Naruto era o tipo de criatura humana obviamente atraente para quase todas pessoas, não apenas fisicamente, mas principalmente pela simpatia e excelente natureza. Ele era alguém fácil de se gostar e se aproximar, assim como gostava facilmente das pessoas que o rodeavam e se dedicava a elas. Ele era natural, simples, afetuoso e popular, o que também significava que era o total oposto de Sasuke.
Se Naruto era naturalmente gentil, Sasuke era naturalmente ranzinza. Se Naruto era extrovertido, Sasuke faltava enfiar a cabeça na terra para se esconder do mundo. Se Naruto conquistava a todos, Sasuke os afastava. Se Naruto era aberto, Sasuke era fechado. Se Naruto tinha amigos a perder de vista, Sasuke podia contar os seus em apenas uma mão. Se Naruto confiava e se deixava conquistar por qualquer pessoa que lhe sorria, Sasuke custava sentir um mínimo interesse por alguém.
Por isso que quando Sasuke entendeu que gostava de Naruto, aquilo significava muito mais do que alguém poderia imaginar. Não era simples para ele confiar, estabelecer laços ou deixar alguém ve-lo de perto. Não era fácil deixar outra pessoa entrar em sua vida.
Sasuke não sabia até que ponto Naruto podia vê-lo, até onde ele entendia o quanto aquilo era grande, o quanto ele estava entregue e vulnerável e o quanto chegar aquele ponto fora difícil. De qualquer modo, não era algo que Sasuke o diria, pois nem tudo precisa ser dito e ele também não saberia como dizer. Ainda sim, ele poderia tentar demonstrar tais sentimentos por meio de suas ações, como pela forma desesperada que beijava os lábios carnudos do loiro ou pela moleza que sentia nas pernas enquanto aquelas mãos o agarravam pela cintura, ou ainda pelo peito acelerado, desta vez não por medo ou pânico, mas por paixão.
Naruto continuava prendendo-o nas grades da sacada. O corpo colado ao seu. A boca colada a sua. Ele mordia, chupava e lambia aqueles lábios finos com toda intensidade e era igualmente correspondido.
Porém, o loiro não passava deste ponto, talvez por ser sua primeira vez ficando com um cara e estar com receio sobre o que fazer. Em contrapartida, Sasuke estava desesperado por mais. Se só de beija-lo ele se sentia flutuar, imagina tendo o resto. E Deus, ele desejou por tanto tempo tê-lo em mãos, precisava senti-lo logo. O moreno começou a descer os dedos pelo tronco do Uzumaki, passando as mãos pelo peito ainda tampado pela camisa polo, e então desceu um pouco mais indo direto ao ponto e apertando o membro do loiro sobre a calça.
_SAs-uke.. _ele gemeu rouco interrompendo o beijo.
Naruto o encarou por alguns segundos. Um olhar excitado, mas ainda analítico, como se estivesse lendo aqueles olhos ônix que por vezes lhe pareceram tão tristes e vazios, mas que agora expressavam entusiasmo. Tesão.
Aqueles olhos o desejavam tão intensamente que parecia queima-lo por dentro. Sasuke continuou o contato visual enquanto mantinha a mão sobre a calça jeans, apertando suavemente, e notando um volume se formar ali.
Não demorou muito para que o loiro saísse do frenesi mental e se entregasse aos prazeres da carne. Ele voltou a beijar Sasuke, desta vez com ainda mais intensidade enquanto agarrava sua nuca tendo controle da situação. Ele puxou um pouco os cabelos negros para trás de modo que tivesse acesso total a pele pálida do pescoço, e então começou a beijar aquela área deixando alguns chupões que seriam bem difíceis de esconder no dia seguinte. Enquanto sua boca explorava ali, sua outra mão desceu mais pelas costas do moreno e adentraram por baixo da camiseta, dedilhando cada pedaço de pele e então passando para parte da frente percorrendo o abdome magro e que ainda tinha algumas cicatrizes percebidas ao toque.
Ele soltou os cabelos de Sasuke, sem deixar de beijar seu pescoço e agora suas duas mãos peregrinavam o peitoral do rapaz, levantando cada vez mais a camiseta até tira-la de vez deixando toda sua parte de cima exposta.
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As cicatrizes dos nossos encontros
FanfictionAo longo da vida encontramos pessoas que nos marcam para sempre. Sasuke vivia sozinho com Fugaku, um homem que apenas o machucava apesar de tratar-se de seu próprio pai. Sua realidade era tão obscura que aos poucos ele deixou de confiar em qualquer...