Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)

39- Odeiam a mesma

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Oscar

Eu estava sentado no sofá, minha perna balançava sem parar até o Cesar entrar na casa.

— A Dan entrou no carro dos profetas. - Cesar chega ofegante sentando na minha frente.

Pego a chave do carro e vou até meu impala que estava estacionado na frente da casa. Eu já tinha marcado com os profetas, havia dito que queria conversar mais uma vez sobre a trégua, mas dessa vez daria uma boa quantia de dinheiro em troca.

Assim que chego lá, eles me pedem para que ficasse em silêncio e apenas observasse. Minha tensão começou dali, vi a Dandara tentar convencer o líder de que estava me traindo, vi ela se esforçando para que ele acreditasse.

Escutei os profetas rirem da gente por acharem que são mais espertos, e pensei que essa seria a ultima coisa que eu teria que aceitar vindo deles... até eles terem o que merecem.

Passamos por vários profetas que nos encaravam e entre eles o Latrelle que estava sendo segurado por dois dos meus homens. Vi a Dandara olhar para o Latrelle e sorrir na cara dele, o que deixou ele furioso.

Eu amo essa garota

Flashback.

— Spooky, aqui estão eles. - JB diz trazendo até mim dois membros da gangue.

— Escuta Spooky, sobre a grana que roubamos... eu sei que ficou ruim pro seu lado e... .- Eu os interrompo.

— Não quero saber. Quero que façam uma coisa pra mim e pelo que me lembro, alguém já foi punido pelo que vocês ajudaram a fazer. - Vejo eles engolir em seco.

O Martin pede para que os dois se sentassem e em seguida peço para que eles espalhem boatos de que a Dandara terminou comigo e que quer distância de mim.

— Podemos fazer isso sem problemas. - Um deles diz.

— Tem mais uma coisa. - Digo levantando da cadeira. — Vocês têm que se infiltrar na gangue deles, falem o que for necessário pra convencer todos. - Saio da sala.

(...)

Já era mais de meia noite, decidi ir até a Dandara explicar meu plano e esclarecer a questão da grana que ela viu no dia da minha festa.

Tentei ligar para ela assim que cheguei na frente da sua casa, mas não consegui falar com ela.

— Não acredito que vou fazer isso. - digo olhando para cima em direção a janela da Dandara.

Consegui subir até lá é bater na janela.

— Nossa, você me assustou. - ela diz abrindo a janela.

— Você não atendia o telefone e eu precisava falar com você, bater na sua porta seria arriscado e alguém poderia ver. - digo um pouco cansado fechando a janela.

— Meu celular descarregou, estava indo colocar pra carregar agora mesmo, mas pra você ter subido até aqui deve ser importante mesmo. - Dandara diz sentando na cama e eu faço o mesmo.

Expliquei pra ela tudo que eu havia planejado e que a questão da grana não foi proposital mas foi algo que faltava pro meu plano.

— Vamos ter que ficar longe um do outro? - dou uma risada.

— Essa é a única coisa que te preocupa? - pergunto para ela.

— Não só isso, mas o fato de que podem nos matar, ainda mais depois que fomos atrás do abuelo. - Ela diz preocupada.