Vênus Rosales se considera uma garota de sorte por não ter herdado o dom bizarro que todas as mulheres da sua família têm... Até porquê, só loucos gostam de falar com fantasmas.
Sua vida estava bem, legal até. Tinha uma melhor amiga incrível e o nam...
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Vênus Rosales
- Eu não quero ir!
Reviro os olhos enquanto Willie continua me encarando nervosamente, cruzo os braços e bufei, para ele entender que eu realmente não estava disposta a fazer aquilo.
O fantasma juntou as mãos.
- Vênus, somos melhores amigos - sussurrou - por favorzinho!
Respiro fundo e apontei em sua direção.
- Eu não vou ir com você bisbilhotar Alex que nem um stalker estranho, se você quer o ver, porque não pode simplesmente o chamar para conversar?
Willie se encolheu.
- Eu fiz algo idiota - admitiu envergonhado - por favor, Vênus! Carrie e você são minhas únicas amigas.
Mordi o lábio para não retrucar sobre o detalhe de Carrie nem saber que ele existe, um fantasma magoado era a última coisa que eu queria naquele momento além da parte de fantasma com um verdadeiro drama adolescente.
Por que minha vida tinha que ser tão bizarra?
O fantasma continuou me encarando com uma carinha de cachorrinho que havia caído do caminhão de mudança.
- Ok.
Ele sorriu e pulou alegre, fazendo uma dancinha estranha para comemorar em seguida, revirei os olhos de novo e peguei minha mochila azul com os patins, já que ele estava com o skate.
Passo pela minha mãe que estava cantarolando uma música celta estranha enquanto fazia um de seus deliciosos bolos.
- Mãe, vou ir na casa da Julie.
Ela desviou a atenção do bolo e focou em mim, em seguida sorriu para Willie.
- Claro, aproveite e mande um abraço para Rey, ele está me devendo uma noite de vinho com Trevor!
Concordo lentamente.
- Irei o lembrar disso, pode deixar.
- Então podem ir crianças, não voltem tarde - cantarolou voltando a focar em seu bolo.
Willie deu uma risadinha enquanto me seguia para fora de casa, me sentei na calçada e tirei os patins da mochila enquanto o fantasma colocava o skate no chão e subia no mesmo. Coloquei meus coturnos dentro da mochila e a coloquei nos ombros.
Levantei comecei a patinar pela calçada, o fantasma ia no mesmo ritmo com o skate ao meu lado.
- É legal fazer isso com alguém - admitiu sorrindo - somos uma bela dupla.
