A bela e a fera

Um - nossa aldeia

Nossa história começa aqui, a dezoito anos atrás, com um lindo casal... Sabine e Tom. O casal estava esperando uma criança, isso era perceptivel pela grande barriga da mulher.

Nesse momento o casal estava abraçado olhando o enxoval no quarto do bebê. Eles tinham preparado tudo, o mais detalhado possível. Eles amavam esse momento dos dois. Depois de um dia cheio de trabalho resolvendo papeladas e papeladas.

Isso até verem sangue no chão...

Sim, a hora havia chegado, mas sangue? O certo seria que o líquido aminoácido não? 

Eles se desesperaram, principalmente Tom que tinha a mulher gritando e dizendo que estava perdendo o bebê em seus braços. Ele à repousou na cama e saiu correndo na Vila para achar o médico.

Assim que saiu de casa, os poucos que estavam na rua olharam assustado para o mesmo que estava gritando "Ajudem Sabine".

A parteira que morava ao lado da casa deles saiu correndo em direção o quarto. O médico chegou logo depois, mas não o deixaram entrar no quarto. Ele agoniado só conseguia ouvir os barulhos la de dentro, os gritos de sua mulher, que logo mudaram para um chorinho de bebê. Ele rapidamente entrou no quarto vendo Sabine com o bebê em seu colo. As fronhas estavam manchadas de sangue, assim como as mãos da parteira.

Ele chegou perto e falou "é uma menina?!" "Sim meu amor, como você imaginou" ela respondeu. " Eu não tenho muito tempo Tom" sua voz estava falha. "C-Como assim?" Seus olhos estavam marejados. "Tom, teve um problema no parto e ela perdeu muito sangue e..." o médico colocou a mão no ombro do amigo. " Ela vai ficar bem?" "Não há nada que possamos fazer. Eu sinto muito" . Os dois saíram do quarto deixando o casal aos prantos.

"Cuide da nossa pequena Tom, nunca deixe que nada falte para ela." Deu a menina em seus braços. "Claro, Claro que eu vou" ela chorava sem parar. "Mais uma coisa, de isso para ela em seu décimo oitavo aniversário." Tirou o colar que estava em seu pescoço, dando ele na mão de seu amado. "Marinette?" Leu o nome atrás do colar. "Sim, era o nome da minha avó. Cuide dela Meu amor, eu amo muito os dois." E de mãos dadas ao seu amado, ela deu seu último suspiro.

Dezoito anos depois...

- Bonjour papa! 

- Bonjour minha filha. – Deu um beijo na testa da mesma. – Então o que vai fazer hoje?

- Vou levar outro livro na biblioteca. 

- Você já acabou o livro de ontem? – deu uma risada nasal enquanto sentava e levava sua xícara de café aos lábios. 

- Já sim. – sentou ao lado de seu pai. – Romeo e Julieta com certeza virou meu livro preferido.

- Todo livro novo que você vê vira o seu preferido.

- Mas esse é diferente papai. 

- Você sempre fala isso também. – Riram juntos.

- Mas esse realmente é diferente.

- Isso você nunca disse. – sorriu – Me conte princesa, porque esse é diferente?

- Eles morreram porque não aguentariam viver sem o outro. – deu um sorriso bobo, apoiando o cotovelo na mesa e encostando sua mão em seu rosto. – Eu gostaria de ser amada assim um dia.

- E você vai, minha princesa, pode ter certeza. – fez um breve cafuné em seu cabelo. – Você é tão bela Marinette.

- Obrigada.

- Filha, eu vou ter que sair para uma viagem de negócios...

- Quando. – franzio a testa.

- Amanhã.