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— Onde estamos? — pergunto ao Mikey quando passamos pela porta branca que eu julgo ser enorme demais.

— Esse é o meu escritório.

Dou uma rápida olhada pelo ambiente. Tem uma mesa marrom com alguns livros e uma bandeira sobre um pedestal pequeno. Ao lado da bandeira tem um porta-retrato que eu não quero andar até lá para ver a foto que está. Uma prateleira com alguns livros e revistas está atrás da mesa e tem uma parede repleta de prateleiras com diversos modelos de moto, que é o que mais chama a minha atenção.

— Gostou das motos? — eu concordo e o Mikey coloca a mão nas minhas costas, me puxando para mais perto da prateleira. — Olha, essa é a mini réplica da primeira moto que andei. — ele tira a moto preta da prateleira e me mostra.

— É linda! E essa? Parece um carrinho de criança. — ele sorri e pega a moto rosa que eu estou falando.

— Eu ainda não entendi essa moto. A Emma que me deu de aniversário, ela disse que achou que era uma moto de montar. — Mikey coloca a motinha carro na minha mão e eu passo os meus dedos com delicadeza por ela.

— Qual a sua favorita? — eu pergunto quando devolvo a moto para ele novamente, vendo o cuidado dele para colocá-la na prateleira.

— Gosto dessa. Olha, é a minha atual. Ela tem o símbolo da Toman com esses traços dourados e a cor dela é bastante viva, se podemos dizer assim. — concordo com ele e ando um pouco até ficar na frente de uma moto vermelha.

Ela é tão pequena quanto às outras, mas o seu tom de vermelho parece brilhar junto dos detalhes pretos que ela tem. Um pequeno vidro está na parte da frente, como se fosse um chapéu na moto.

Certo, eu preciso aprender, no mínimo, sobre as partes de uma moto.

— Gostou dela?

— Muito. Ela é linda! Acho que é a mais bonita de todas. — Mikey retira a moto pequena da prateleira e coloca nas minhas mãos para que possa ver todos os detalhes dela. — Ela é bem leve também. — ele concorda.

— Você quer? — eu olho rápido para ele, com olhos arregalados e segurando a moto com mais firmeza na minha mão.

— A moto? Não precisa. Quero dizer, ela é linda, mas todas essas motos parecem ser importante para você. Não precisa me dar uma. Sério.

Mikey sorri para mim e segura a minha mão.

— Flora, é sério. Eu gostei de você. Fora que você conseguiu pensar em uma estratégia incrível para a Toman. — eu dou risada e concordo com ele.

— Então é tipo um agradecimento pela minha observação de hoje mais cedo? — ele balança a cabeça em concordância. — Então, já que é assim, obrigada!

Alguém bate na porta do escritório e Mikey me pede licença para ir até lá. A porta é aberta por ele e nós chegamos à conclusão de que não foi uma batida normal.

— Aqui não é motel. Vaza! — Mikey diz para o casal se agarrando ali e eles se separam pela primeira vez, apenas para ver um olhar furioso do Mikey e terem que pedir desculpas várias e várias vezes. — Foi mal. Às vezes eu esqueço que as pessoas costumam se pegar em festas.

Eu balanço as mãos na frente do meu corpo como se isso não me constrangesse ou nada do tipo.

— Não tem problema. — ele se senta em um sofá vermelho ali, com as pernas abertas e um dos braços sobre o sofá. — É... eu acho melhor eu ir procurar o Mit. Já está ficando tarde e eu tenho que ir pra casa.

— Por que não fica mais um pouco? Ainda está cedo e eu posso te apresentar a casa. — eu fico um pouco pensativa com isso, realmente sem saber o que fazer.

Seu sorriso {Mikey}Onde histórias criam vida. Descubra agora