diversas lágrimas de medo e raiva, em uma expressão neutra, sobrancelhas relaxadas, olhos com um ar cansados, quase fechados, seus lábios se comprimem, se esforçando para não demonstrar a raiva de vê-lo ali, diante de você.

- Quero que comece. - Começou, apoiando os cotovelos na mesa, você repousa seu rosto em suas mãos entrelaçadas. O moreno pareceu confuso, seu nariz ainda sangrava porém estava contido com um pedaço de papel. - Comece a se explicar.
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Você se assusta e rapidamente sente algo apertar com força suas mãos e em seguida é puxada para o lado oposto de onde toda a ação estava acontecendo. Ainda tentava raciocinar. Tudo havia sido muito rápido. Voltou a realidade ao sentir Kenma chacoalhar seus ombros, ele parecia preocupado. Você estava confusa.

- Está tudo bem? - Ele pergunta fitando você de forma preocupada. Você assente, ainda desnorteada.

- S/N! KENMA! - Atrás de si, uma voz familiar chamou. Kuroo. Ele correu em sua direção, ofegante. Notou então estar no estacionamento traseiro da loja.

Kenma enrijeceu, por um momento pode ver seu rosto ficar tão branco quanto papel. Mas logo ele se recompõe, e passa o braço direito a frente de seu corpo, como se a protegesse. Kuroo parou a alguns metros de distância.

- Por que está aqui... - Aquilo não foi uma pergunta, Kenma nunca usara um tom tão intimidante. Você sabia bem disso.
O moreno hesitou, coçou o pescoço de forma nervosa, e murmurou algo. Fora tão baixo que apenas Kenma pareceu ouvir. Sua expressão se suavizou. Você pode vê-lo encarar seu rosto de canto de olho. - S/n. Pode me esperar ali? - Ele apontara para um playground do outro lado da rua. Você assentiu, e se deu alguns passos, mas logo se virou, e fitou Kuroo. Ele sorriu de forma nervosa, esperando que você retribuisse, porém, se recusando a cumprimentá-lo, a garota deu de ombros, e voltou a caminhar, brevemente acenou em despedida para Kenma e sentou-se no balanço.

Deixando para trás os rapazes.

- O que você quer?
- Eu posso explicar. Foi só uma coincidência.
- Não acredito.
- Mas deveria, aliás, o que fazem aqui?
O maior cruza os braços, não havia notado que em meio a confusão, deixou suas compras caírem.

- Isso não é da sua conta, mas se quer tanto saber. - Kenma dá um passo a frente, ficando a centímetros de distância do amigo, com um sorriso irônico ele exlcama: - Estou tentando distrair a minha S/n da dor que você está fazendo ela passar!

Kuroo recua, ainda processava incrédulo as palavras do loiro. Ele havia errado, sabia disso e se arrependia, mas ainda não entendia o que o menor fazia ali, em meio aquela situação, ele não precisarava se envolver dessa forma.

- Não! Não vamos trazer este assunto a tona novamente, sabe que eu me arrependo, estou tentando me desculpar com S/n, você deveria saber disso. - Ele exclama cerrando os punhos.

Kenma sorri, as sombrancelhas arqueadas de forma irônica.
- Se desculpar? E como pretende fazer isso? - Kenma põe as mãos no bolso, ainda com o sorriso amargo.

Kuroo estava prestes a rebater a pergunta do loiro, mas foi interrompido pelo som alto e metálico da porta dos fundos, por onde saíram.

P.O.V Kenma

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