flores para seu túmulo (parte 6)

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Noah e Savannah vasculham pilhas de cartas da caixa de correio do Noah em busca de alguma pista, que leve até o assassino. Noah lia as cartas, até que ele abaixa o papel que estava lendo e olha a Detetive, Savannah olha para cima e pega Noah olhando para ela, ele logo levanta o papel tentando disfarçar, ela olha de volta para a carta que estava lendo, ele faz isso de novo, abaixa o papel, a olha e ela levanta o olhar e vê ele olhando, mas ele disfarça de novo. Ela respira fundo, ela estava irritada.

Savannah: O que é Noah - Pergunta irritada, abaixando o papel que tinha em sua mão. - Porque fica me olhando desse jeito em? - Ela pergunta direta e reta.

Noah: Nada. - Ele a olha, ela ainda não estava convencida disso e faz uma cara duvidando dele. - Não, é apenas... - Ele para tímido. - Uh, a maneira como sua testa franze quando você está pensando. - Ela o olha confusa, tentando entender. - É fofo. - Ela revira os olhos, voltando a olhar as cartas. - Você fica linda assim. - Ela o olha, ele sorri sincero e ela fica sem graça. - Quero dizer, não é fofo se você estiver jogando pôquer. - Ela de novo o olha confusa. - É que isso seria mortal, acredite em mim, causaria muita confusão, mas caso contrário. - Explica.

Savannah: Posso te fazer uma pergunta? - Diz pondo a carta na mesa, franzindo o cenho e cruzando as pernas em baixo da mesa.

Noah: Manda. - Diz colocando a carta na mesa também e olhando atentamente a ela, esperando a pergunta.

Saviñón: Por quê você está aqui? - Pergunta irritada e ele fica quieto. - Você não se preocupa com as vítimas, então não está aqui pela justiça. - Joga na cara dele. - Você não se importa se o cara... - Ela para por um momento pensando nas palavras adequadas a dizer. - Imite seus livros, então você não está aqui porque está indignado. - Diz irritada. - Então, o que é, Noah? - Ele a encarava enquanto ela falava. - Você está aqui só para me irritar? - Ele acha a voz, após alguns segundos surpreso, a expressão dela volta ao normal.

Noah: Eu estou aqui pela a história, Sav. - Responde.

Savannah: A história? - Pergunta franzindo o cenho se mostrando confusa.

Noah: Por que essas pessoas? - Pergunta mostrando que ele se preocupa sim, com as vítimas. - Por que esses assassinatos? - Ele questiona.

Savannah: Às vezes, não há uma história. - Responde seca. - Às vezes, o cara é apenas um psicopata. - Fala por anos de experiência.

Noah: Sempre há uma história. - Contesta ela. - Sempre uma cadeia de eventos, acontecimentos que faz tudo fazer sentido. - Argumenta, mas ela não acredita. - Tome você, por exemplo... - Ela ergue as sombrancelhas surpresa, por usar ela como exemplo. - Em circunstâncias normais, você não deveria estar aqui. - Ela fica sem entender, Savannah acha que ele pensa que mulheres não devem ser detetives de homicídios simplesmente por serem mulheres. - A maioria das mulheres inteligentes e bonitas se torna advogadas, não policiais. - Argumenta, balançando a cabeça de um lado para o outro. - Mas ainda assim aqui está você. - Ele para de balançar a cabeça negativamente, e sorri para ela. - Por quê? - Pergunta curioso.

Savannah: Não sei, Noah. - Diz se encostando na cadeira em que estava sentada e cruzando os braços. - Você é o romancista aqui. - Ela o encarava fixamente nos olhos. - Me diz você. - Diz o desafiando.

Noah: Bem. - Ele junta suas maos em cima da mesa pensando. - Você não mora no subúrbio, não fala como gente do subúrbio. - Fala dizendo o que ela demonstra. - Então isso significa que você é de Manhattan. - Aponta para ela. - Isso significa que você tem dinheiro. - Ela balança a cabeça surpresa e com um sorriso amarelo no rosto, por ele saber. - Você foi para a faculdade, provavelmente para uma muito boa, uma das melhores. - Eles se olhavam nos olhos e Noah sabia que tinha acertado tudo até agora. - Você tinha opções, sim, você tinha muitas opções, opções melhores, opções mais socialmente aceitáveis. - Diz constatando. - E mesmo assim você ainda escolheu isso. - Ele fala sabendo que ele tinha acertado tudo. - Isso me diz que algo aconteceu na sua vida, não com você, você está ferida, mas não está tão ferida. - Ela balança a cabeça positivamente ainda com o sorriso amarelo. - Era alguém com quem você se importava, alguém que você amava. - O sorriso some do rosto dela e ela olha para baixo. - E você provavelmente poderia ter convivido com isso, mas a pessoa responsável nunca foi pega. - Ela evitava olhar, pois sabia que ele estava certo. - E é por isso, Detetive Savannah , que você está aqui. - Ele pode ver pela expressão em seu rosto que está certo.

Até a próxima morte! - NovannahOnde histórias criam vida. Descubra agora