A Rainha

#11

Chloe tinha acabado por voltar na rua seguida por Lucifer que entrou com ela na loja que ela tinha anteriormente feito uma compra. Com pena a atendente deixo-a usar o provador para tocar da sua blusa molhada pela nova.

Quando ela voltou ele já estava a namoriscar com a atendente e ela revirou os olhos. Previsível.

Ela tosse, ambos se voltam para ela. Lucifer particularmente surpreso como se tivesse visto um fantasma. "Estou bem assim?" Ela perguntou.

"Perfeita minha querida, apenas me recordei de algo." Diz ele. "Vamos?"

Ela concordou, agradeceu à atendente que recebeu outra pequena atenção de Lucifer antes de sair.

Eles voltaram a caminhar. "Bem eu acho que vou voltar para casa." Diz Chloe, ela queria muito se ver livre desse estranho homem que a seguia como um cachorro.

"O quê? Já?" Ele parecia decepcionado com a separação. "Podemos jantar algum dia!" Ele diz em ideia. "Tenho a certeza de que poderias gostar da companhia."

"Hum... acho que vou passar."

"Por favor, detetive."

Ela parou e olhou para o Lucifer. "Como sabes que sou detetive?"

"Disseste que eras da polícia, apenas assumi." Ele diz rapidamente. Ela gostou do som da palavra no seu sotaque britânico quente. Acontece que ela se sentia estranhamente segura com ele, mas ainda com um pé atrás. "Obrigado pela oferta, mas eu preciso voltar para casa." Ela afastou-se rapidamente. Felizmente chegou ao carro sem mais incidentes.

~oOo~

Ela passou por um restaurante e encomendou algo para o jantar. Ela sentia-se estranhamente otimista para um final de sábado mesmo depois do incidente com o estranho homem. Quanto mais ela pensava nele, mas ela podia jurar que já o tinha visto... Um caso? Um suspeito? Ela não sabia dizer, mas os seus instintos raramente falhavam. Tomou um curto duche para lavar o cheiro a álcool assim que chegou a casa e colocou a roupa para lavar.

Alguém bateu na porta da frente. "Quem é?" Ela chamou antes de alcançar a porta. "Querida, é o Lucifer."

O coração dela acelerou. Como ele sabia a morada dela? Como ele estava aqui? Ele era mesmo um dos seus suspeitos de homicídio? "O que fazes aqui?" Ela perguntou sem abrir.

"Vamos querida, podes abrir?"

Chloe abriu sem remover a corrente de segurança. Eles olharam-se pela fresta. "O que fazes aqui? Seguiste-me?"

"Claro que não..."

"Então como sabes onde eu moro?"

"Eu simplesmente sabia. Um demónio contou-me no inferno."

Ela abriu a boca chocada. "Eu sugiro que vás embora e não voltes ou eu juro que te vou prender."

"Hum... uma das minhas fantasias favoritas." Ele sorri para ela.

Ela chocada olha para ele com raiva. "Vai embora." Ela guincha fechando-lhe a porta na cara.

Ele volta a bater, mas ela ignora. Esse Lucifer tinha muita coragem para aparecer na casa de um polícia. Chloe achou-o completamente sem noção... ela não podia acreditar que ele a tinha seguido.

"Que rude..." Lucifer entra pela porta da varanda traseira que ela deixou aberta para pendurar a roupa.

"O que...?" Ela pega a arma de serviço que estava sobre a mesa de apoio ao seu lado. "Fora daqui! Eu não acredito que acabaste de invadir a minha casa. FORA AGORA!" Ela destrancou a porta e abriu.

"Ora detetive. Eu acredito que começamos da pior maneira possível... eu apenas queria me desculpar."

"Entrando na minha casa?" Ela estava tão bem e relaxada e agora era como se estivesse no inferno.

"Tu não abriste..." Ele explica colocando as mãos nos bolsos das calças.

"Porque não és bem-vindo." Ela diz simplesmente.

"Tu eras mais gentil." Ele diz com um olhar mais sombrio.

Ela baixou a arma e olhou para ele atentamente. "De onde nos conhecemos?"

"Eu... nós costumávamos falar num lugar muito distante. É normal não te lembrares os meus irmãos apagaram-te a memória."

"O quê? Eu não me lembro de ti." Chloe voltou a apontar a arma.

"É esse o objetivo... e essa arma não vai funcionar em mim querida, por favor vamos parar com isto."

"Onde nos conhecemos e que conversa é essa de apagar memórias? Responde-me!"

"Não é suposto saberes."

"Tarde de mais... eu quero respostas."

Lucifer parecia num impasse. "Nós conhecemo-nos no inferno."

Chloe baixou a arma e riu. Ele era louco e ela alinhou na loucura dele. "Tu és o diabo estou a ver... as pessoas estão mortas no inferno Lucifer e aqui estamos nós." Ela continuou a rir.

"Estou ciente... tu morreste a noite passada, estavas no inferno por um erro ridículo e os meus irmãos trouxeram a tua alma de volta e agora eu tenho de te proteger. Não sei bem porquê."

"Tu és louco..."

"Acredita em mim, detetive... sei muito sobre ti, coisas que ninguém poderia saber." Lucifer dá um sorriso sugestivo.

"Eu não quero saber, agora vai embora e não voltes."

"Como eu disse... rude." Ele diz dirigindo-se para a porta. Ele pára antes de olhar à volta. "Não tinhas uma criança?"

Ela olhou para ele séria. Trixie não devia ser um tema de conversa. Ela não falava da filha a estranhos. Ela queria a filha segura. "Ela não está aqui."

"Hum... está com o ex-idiota? Dan?"

"Quem és tu?" Ela pergunta não se lembrando de partilhar essas informações.

"Lucifer... já tinha dito."

"Sim e conhecemo-nos no inferno... já sei... mas isso não é verdade..."

"Eu não minto, nunca!" Ele diz sério.

"Pois... o diabo tem de me perseguir para me proteger." Ela diz.

"Sim, foi a condição para umas férias."

"Olha amigo, eu não tenho nada a ver com as tuas férias então podes ir. Eu estou bem e não preciso da tua proteção."

Lucifer olha novamente pela casa. "Eu acho que é melhor eu ficar mais um pouco."

"O quê?"

"Um mau pressentimento, acho eu."

"Já é noite não tens de ir para casa?"

"Eu ainda não tenho uma."

Ela não sabia mais o que dizer. "Eu estou farta. Vira-te." Ela pegou as algemas para o prender. Ela não estava de serviço, mas ele simplesmente invadiu.

Antes que ele fizesse mais uma piada idiota um estranho encapuzado apareceu na porta. "Devias ter ficado morta, cabra." E com isso um tiro foi ouvido e uma dor atingiu o seu ombro quando ela caiu.

Ela não se lembra de muito até ouvir a voz de Lucifer perto dela. "Eu não quero morrer." Ela sussurrou.

"Eu não te vou deixar." Parecia uma promessa.