Não siga os vaga-lumes

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  Olá, minhas Frutinhas! Depois de uma baita revisão e um sumiço de sei lá quantas semanas, finalmente estou postando capítulos novos por aqui! *Joga confete para o alto* ༝﹡˖˟ ⸜₍⁽ˊ꒳ˋ⁾₎⸝ ༝﹡

  Antes de lerem este capítulo, gostaria de agradecer a paciência e a compreensão de todos, além do 18k de leituras. Muito obrigada por tudo, irei dar o meu melhor para entreter a todos com a minha escrita!

  Espero que tenham uma boa leitura~

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  Eu me pergunto que tipo de oni terei que enfrentar no lugar do Pilar das Chamas. Segundo a carta de Oyakata-sama, o demônio aparentemente atrai suas vítimas para o interior de uma floresta antes de matá-las.

  As informações que recebi não são suficientes para formular hipóteses concretas, mas há a possibilidade do demônio possuir um kekkijutsu envolvendo a capacidade de criar ilusões. Se estiver certa, isso pode vir a ser um grande problema...

  Bem, eu cheguei neste vilarejo um pouco mais cedo do que o previsto, o que é um bom sinal. A má notícia é que devo procurar por informações, pois, levando em conta tudo o que recebi e as possibilidades que formulei na minha cabeça, preciso tomar cuidado para não cair na armadilha do oni e acabar sendo morta.

  Digo má notícia, pois, por ser surda, sou obrigada a andar por aí segurando um bloquinho de notas e pedir para as pessoas escreverem o que querem dizer ali, o que é um verdadeiro incômodo, já que perco bastante tempo com isso e nem todas as pessoas são alfabetizadas ou possuem paciência para compartilhar o que sabem comigo através de bilhetes.

  Tudo o que posso fazer é rezar para ter sorte e encontrar alguém com um bom coração, muito tempo livre e bastante conhecimento sobre o assunto. Será que isso é pedir muito? Provavelmente sim.

  De repente, senti minha pele formigar. Tenho os meus motivos para acreditar estar sendo observada, por isso interrompi a minha caminhada e observei ao redor tentando procurar por alguém, ou algo, me encarando.

  Quase de imediato, meus olhos encontraram uma jovem mulher, talvez um pouco mais velha que eu, me encarando com intensidade, e não consegui interpretar sua expressão. Aquilo em seus olhos é raiva? Suas sobrancelhas estão um pouco franzidas. Ou talvez seria desconfiança?

  Sua aparência era relativamente comum: olhos negros como carvão, cabelo liso e castanho escuro, pele levemente queimada de sol e estatura média, sendo um pouco mais magra do que o recomendado. Seu simples kimono possuía um tom pálido de amarelo e um pingente cor de cobre em formato de lua balançava ao redor do seu pescoço, preso por uma linha de pesca.

  Antes que pudesse fazer qualquer coisa a respeito, a moça começou a avançar na minha direção com passos rápidos e decididos.

  Espero que ela não venha até mim para arranjar confusão.

  Parando a alguns passos de distância, a jovem cruzou os braços e abriu a boca para dizer algo. Antes que pudesse articular uma palavra sequer, levantei a mão para que parasse e disse:

  "Eu sou surda."

  Ela arregalou os olhos de surpresa por um instante, mas logo sua expressão mudou e pareceu ficar ainda mais irritada.

  Em resposta, apenas levei minha mão ao meu bolso e retirei de lá o pequeno bloco de notas e o lápis de carvão, os entregando para que ela pudesse escrever suas reclamações em vez de dizê-las.

Imagine - Kyojuro Rengoku [Em Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora