Oneshot

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Pvo’s Ikki Amamuiya

Vida de cavaleiro não é fácil, e posso afirmar com facilidade cada um dos motivos desse pensamento, mas com uma pausa nas batalhas cada um de nós seguiu suas vidas. Shiryu voltou para os Cinco Picos Antigos, Shun e Seiya continuaram no Japão e, provavelmente, o pato voltou para a Sibéria, ou quem sabe visitar o mestre dele no santuário, já que Atena reviveu os cavaleiros mortos.

Eu?

Eu saí em viagem para o mais longe possível de tudo e de todos.

Mas o Shun pediu para que passemos o meu aniversário juntos como uma família. Ele insistiu tanto que acabei aceitando.

Agora, nesse instante, estou desembarcando de um avião que acabou de pousar na grande Tóquio. No saguão, ao lado de um banco de madeira, estava Shun me esperava com um sorriso enorme no rosto.

Ao me aproximar, ele me deu um forte abraço.

–Que saudade Nii-san!-exclamou ele

–Também senti sua falta irmão. –falei sorrindo

Ele me guiou até um carro que Saori havia ainda emprestado, já que ele ainda não era maior de idade.
Durante o caminho para a mansão, Shun quase não parou de falar. Contou-me sobre todos os acontecimentos no Japão e no Santuário. Como Seiya e Saori se acertaram, assim como Shiryu e Shunrei. As confusões do Mascara da Morte e do Afrodite depois que começaram a namorar, coisa que me surpreendeu bastante, para completar o Mascara era ciumento, fazia um escândalo por qualquer pessoa que se aproxime do Pisciano.

Todos haviam reconstruído suas vidas.
.. Menos eu.

Nada na minha vida mudou. Não me relacionei com ninguém, não estudei, não consegui trabalho, absolutamente nada.

Até mesmo Shun estava se relacionando com uma garota que ele havia conhecido em uma viagem a Grécia.

Suspirei resignado, deve ser meu destino ficar sozinho. Até porque, a única pessoa que me interessaria... Não, isso jamais vai acontecer.
Chegamos á mansão Kido minutos após anoitecer. Quando Shun abriu a porta, não se via nada lá dentro já que as luzes estavam apagadas. De repente as luzes são ligadas do nada e só então percebo o que estava havendo.

O salão estava decorado para uma festa. Comes e bebes encima de uma grande mesa e pequenas mesas com cadeiras dispostas e perfeitamente arrumadas enxiam o lugar.

Nossos amigos, os cavaleiros de ouro, e algumas amazonas enxiam o lugar. Também havia alguns civis aqui e ali, provavelmente acompanhando os cavaleiros.

–SURPRESA!-gritaram eles

Olhei para Shun com cara de: “Que droga é essa?”

Ele me deu um sorriso forçado e olhar de gato do Shrek, como que pedisse desculpas.

Balancei a cabeça, ele não toma jeito.
Antes que vocês venham reclamar comigo por eu parecer um ingrato já que eles se esforçaram e blábláblá, deixe-me explicar: Veja bem eu não gosto de festa e, muito menos, de ser o centro das atenções.

Todos começaram a me parabenizar e talz, mas eu não me sentia bem, ainda não tinha visto o Hyoga. Onde ele estava?

Foi quando o vi na sacada olhando para o céu. Parecia pouco a vontade ali tanto quanto eu. Passei pelos convidados com muito custo, parecia que cada passo que eu dava ao mesmo tempo dava dois para trás, raios!

Quando finalmente sai da multidão. Aproximei-me da sacada devagar.

–Hyoga?!-chamei

Ele virou-se abruptamente para mim meio afobado.

–O que quer? –perguntou ele ríspido

–Conversar com você. –respondi olhando em seus olhos

–Sério? Eu não estou interessado. -disse ele sarcasticamente tentando se afastar

–Espera Hyoga. –segurei em seu braço e senti como se uma corrente passa-se pelo meu corpo, ele deve ter sentido também já que se encolheu levemente
Rapidamente ele afastou-se de mim.

–Hyoga...

Ele abaixou a cabeça como se pensa-se, segundos depois a levou e me encarou.

–Senti sua falta. –falou ele baixinho

–Também senti sua falta loiro. -falei correspondendo o seu olhar

Aproximei-me dele, seu rosto a poucos centímetros de mim, podia sentir seu hálito quente em meu rosto. Estávamos quase nos beijando quando o Seiya apareceu interrompendo completamente o clima.

–Vem Ikki, vamos cortar o bolo. –disse ele e saiu

–Já vou. –falei e ele saiu

Aproximei-me do ouvido dele e sussurrei:

–Nos vemos depois da festa loiro.

Ele suspirou e assentiu. Entrei na sala e começou os parabéns.

–Agora os presentes. Esse é meu e dos garotos. –falou Saori e me entregou uma caixinha de veludo negro, fiz uma careta

Pensei que fosse alguma joia, mas não... Era uma chave de carro. Olhei para eles esperando uma explicação, mas ao invés de falar o Shiryu e o Seiya me puxaram para o estacionamento. Fiquei chocado com o carro.

Ele era lindo.

Era um Chery Tiggo preto 2014.

Fiquei muito sem graça.

–Muito obrigado a todos. –consegui falar

–Não há de quê queridinho. Todos nós colaboramos exceto o Hyoga. –falou Afrodite abraçado ao Mascara

Olhei para o Hyoga que continuava na varanda, mas não falei nada.

A festa se passou rapidamente e todos foram dormir.

Eram quase duas da manhã quando fui encontrar com o Hyoga no jardim. O encontrei próximo a uma fonte de água na parte mais afastada.

–Pensei que não viria. –falou ele quando me aproximei

–O Shun quase não parou de falar. –respondi, ele riu levemente

Formou-se um silencio constrangedor entre nós logo em seguida.

–Sabe por que não colaborei com o carro?-perguntou ele de repente
Balancei negativamente a cabeça.

–Porque já tinha o seu presente antes. –falou ele e me olhou- Quer recebe-lo agora?

Assenti, o que será?

Ele ficou na minha frente e... Me beijou.

Passei meus braços ao redor da cintura dele, e ele gemeu em meus lábios. Nos separamos após algum tempo, ele estava com o cabelo desgrenhado e o rosto completamente corado. A imagem da perfeição.

–O seu presente... Sou eu. –falou ele, sua voz rouca

Agarrei-o pela cintura e o levei para o meu quarto a velocidade da luz.
Beijei-o com voracidade enquanto o despia e o deitava na cama sem quaisquer delicadeza. Estava completamente excitado. Como ele conseguia isso de mim? Fitei seus olhos azuis e o beijei novamente antes de penetra-lo. Estava tão fora de mim que sequer o preparei, mas ele não reclamou, ao contrario me olhou com extremo desejo enquanto me mexia dentro dele.

Logo os gemidos dele e os meus ficaram mais altos e , algum tempo depois, chegamos ao clímax juntos.

Caí para o lado, o beijei calorosamente e o abracei com força.

–Ikki... O que somos? Quer dizer, depois de hoje. –perguntou ele

–Somos namorados, isto é... Namora comigo Alexei Hyoga Yukida?-perguntei

–Claro que sim. –disse e me beijou

–E agora não tenho motivos para ir embora, minha vida é aqui. –falei gentil e passei meus dedos pelo rosto dele

Adormecemos abraçados, com meu maior desejo realizado, ter o homem da minha vida só para mim.

A fênix retornaOnde histórias criam vida. Descubra agora