Capítulo 34

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NOTAS INICIAIS

Helloooo pessoas. Vocês estão bem?

Desculpem pelo horário da att, mas tive alguns compromissos por aqui que duraram até agora pouco. 

Chegamos para mais uma att cheirosa dessa estória linda e a cada semana que passa estamos mais próximos do fim. Então, aproveitem. Faltam mais 6 pra acabar.

Escutem a música que nos vemos lá no final. 

Boa leitura. <3



POV Karla

Minha cabeça está pesada, como se estivesse presa em concreto. Não consigo ver nem ouvir, apenas sinto o puxão da gravidade contra mim. Tento levantar a cabeça, os músculos do pescoço se esforçando, mas meu queixo cai de volta no peito. Ouço um gemido baixo vindo de algum lugar.

Espere, fui eu que fiz isso?

Com um empenho que se parece com nadar até a superfície de um lago de mel, eu abro os olhos. Quando minha visão embaçada clareia, vejo que estou dentro de uma casa estranha. Olho em volta com uma leve curiosidade. As paredes estão cobertas com uma tinta de cor clara e os móveis foram descombinados com o maior cuidado. As pinturas são de cenas náuticas, e os lustres são todos de latão. Devemos estar em alguma praia, ou pelo menos, próximo de uma.

Eu gosto da praia, penso entorpecida.

Tento ficar em pé e descubro que não consigo. É intrigante. Eu me impulsiono para a frente e acabo sendo jogada para trás de novo. A névoa na minha mente some um pouquinho a cada tentativa. Eu me esforço, sentada na cadeira, e acabo percebendo que meus punhos estão presos às ripas de madeira que formam meu encosto.

- Socorro! - Eu falo com a voz rouca, mesmo que minha intenção tenha sido gritar.

Viro-me e descubro Lauren ao meu lado, amarrada de um jeito parecido em uma cadeira de madeira simples, inconsciente. Ergo o pé para chutar a perna dela.

- Lauren! - Minha voz é meio sussurro, meio choro. - Acorde!

Ela faz um som baixinho bem fundo na parte de trás da garganta e os músculos da sua testa se contraem, mas ela não acorda. Ela deve estar atrás da mesma superfície que eu dentro daquele lago de mel.

- Lauren, por favor... - Eu falo gemendo, puxando minhas amarras.

Não posso lidar com isto, o que quer que seja, sozinha.

- Ela vai acordar logo. - Uma voz diz.

Minha cabeça vira de repente para a entrada distante. Encostado nela, os braços cruzados casualmente em frente ao peito, está o não Shawn.

- Não, não, não...

Eu fecho os olhos com força. Não estou vendo isso.

- Ela é maior que você. - O homem na entrada diz. - Então tive de dar um choque mais forte nela. Agora não deve demorar muito.

- Quem é você? - Pergunto com os olhos ainda fechados. - O que você quer com a gente?

- Você sabe quem eu sou.

- Não, eu não sei!

Eu puxo as amarras até ter certeza de que os ossos dos meus punhos vão se partir.

- Karla. - Eu o ouço se aproximar de mim, sinto-o se inclinando para baixo, trazendo o rosto até o meu. - Olhe para mim.

Eu faço que não com a cabeça, os lábios apertados para me impedir de choramingar.

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