Era uma vez um rei e uma rainha que tinham tudo que desejavam, exceto um filho. Nas noites frias de
inverno, eles se sentavam junto à lareira aconchegante e a rainha fazia sua tapeçaria enquanto o rei a
olhava, e os dois conversavam sobre os acontecimentos do dia. Mas, de vez em quando, a rainha parava
tudo que estava fazendo para olhar pela janela e ver a neve caindo. E lá ficava ela, contemplando a
neve, esquecendo completamente o que dizia ou com sua tapeçaria no ar. Seu marido sabia bem o que
prendia sua atenção nessas ocasiões: era a visão do filho deles.
Numa determinada noite, a rainha acidentalmente furou o dedo com sua agulha. Uma gota vermelha de
sangue surgiu e, enquanto olhava para ela, a rainha suspirou profundamente, murmurando:
-Se eu pudesse ter uma filha com lábios vermelhos como esse sangue, a pele branca como a neve e
cabelos negros como o carvão que queima no fogo...
Em um ano o desejo da rainha se realizou, e o feliz casal foi abençoado com uma filha que tinha lábios
vermelhos como sangue, pele branca como a neve e cabelos negros como o carvão. Eles a chamaram
de Branca de Neve.
A rainha morreu logo após o nascimento da filha e, alguns anos depois, o rei voltou a se casar. A nova
esposa era uma bela rainha, e os três viveram felizes por um tempo. Mas antes que Branca de Neve
completasse dez anos, seu pai também morreu, deixando-a para ser criada pela madrasta. No começo,
a mulher era amável, mas, a cada ano, Branca de Neve ficava mais bonita e, na mesma proporção, sua
madrasta envelhecia e temia perder a própria beleza, começando a se afastar dela. Um dia, a rainha
proibiu a compra de vestidos de festa e outros adornos aos quais Branca de Neve estava acostumada, e
obrigou-a a trabalhar na cozinha. Mas, mesmo vestida de trapos, a beleza de Branca de Neve não podia
ser ignorada e, para a sua madrasta, temerosa de perder a própria beleza, parecia que Branca de Neve
se tornava mais bonita apenas para atormentá-la.
No fim das contas, a rainha já não podia mais suportar a beleza de Branca de Neve, então providenciou
para que um criado a levasse para longe e a matasse. Mas ele não fez mal a Branca de Neve. Em vez
disso, levou-a para a floresta e alertou-a quanto às intenções da rainha. Branca de Neve ficou
aterrorizada, mas o criado lhe garantiu que, a apenas pouca distância dali, havia a cabana de sete
anõezinhos que viviam juntos na floresta. Ele prometeu que os anões a manteriam segura.
Quando o criado a deixou, Branca de Neve viu-se sozinha pela primeira vez em sua vida. A floresta era
cheia de barulhos estranhos, e ela saiu correndo em busca da cabana dos anões. Embrenhou-se pela
floresta e encontrou um pequeno bangalô, que só podia ser o lar dos anões, pois a porta era tão
pequena que Branca de Neve tinha de se abaixar para entrar.
Com a curiosidade superando seus medos, Branca de Neve bateu diversas vezes à pequena porta.
Percebendo que os anões não deveriam estar ali, e impaciente para ver seu interior, ela abriu a porta e
entrou.
Uma vez dentro da cabana, não restava dúvida de que era a casa dos anões, pois havia sete
cadeirinhas ao redor de uma mesa, sete sousplats, e assim por diante. Ao caminhar dentro da casa,
Branca de Neve viu sete pequenas poltronas numa sala de estar e, mais adiante, sete caminhas
caprichosamente arrumadas num quarto. Que tipo de homens são esses, ela pensou.
Os sete anões, na verdade, eram sete belos príncipes sob a maldição de uma bruxa demoníaca. A
maldição, além de torná-los bem pequenos, também atingiu cada um com uma enfermidade que
gerava crises de espirros, sonolência, mau humor etc. Sem ver solução para sua situação, os príncipes
deixaram a sociedade para viver juntos na floresta, onde afinal se tornaram conhecidos pelas
características que receberam em consequência da maldição, passando a se chamar Atchim, Soneca,
Zangado, Feliz, Dengoso, Dunga e Mestre. Essas eram as circunstâncias dos anões quando chegaram para
encontrar Branca de Neve naquela noite.
Desde o primeiro encontro, Branca de Neve ficou encantada com os anões e se sentiu um tanto segura
com eles, em sua pequena cabana na floresta. Quanto aos príncipes-anões, eles se apaixonaram
profundamente por Branca de Neve. Nada que ela dissesse deixava de agradá-los, e eles faziam tudo
que ela pedia. Eles se tornaram melhores amigos em pouco tempo.
Mas, numa noite, os anões entreouviram Branca de Neve chorando em sua cama. Alarmados, correram
para o seu lado e imploraram para que ela contasse a causa de sua aflição. Após muito insistirem, Branca
de Neve confessou sua solidão e lhes contou seu profundo desejo de ter um príncipe para amar. Essa
declaração os entristeceu profundamente, mas Mestre subitamente anunciou que conhecia o remédio
para Branca de Neve
-O que é? -perguntou ela.
Mestre não respondeu à pergunta, mas fez outra:
-Você confia em seus anões devotos, Branca de
Neve? -É claro! -gritou ela. -Deite-se e feche os olhos e então veremos
continuou ele.
Branca de Neve concordou, e logo sentiu as mãos dos sete homenzinhos em seu corpo, erguendo sua
camisola e tocando sua pele nua.
Branca de Neve deu um salto da cama. O que quer que estivesse esperando, certamente não era aquilo!
-As coisas nem sempre são como parecem, querida Branca de Neve -avisou Mestre. -Mas não podemos fazer muita coisa para ajudá-la até que você
confie em nós. E com isso ele e seus seis companheiros deixaram Branca de Neve sozinha em sua
infelicidade.
O incidente logo foi esquecido e a amizade entre os oito voltou a florescer. Mas Branca de Neve ainda
estava aborrecida por uma solidão dolorosa e, numa noite, seus soluços foram novamente ouvidos pelos
anões.
Eles se apressaram até Branca de Neve com perguntas. Ela explicou seu desejo melancólico por um
príncipe para amar. E, novamente, Mestre afirmou conhecer a cura.
-Por favor, me diga! -gritou Branca de Neve.
-Você confia em seus devotos anões? -ele lhe perguntou.
-Sim! -ela jurou.
-Então, deite-se e feche os olhos -instruiu ele.
Branca de Neve assim o fez, e, em alguns segundos, ela novamente sentiu as mãos de todos os sete
anões sobre seu corpo. Ela resfolegou e deu um pulo. Mas o que eles estavam pensando?, ponderou ela.
-Fique calma, pois jamais lhe faríamos mal, Branca de Neve. -Mestre a acalmou, acrescentando,
tristemente: -Já é o suficiente que você não confie em nós.
E com isso os sete homenzinhos saíram silenciosamente, deixando-a sozinha.
A questão foi novamente esquecida e, com o passar dos meses e a chegada dos ventos frios à floresta,
Branca de Neve e os sete anões ficaram mais próximos do que nunca, em sua cabaninha aconchegante.
Ainda assim, a pobre Branca de Neve lamentava a ausência de um príncipe só seu para amar, pois todas
as princesas não podem deixar de querer um príncipe. E logo os anões foram novamente perturbados
pelo som de seu pranto.
Eles logo se apressaram até ela, como haviam feito nas vezes anteriores. Ela voltou a lhes contar sobre seu
desejo de um príncipe amante. E novamente Mestre jurou saber a cura para a sua solidão.
-Você confia em seus devotos anões? -ele lhe perguntou, como fizera antes. -Com todo o meu coração! -
gritou Branca de Neve.
-Então, deite-se e feche os olhos -disse ele.
Ela o fez e, assim como das outras vezes, sentiu os leves toques das mãos dos anões, como sopros leves,
passando por seu rosto e corpo. Dessa vez ela não pulou, mas confiou que eles não lhe fariam mal.
Branca de Neve deixou seu corpo relaxar e, ao fazê-lo, o calor a tomou, envolvendo-a numa quentura, e
uma estranha sensação de formigamento começou a revolver dentro dela. Os dedos logo foram
substituídos por lábios úmidos e macios que buscavam os seus. Ao primeiro beijo que tocou seus lábios,
Branca de Neve abriu os olhos e viu diante de si o mais lindo príncipe que seus olhos já haviam visto. Ele
segurou sua mão e buscou seus lábios para um segundo beijo. Ali, diante de seus olhos arregalados,
apareceu outro príncipe, ainda mais bonito, depois outro, até que todos os sete anões haviam recobrado
sua forma de príncipe -um mais magnífico que o outro. Cada príncipe era mais singular que o anterior,
com uma masculinidade arrebatadora e uma perfeição física. Um tinha cabelos louros e olhos azuis, outro
era ruivo de olhos castanhos. Um tinha o peito coberto de pelos, enquanto outro era liso como seda. Até
a cor de sua pele era singular e única, com um príncipe negro como carvão, outro de cor amendoada.
Resumindo, não havia uma característica masculina que faltasse dentre os sete homens.
Branca de Neve estava tremendo de choque e deleite.
-Escolha seu príncipe -ela ouviu um deles sussurrar em seu ouvido. Mas permaneceu em silêncio, pois não
podia suportar a ideia de perder nenhum dos magníficos príncipes que estavam diante dela.
Os príncipes não questionaram seu silêncio. Em vez disso, removeram seustrajes, que haviam se
transformado em farrapos durante sua transformação. Em seguida, eles se puseram a tirar a camisola de
Branca de Neve e esta rapidamente desapareceu quando as 14 mãos foram postas em ação. Livre do
impedimento da camisola, as mãos agora estavam livres para acariciar seu corpo ruborizado e trêmulo,
passando por cada curva, côncavo e relevo, e encontrando todos os seus lugares mais ocultos, As mãos
a exploravam inteiramente, aderindo aqui e ali, mas não deixavam nenhuma parte intocada. Enquanto
isso, os lábios deles devoravam os dela.
Mas as bocas famintas se tornavam impacientes demais para esperar em vão pelos lábios de Branca de
Neve, então procuravam outros lugares para beijar. Branca de Neve gemia e tremia fervorosamente,
enquanto as mãos e lábios dos sete príncipes consumiam cada parte dela. Ela estremeceu ao sentir os
dentes afiados de um príncipe mordiscando seu mamilo, enquanto outro príncipe gentilmente sugava o
outro. Uma língua deslizou até sua barriga enquanto outra brincava descendo até o meio de suas pernas.
Outro par de lábios tomou os seus labios, num beijo profundo e demorado.
Branca de Neve estava tão envolvida de excitação e desejo que tinha dificuldade para respirar e, por
um instante, temeu perder a consciência. Ela estava próxima do delírio, enquanto esperava
ansiosamente pelo que estava por vir.
Percebendo seu dilema e o remédio para ele, os príncipes gentilmente posicionaram Branca de Neve de
modo que recebesse seu primeiro príncipe, um belo homem com cabelos louros e olhos do mais profundo
azul. Ele a beijou carinhosamente, enquanto a penetrava. Branca de Neve gritou de êxtase irrepreensível
de tanto prazer.
Você não deve pensar que os outros príncipes permaneceram inertes enquanto isso. Um deles segurou sua perna direita, enquanto outro segurou a esquerda. Um terceiro príncipe beijou seus lábios, enquanto
mais dois beijavam seus seios. Todos eles assistiam ao príncipe mais claro possuir Branca de Neve e,
pacientemente, esperavam por sua vez, e ela teve de fechar os olhos por um instante apenas para
recuperar o fôlego.
Bem na hora em que Branca de Neve estava se aproximando do ápice de seu prazer com o príncipe
louro e gentil, os homens que seguravam suas pernas afastaram-nas mais um pouco para que ele
pudesse penetrá-la mais profundamente. Essa manobra surtiu efeito rapidamente, e todos os olhos
assistiam ao casal, enquanto eles se submetiam aos últimos lances de prazer.
Logo depois disso o príncipe claro deu um passo para o lado e outro príncipe, mais escuro, tomou seu
lugar. Esse não era tão gentil como o primeiro, mas deu tanto prazer a Branca de Neve quanto o outro, se
não mais. Com seus olhos encarando vorazmente os dela, ele contorceu seu corpo e cintura, de modo
que a perna esquerda passasse por cima da direita. Com a ajuda de outro príncipe que a segura-, va na
posição desejada, o príncipe escuro possuiu , Branca de Neve sem jamais tirar os olhos dela. Mais uma vez
seu desejo e excitação começaram a crescer dentro dela. Com tantos príncipes para servi-la, não havia
mais nada para ela fazer -na verdade,não havia nada que ela pudesse fazer, a não ser simplesmente
ficar ali deitada e aceitar o prazer oferecido pela união de suas forças. E foi exatamente o que Branca de
Neve fez. Ela tinha plena consciência de cada príncipe individualmente, enquanto estes a tomavam, e
prestava atenção a cada toque de seus dedos e lábios. Os príncipes a seguravam firmemente, enquanto
o amante moreno a penetrava repetidamente, saboreando-lhe, porém cuidadoso para não se
envergonhar colocando o seu próprio prazer antes do dela. Branca de Neve se continha e gemia
enquanto a doce agonia prosseguia se acumulando dentro dela, até que mais uma vez ela tremeu de
prazer, preenchida pelo príncipe moreno.
Instantes depois, ele foi substituído por outro príncipe. Seus olhos eram de um verde-esmeralda profundo,
e seu belo sorriso exibia dentes perfeitos. Com Branca de Neve ainda na mesma posição deixada pelo
príncipe anterior, com uma perna atravessada para o lado, o príncipe de olhos verdes a penetrou,
beijando-lhe os lábios carinhosamente. No instante seguinte seu amante habilidoso a virou e colocou de
joelhos, sem lhe causar o menor desconforto, e ela ainda estava unida a ele!
Branca de Neve olhava cegamente enquanto o príncipe a tomou devagar, com longas investidas por
trás. Enquanto isso, outro príncipe continuava a tocála, com carícias íntimas ao longo de suas nádegas e
coxas, provocando-a, enquanto cada um deles ansiosamente vivia a expectativa de sua vez de estar no
meio daquelas pernas e preenchê-la.
Branca de Neve olhou acima e viu um príncipe de pele negra próximo a ela. Da forma como estava
posicionada sua cabeça, ela alcançava a medida exata de seus quadris, que a colocava tão perto de
sua masculinidade, rígida, pulsando, apontando diante dela, a apenas alguns centímetros de seus lábios.
Ele acarinhou seus ombros e recuou, enquanto olhava o outro príncipe penetrá-la.
Branca de Neve olhava maravilhada para a protuberância negra. Sua boca estava ligeiramente aberta
dos suspiros que escaparam de seus lábios e agora ela percebia que o príncipe negro estava avançando
lentamente, até que sua umidade podia ser sentida em seus lábios. Ele não se forçou em sua boca, no
entanto, esperou para que os lábios dela abrissem mais, o que fizeram, em seu ritmo próprio e no instante
seguinte ele estava inteiramente dentro dela. Tremendamente excitada, ela balançava o corpo à frente
e para trás, deleitando-se em abandono. Como ela desejara ter um príncipe que lhe desse prazer. Agora
jamais se contentaria com apenas um! E agora os príncipes serviam Branca de Neve com merecimento,
cada qual de uma forma única e diferente, até que ela tivesse provado os presentes de todos os
sete. E mesmo quando não era a vez deles em satisfazê-la, continuavam a servi-la fielmente, assistindo-lhe
de todas as formas que podiam para que ela alcançasse o máximo de prazer. Finalmente exausta, ela
caiu num sono profundo.
Na manhã seguinte, Branca de Neve acordou sozinha e quase acreditar ter sonhado com todo o
episódio, exceto que em seu corpo havia pequenas evidências de que ela de fato havia sido arrebatada
na noite anterior. Mas para onde meus príncipes teriam ido? Ela se perguntava. E de onde teriam vindo?
Ela foi deixada para pensar sobre isso como lembrete do dia, até que os sete anões voltassem para casa,
naquela noite. Mas, ao vê-los, Branca de Neve se sentiu um tanto tímida, e pensou em como deveria
abordar o assunto.
Branca de Neve permaneceu em silêncio durante todo o jantar, mas as lembranças da noite anterior
piscavam em sua mente. Ela lutava contra as imagens de forma febril, mas elas continuavam a atacála
até que ela gritou:
-Onde estão meus príncipes?
Em segundos a verdadeira identidade dos anões lhe foi explicada. Branca de Neve tinha apenas de
beijar os lábios de qualquer anão para libertá-lo, mesmo que temporariamente, da maldição. E como
Branca de Neve ficou feliz ao saber disso! Ainda assim, ela novamente se perguntava como poderia
escolher um acima de outro. Ao examinar cada um de seus rostos, ela podia ver claramente que todos
eram igualmente devotos a ela.
-Não posso escolher entre vocês, meus queridos príncipes -disse ela aos anões. -Como poderia?
Os anões se entreolharam. Eles jamais negaram nada que ela desejasse,e não poderiam fazê-lo agora.
-Você pode ver todos os seus príncipes novamente, se é isso que deseja, Branca de Neve -disse Mestre,
carinhosamente. -Fica inteiramente por sua conta.
Branca de Neve se aproximou de Mestre e, fechando os olhos, gentilmente beijou-lhe os lábios. Ela os abriu para ver seu lindo príncipe louro diante de si. Depois foi até onde estava Zangado e beijoulhe os
lábios. Lá estava seu príncipe moreno, mais rude. Arrepios a percorreram ao beijar um anão após o outro,
descobrindo suas verdadeiras identidades. Ela levou os príncipes até o quarto e permitiu que tirassem sua
roupa. Tremia de desejo, em pé, despida, diante de seus sete amantes. Ela adentrou o círculo dos
príncipes e se permitiu mergulhar no prazer.
Noite apó snoite Branca de Neve passava com seus sete príncipes, e o tempo passou rapidamente. De
vez em quando, ela tinha notícias do castelo da rainha, mas isso não a preocupava, pois ela estava
convencida de que os anões a manteriam segura.
Um dia, um serviçal veio trazer uma mensagem da rainha, que alegava agora ter muito remorso e
aborrecimento pelas injustiças feitas contra Branca de Neve no passado. O criado entregou a Branca de
Neve um presente, para provar que ela havia mudado. Mas esse serviçal havia sido enganado pela
rainha, pois ela ainda desejava a morte de Branca de Neve.
Branca de Neve aceitou o presente com apreensão. Ela não questionou a natureza dúbia do presente
como deveria; em vez disso, ficou com receio de deixar seus belos príncipes, caso a rainha exigisse que
Branca de Neve voltasse ao castelo.
Pensativa, Branca de Neve abriu o presente. Ela olhou encantada ao ver o lindo espartilho de seda
quehaviadentro. Pensandoemseuspríncipesecomo reagiriam ao vê-la nessa peça exótica, ela se
apressou em experimentá-lo. Mas, no instante em que tocou sua pele, o corpete, que estava
amaldiçoado por um feitiço, subitamente começou a se fechar ao redor de seu corpo, apertando
sozinho, até que Branca de Neve não podia mais respirar. Ela caiu no chão e permaneceu ali, imóvel,
como se estivesse morta.
Quando os sete anões regressaram à cabana no fim daquele dia, encontraram Branca de Neve onde
havia caído, parecendo morta. Tomados de tristeza, os anões a deitaram sobre uma das camas depois
foram fazer um belo caixão, entalhado em mogno. O caixão demorou vários dias para ficar pronto, mas,
finalmente, quando chegou a hora de enterrá-la, ela ainda estava tão linda e cheia de vida que nenhum
deles conseguia fechar a tampa. Eles fizeram outro caixão, de vidro, e colocaram Branca de Neve
dentro. Todos os dias, sem falta, os anões iam prestar sua homenagem, olhando e lamentando
profundamente a sua perda.
Vários meses se passaram até que, certo dia, a rainha realmente se arrependeu das maldades feitas à
Branca de Neve. Ela mandou outro serviçal à floresta, com instruções de cortar os cordões do espartilho
de Branca de Neve e libertá-la da maldição.
Mas o criado não conhecia a floresta e a casa dos anões e, depois de dar muitas voltas pela área,
acabou se perdendo. Receando voltar ao castelo sem ter realizado sua missão, ele se sentou embaixo de
uma árvore para pensar no assunto. E um belo príncipe passou em seu cavalo branco.
O serviçal lhe fez sinal para pedir ajuda quanto à incumbência da rainha e, como os príncipes são
conhecidos por passar em florestas em ocasiões como essa, ele entusiasticamente concordou em
encontrar e salvar Branca de Neve.
O belo príncipe facilmente encontrou a casa dos anões e, minutos depois, achou Branca de Neve em seu
caixão de vidro. Ele abriu a tampa e a olhou por um instante, antes de arrebentar os cordões. Ela
acordou imediatamente, e olhou o lindo príncipe.
-Eu te amo, Branca de Neve -disse ele.
Case comigo e seja minha princesa.
Agora Branca de Neve se esquecia qual anão correspondia a que príncipe, mas sabia, sem sombra de
dúvida, que este não era um de seus sete príncipes.
- Não posso me casar com você -disse ela, olhando ao redor, à procura de seus príncipes. O príncipe
ficou chocado; ele estivera certo de que não era assim que a história terminava, mas, depois de tanta
coisa, finalmente deixou Branca de Neve na casinha dos anões. E, oh, que festa aconteceu lá, quando os
príncipes-anões regressaram e viram que Branca de Neve estava viva!
A rainha, é claro, fez repetidas tentativas de trazer Branca de Neve de volta ao castelo, mas, para
surpresa de todos, ela recusou solenemente. Todos os meios de provocação e coação foram
empregados, mas nada podia persuadir Branca de Neve a voltar. A rainha foi forçada a ceder, e Branca
de Neve obteve permissão para continuar no chalé com os anões.
O estranho comportamento de Branca de Neve gerou boatos, mas a rainha e aqueles a seu serviço
mantêm o boato de que Branca de Neve realmente se casou com o príncipe que a salvou na floresta, e
que ele a levou para um reino distante. Talvez seja essa a história que você ouviu.
Mas posso garantir que Branca de Neve permaneceu na casinha com os anões, escondida na floresta.
Não há dúvidas que ainda esteja lá.
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Branca de Neve na floresta (Adulto)
Short StoryConto picante e adulto. Leiam e comentem se gostarem postarei mais.