Mudança de horário: 20:00pm
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Vincenzo
Eu estava no bar bebendo afogando minhas mágoas. Todos pareciam felizes, menos eu. Respiro fundo e tomo mais um shot de uma vez. Abro a boca fazendo um som na tentativa de aliviar a queimação na minha garganta.
Sinto um baque no meu ombro e olho por cima, sorrio ao ver meu pai sentando no meu lado e fazendo um gesto pro barmen, pedindo uma bebida. Ele apoia as mãos entrelaçadas encima do balcão e me olha de lado.
- Sofrendo sozinho? - ele pergunta com deboche e eu rio.
- É pedir muito para você ir embora? - retruco sem esperança.
- Você tá com uma cara péssima, vou sofrer com você. - ele respondeu e eu gargalhei.
- Pai, você não tem pelo o que sofrer, você tem tudo. - resmunguei e ele me deu um tapa na minha nuca.
- E você não pirralho? - ele perguntou incrédulo e olhou para minha mãe, que dançava com Feyre e Noor.
- Tenho, mas é diferente. - mumurei na esperança dele não me ouvir, mas a tentativa foi falha.
- Você deveria foder alguma fêmea, é disso que precisa. - ele responde e reviro os olhos.
- Pai, não quero ir pra cama com qualquer uma. - argumentei e ele virou apoiando as costas no balcão.
- Você quer Elis? - ele pergunta e eu arregalei os olhos. - Não sou cego idiota.
- Pai, Elis deu um belo chute na minha bunda, acabou o que tinhamos. - respondi e ele gargalhou e arqueou a sobrancelha.
- E o que vocês tinham? - ele perguntou debochado e eu bufei, virando as costas e apoiando no balcão assim como meu pai.
- Nada. - respondi e pensei que ouviria ele rir debochado, mas ao invés disso, passou um braço pelo meu pescoço.
- Para de sofrer por alguem que você não tinha nada Vincenzo. Tu é a porra do filho do general mais gostoso de Prythian, as fêmeas babam por você. - ele disse e eu sorri fraco.
- Pai, eu quero alguém que me ame, não alguém apenas para se satisfazer comigo e ir embora. - falo sincero e ele suaviza o rosto.
- Você quer uma parceira. - ele concluí e eu concordo com a cabeça.
- É pedir muito? Será que ela existe? - perguntei e ele garagalhou, balançando a cabeça de um lado para o outro.
- Suriel. Ele tem as respostas para suas perguntas. - ele responde e eu franzi o cenho.
- Suriel? - pergunto confuso e ele sorri de canto e aponta para Feyre.
- Sua tia conheceu um. Eles são uma espécie de fofoqueiros de primeira linha, sabem de tudo. Como acha que sua tia sempre sabe de tudo? Ela é cria dele. - respondeu num tom engraçado me fazendo rir.
- Como encontro um? - pergunto e ele dá de ombros.
- Pergunte a sua tia. - meu pai responde se levantando e indo à encontro da minha mãe.
Suspiro e bebo mais um shot. Observo as pessoas se divertindo e vou para fora da boate. Caminho com as mãos no bolso chutando as pedras pelo caminho. A música das boates se misturam e vão ficando cada vez mais distantes. Vou em direção a borda do rio Sidra e caminho por ali, traçando o caminho.
Respiro fundo e olho para cima. A lua estava brilhante como sempre, assim com as lindas estrelas de Velaris. Casa. Eu estava em casa. Algumas pessoas dormiam durante o dia apenas para viver durante a noite. Sorri ao ver alguns casais dançando perto do arco-íris e me perguntei se um dia eu iria sorrir assim.
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Com Amor, Círculo Íntimo
Fantasía*Continuação de "Com Amor, Azriel" com a narração de vários personagens* O pós guerra deixou muitas cicatrizes e traumas no Circulo Íntimo, após alguns deles terem tido a experiência de quase morte. Esse livro continuará suas histórias, contada por...