POW - Christopher Uckermann

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A minha ideia inicial era esperá-la em frente à porta da sala onde ela estava tendo aula, mas me pareceu uma atitude muito desesperada. Na verdade nem sei por que pensei nisso. Balancei a cabeça lentamente: não estava no meu estado normal. Olhei para a escadaria que levava ao prédio do colégio, mas não vi sinal nenhum de Maite. Voltei meu olhar para o resto do jardim onde vários alunos aproveitavam o sol forte. Pensei em onde poderia levar Maite depois da aula. Era difícil escolher por que pra mim nada era suficiente para ela o que era exatamente o contrário. Tudo o que eu fazia era maravilhoso aos olhos dela.
– Christopher? – me sobressaltei ao ouvir a ultima voz que gostaria.
Belinda estava sentada ao meu lado no banco me olhando de uma maneira diferente.
– O que você tem?
– Realmente te interessa? – respondi voltando olhar o nada. Olhar pra ela estava começando a me enjoar.
Com surpresa percebi que ela ficara em silencio. Ainda podia sentir que ela me olhava da mesma maneira. Virei o rosto para ela e vi sua testa enrugar.
– Isso não é bom – Belinda concluiu em voz baixa – Seu prazo está se esgotando com Maite – ela mudou o tom de voz para algo mais convencido e sorriu – A virgem Maria é tão difícil assim?
Fechei os olhos instantaneamente ao perceber o tom prepotente com qual ela falava de Maite.
– Não me lembro de você ter estipulado um prazo.
– Por favor, Christopher – ela soltou uma risada rouca – Maite chegou em junho e já estamos no meio de novembro. Você já foi mais rápido.


Minha expressão deve ter mudado bruscamente por que o sorriso de Belinda aumentou.
– Em um mês você fazia tudo o que queria com essas meninas e já as descartava. Bom – Belinda riu – menos com Danna. Não sei por que você demorou tanto pra largá-la. Talvez se tivesse feito antes, ela estivesse viva.
– Sabe Belinda. Acho que cansei de você e dos seus jogos – falei impacientemente.
Ela analisou minha expressão como se tentasse adivinhar o que passava pela minha cabeça.
– Sabia que você ia perder – ela sorriu, triunfante – Devo admitir que pensei que seria fácil pra você lidar com uma garota como essa...
– Pra sua informação – eu levantei antes que partisse pra cima dela – Eu venci – não pude controlar o sorriso que nasceu em meus lábios ao ver os olhos claros de Belinda se arregalarem - Agora me deixa em paz.
Não a olhei de novo por que aquilo realmente estava me incomodando. Dei alguns passos em direção ao prédio. Em tempo de ver Maite sair ao lado de Anahí. Novamente não consegui controlar um sorriso, mas esse era diferente e por motivos mais bonitos.

Cruel Intentions (Romancier)Onde histórias criam vida. Descubra agora