Mesa.

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Kakashi sabia que era errado. Afinal eles eram homens, mas só deus sabia o quanto era submisso aqueles garotos de cabelo preto como a noite. Seu corpo se arrepiava apenas de lembrar das vozes grossas deles em seu ouvido. Mas naquele momento a única coisa que desejava era que os garotos parassem de lhe apalpar daquela forma tão descarada dentro da sala de aula.

O sistema de divisão da sala era feito por quatro fileiras com cinco carteiras em cada, e as mesas cabiam três pessoas, ou seja, haviam 116 olhos (61 pares de olhos) que podiam os ver, ou não já que eram a última mesa da fileira. Tobi e Obito mantinham uma de suas mãos nas coxas do Hatake, as apertando com força. Kakashi se segurava para não gemer cada vez que os gêmeos aumentavam a força das apertadas.

Seu lábio inferior com certeza iria se rasgar caso forçasse mais os caninos pontudos contra a carne quente. Já podia sentir o gosto metálico do sangue em sua boca. Respirou fundo tentando manter a concentração na explicação do professor de história: Sarutobi Hiruzen. Mas não conseguia se seus namorados continuassem com aquela carícia safada.

— Estamos na sala de aula.... — sussurrou baixo para os donos dos cabelos negros.

— Hm? Do que está falando, Kas? — Tobi perguntou se fingindo de desentendido. — Tobi não está entendendo o senpai....

— Nem eu — Obito falou com a voz carregada de malícia, seus olhos onix desceram até o volume marcado na calça preta do namorado. Oh, ele estava duro com apenas algumas carícias.

Assim como Obito, Tobi não pode não olhar para a ereção do seu namorado de cabelos prata. Aqueles dois eram tão cínicos.

— H-Hm — gemeu sofrêgo sentindo os namorados pararem de apertar suas coxas e subirem a mão para seu pau duro.

Kakashi abaixou a cabeça e respirou fundo algumas vezes até ouvir alguém lhe chamar a atenção.

— Senhor Hatake? — o professor lhe chamou — Está tudo bem?

Kakashi sentiu sua barriga congelar pelo medo e ansiedade de ser pego. Suas mãos tremeram e sua respiração se perdeu em meio de tantas puxadas violentas de oxigênio. Acenou positivamente com a cabeça para o professor, rapidamente inventou uma desculpa para não ficar em suspeita.

— Sim professor, está tudo bem. Só estou com um pouco de dor de cabeça — respondeu se segurando ao máximo para não gritar alto quando sentiu seu pênis ser apertado pelos garotos.

— Tem certeza? Não quer ir à enfermeira? — Hiruzen lhe perguntou.

— Está quase na hora do final das aulas, não há necessidade de sair mais cedo. É apenas uma d-dor de cabeça — mordeu o interior da bochecha ao final da frase para impedir o gemido agudo que insistia em sair de sua garganta.

— Tudo bem então senhor Hatake — o velho respondeu virando-se de volta para o quadro branco, pegou uma das canetas específicas para aquele tipo de lousa e se pôs a escrever. Os alunos da sala apenas acompanharam a escrita.

Kakashi suspirou aliviado mas esse alívio não durou muito tempo já que os garotos ao seus lados queriam brincar um pouco. A mão de Obito fora até sua bunda e começou a apalpa-la enquanto Tobi apertava seu caralho. Kakashi segurou a caneta entre os dedos finos com dificuldade e começou a copiar as datas que o professor anotava na lousa junto de um mapa mental para não perderem nada da matéria.

História era complicada e caso perdesse o mínimo detalhe, você perdia o motivo de uma guerra ou de uma revolta que matou pessoas importantes. Mas Obito e Tobi pareciam nem ao menos ligar para isso já que atiçavam o namorado mais do que prestavam atenção nas letras pintadas de azul na lousa branca.

Na Sala De Aula - Obikaka, Obito² Kakashi ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora