Capítulo 9

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Chegamos no hotel e os meninos não paravam de me amolar pra gente ir numa pub.

Entre ir pra uma pub e uma balada, prefiro uma baladinha, pelo menos lá só rola bebida, em pub normalmente a galera se droga e no fim das contas sobra pra mim.

  — Ah Aninha, por favor, vamos.

  — Você nem pode beber Reinier, que diabos você quer fazer numa pub?

  — Quem disse que só pode beber na pub?

  — Você também não pode usar drogas lindinho. — ele me olhou como se estivesse ofendido.

  — Assim você tira toda minha credibilidade Analice. E vou repetir mais uma vez. Não é só isso que se pode fazer numa pub. — arregalei os olhos.

  — Você já transa Reinier? — ele arregalou os olhos também, já os outros riram.

  — Ana, por favor, vamos parar com essas perguntas. Será que dá pra vocês me ajudarem? Minha mãe confiou minha segurança nas mãos dela, se eu for em algum canto sem ela, ela me mata.

Ri ao lembrar daquilo, legalmente, a segurança do Rei está nas mãos do pai dele que dorme muito cedo e jamais aceitaria ir numa pub. Por isso a mãe dele disse que caso ele quisesse ir em algum lugar, ele teria que ir comigo.

Benefícios de ter uma carinha de anjo. Os pais dos seus amigos sempre vão te achar confiável.

  — Vamo lá Ana, você precisa se divertir um pouco, parece até uma velha infurnada no casulo e que estoura as bolas de futebol das crianças quando elas caem em seu quintal. — gargalhei da apelação.

  — Isso foi muito específico sabia?

  — Ana, acredite em mim, ele vai encher teu saco a noite inteira até você aceitar, nos faça o favor de aceitar logo, por favor. — alegou Gerson.

  — É Ana, vai ser divertido.

Eles tem razão, certo? Quer dizer, não tem nada a ver com o Thuler ter pedido pra que eu fosse, tipo, e daí que ele se importa?

  — Tudo bem, eu vou, contato que você pare de me encher. Desço as oito, estejam aqui.

{...}

Não deveria ter aceito ir. Não achei que fosse ir para uma pub ou algo assim, então nem tinha trazido roupa pra isso.

No fim das contas, escolhi um cropped brilhoso preto — agredeci aos céus por ter trazido ele — e uma calça jeans skinny, coloquei um cinto preto já que ela ficava um pouco folgada na cintura e um salto que eu pretendia usar amanhã em algum restaurante chique.

Você me paga Reinier.

Tentei ao máximo esquecer o episódio pós-jogo, mas estava cada vez mais difícil. Suas palavras permaneciam rodeando a minha cabeça todos os segundos.

Desbloqueei meu celular após terminar de aplicar meu gloss e vi que faltavam apenas dois minutos para as oito, peguei minha bolsa e empendurei-a em meu ombro.

Peguei o cartão que desbloqueava a passagem da porta e guardei-o na bolsa, fechei o quarto e desci.

Assim que cheguei lá, apenas Matheus já havia descido.

  — Não sabia que você gostava dos mais novos. — arqueei as sombranchelhas confusa — Você e o Reinier mais cedo. — quando entendi do que ele estava falando comecei a gargalhar.

Ri tanto que senti lágrimas escorrerem. Limpei-as antes que borrassem minha maquiagem e encarei-o esperando que fosse uma brincadeira, mas notei seu semblante sério e me segurei para não gargalhar mais ainda.

With love, for u | M. Thuler™Onde histórias criam vida. Descubra agora