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Episódio: Louis, você é gay!

Sobre festas de ensino médio, há 3 fatos principais

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Sobre festas de ensino médio, há 3 fatos principais.

Primeiro: Não importa onde vai ser, o time e as líderes de torcida sempre estão presentes.

Segundo : Bebida e drogas, são a base de qualquer evento, não importa o motivo dele.

Terceiro: Términos são inevitáveis.

- ∆ -

A cabeça de Louis doía, doía muito.

Eleanor dirigia o carro do jogador devagar, mas com a raiva presente. Louis se negava a falar alguma coisa apenas pra ouvir algum sermão sobre o quão irresponsável ele foi por beber demais.

Ele sabia, porra.

A garota estacionou o carro na garagem do prédio, e levou um Louis quase dormindo para o seu apartamento, onde ele morava sozinho.

Eleanor deu banho em Louis, lavou o álcool e sua dignidade junto. Eleanor também fez um chá e deitou Louis em sua cama.

Eleanor até penteou os cabelos de Louis.

Eleanor também disse que queria conversar.

_ Minha cabeça está explodindo. - Tomlinson resmungou. - Não podemos fazer isso depois?

_ Não, Louis, não podemos. - Eleanor parecia firme, mas por dentro só os deuses sabiam o quanto aquilo doía.

_ Okay, fale...

_ Eu não consigo mais. - Ela olhava nos olhos dele, ele via o cansaço ali. - Não dá mais pra mim.

_ O que não dá mais pra ti?

_ A gente. A gente não dá mais.

_ Como a gente não dá mais, Calder? - Louis ajeitou sua postura, a cada movimento feito sua cabeça fisgava em algum ponto diferente de dor.

_ Louis, você é gay.

Silêncio.

Aquilo não foi uma pergunta. Aquilo foi uma afirmação.

_ Você usou alguma coisa, não usou? - ele riu, sem humor nenhum. Engoliu seco.

_ Não, Louis. Você é gay. - Eleanor cruzou os braços, olhando nos olhos azuis. - Desde o começo, eu amei sozinha. Não adianta tentar me convencer que não, porque foi exatamente isso que aconteceu. Você nunca gostou de mim, no máximo você tem um apego à segurança que eu te passo, à certeza que você tem de que eu sempre vou estar com você. Louis, eu sou o seu amor de fim de festa, a sua bebida mais barata. Você sempre me procura quando ninguém te quer mais! Todas as vezes que estamos juntos você custa a segurar na minha mão, você custa a me dar a porra de um beijo fraco. Você sempre está olhando diferente para alguns dos seus amigos, e nem disfarça isso mais. Olha, eu sei que você só me pediu em namoro porquê os caras do time já estavam te zoando por todas as vezes que você me rejeitou, então ótimo! Melhor maneira de parar com os rumores de que o capitão do time é gay!

_ Eleanor, chega. - Louis pediu uma vez já com os olhos marejados, a voz quebrada.

_Louis, você viu a maneira que você ficou quando Niall perguntou o porquê você odeia tanto o Harry? Você gaguejou tanto, Lou... Você não conseguiu dizer uma frase coerente.
Esse seu "ódio" pelo Styles é tudo, menos ódio. Você gosta dele, só não quer admitir. E é por isso que eu não posso mais fazer isso. Eu não posso mais fingir estar tudo bem quando não está nada bem. Eu gosto tanto de você, Louis, mas você não gosta de mim, e infelizmente não tem nada que eu possa fazer pra mudar isso.

Eleanor limpou a linha que as lágrimas fizeram em seu rosto, pegou sua bolsa e a colocou no ombro, observando Louis encolhido na cama.

_ Se cuida, Lou. E se precisar de mim, apesar de tudo, eu vou estar aqui.

O barulho da porta fechando foi o gatilho para que Louis desabasse.

Ele chorou tanto, fazendo sua cabeça doer mais ainda.

Ele chorou, não por que tinha acabado com seu relacionamento, mas sim porque ele sabia que tudo o que Eleanor disse... Era verdade. Cada mísera frase era verdade.

Eleanor foi a porra da namorada perfeita.

E ele não conseguiu amá-la nem por um momento.

Louis nunca se sentiu tão pequeno quanto naquele momento, após tudo o que ele temia ser jogado na sua cara.

Ele é gay. Ele sabe que é gay.

Mas... É tão difícil.

É tão difícil ter que encarar todo aquele preconceito, inclusive o próprio.

É tão difícil ser quem ele é.

É tão difícil que fingir ser outra pessoa pareceu tão mais fácil...

É tão difícil porque ele está tão quebrado e com tanto medo...

Mas... Ele vai conseguir, não é?

Sim, ele vai.

E foi por esse motivo que Louis não desistiu naquele dia.

Louis queria se sentir vivo de novo, e ele iria, nem que fosse a última coisa que ele faria em vida.

Eroda - Como Se Fosse A Última VezOnde histórias criam vida. Descubra agora