Querida Arizona... (Adaptação Calzona)

XXIII

Antes de vocês lerem, eu quero agradecer, pq a fic chegou a 2k de leituras e quase 500 votos, isso me deixa extremamente motivada e feliz, mto obrigada glr akvdkabs ❤❤❤

Agosto, 1997 - Ottawa, Canada.

Carlos Torres, casado com Lúcia Torres, pai de Lexie e Callie Torres. Em uma noite de agosto de 1997, a historia da família Torres mudou drasticamente.

- Pai! O que está havendo?- A pequena Lexie, de apenas 7 anos, notou uma movimentação estranha pela casa.

- Vai para o seu quarto, Lexie. Agora! - Carlos obrigou a menina a entrar para o quarto, ele parecia nervoso e com raiva, era quase como um cachorro raivoso que espumava pela boca.

Lexie era teimosa, e embora com a pouca idade, entendia muitas coisas, e mal sabia que ela estava prestes a presenciar uma cena na qual ela jamais esqueceria.

- Você é uma adúltera, Lúcia! Você não vale absolutamente nada - Lexie escutava seu pai gritar com sua mãe e isso a deixava apavorada, ela estava vendo tudo, escondida no topo da escada.

- Carlos, não é nada disso que você pensa. Me escute! - Respondeu Lúcia aos prantos.

- Esse filho que está em sua barriga, ele é meu?

- Sim! O que eu tive com Joaquim foi só uma noite. Acredite em mim! - Jordana tentava explicar aos prantos.

- Eu vou matar Joaquim, eu vou mata-lo, Lúcia!

- Não faça isso! - Lúcia agarrou nos braços de Carlos, mas ele a empurrou, a fazendo cair e bater sua barriga, deixando seu marido sair pela porta atrás de Joaquim

Lexie desceu as escadas o mais rápido que pode, pois sua mãe gritava de dor, a noite era fria e chuvosa, a pequena Torres não sabia o que fazer, ela queria correr e chamar a vizinha mais próxima, mas sua mãe suplicava por socorro, a provocando pavor e a travando de tomar qualquer decisão.

- Minha filha! Eu preciso que você fique calma, tudo bem? - Lúcia agora acalmava a menina, que apenas a olhava assustava e balançava a cabeça. - Eu preciso que você fique entre as minhas pernas, tudo bem?

Lexie presenciava o parto de sua mãe, detalhe por detalhe, sem saber o que estava fazendo ou o que era aquilo saindo de dentro dela, mas a garota permaneceu firme e ao lado de sua genitora.

Lúcia procurava fazer força, pois o bebê estava saindo, talvez ele viesse algumas semanas depois, mas com o impacto da queda, seu parto foi antecipado. Lexie agora segurava Callie em seus braços, a levando ate o encontro do rosto de sua mãe.

- Ela vai se chamar, Calliope! Cuide dela, Lexie.

- Claro, mamãe.

Lexie parecia sorridente e animada com a chegada da nova irmã, que mal percebeu que sua mãe fechava os olhos, ali, ao seu lado, em seguida a garota se assustou com um enorme barulho que veio de fora da casa, ao levantar, ainda com Callie em seu colo, viu seu pai, banhado em sangue, no chão, imóvel. Em seguida avistou um homem que sorria para ela, com uma arma na mão, ao seu lado, seu filho, Nathan, de 15 anos que presenciava o horror que seu pai havia cometido.

As irmãs Torres, a partir daquela noite, passaram a ter uma a outra, foram morar com uma família vizinha, pois não havia parentes na região, naquela época nada foi feito e ninguém soube o que de fato houve, apenas Lexie e Nathan, que se manteve firme em cuidar de sua irmã, e nunca tocou no assunto, pois agora sem pai, sem mãe e sem parentes por perto, corria o risco do estado separa-la de sua irmã.

Então o silencio foi seu companheiro esses anos todos, quis esconder o horror que sua família passou, não contando para Callie o que de fato havia acontecido, a poupando de um sofrimento estrondoso. Mas que se viu tentada a contar tudo, já que viu o destino lhe dar uma reviravolta, colocando sua irmã para conviver com o filho do assassino de seu pai, cometendo quase o mesmo erro de sua mãe, de se envolver com Arizona, uma mulher quase casada com nada mais que o filho do assassino de seu pai.