capítulo um: mesa 17

336 38 2
                                    

---

"Você têm certeza que não quer ir para a pista de dança?" Komori Motoya pergunta para seu primo, Sakusa Kiyoomi, que vem resmungando desde o começo do casamento.

"Sim, eu tô bem aqui." Sakusa diz enquanto dá um gole de champanhe. Komori faz uma careta e suspira. "Sabe, você não deveria ter vindo se vai ficar resmungando assim a noite inteira."

"E chatear os recém-casados e deixar Bokuto reclamando sobre isso pelo resto da minha vida? Não obrigado." Sakusa diz.

"Então pelo menos aproveita a festa? Akaashi-kun foi gentil o bastante por nos colocar no canto mesmo que quisesse que estivéssemos na mesa quatro com os outros." Komori responde.

"Eu estou bem Komori, sério. Vá aproveitar a pista de dança no meu lugar. Você sabe que eu não gosto disso." Sakusa diz franzindo o nariz em desgosto.

"Ugh, certo. Mas não pense em me deixar aqui sozinho, você é minha carona para casa. Não fuja!"Komori diz antes de sumir na pista de dança.

Sakusa suspira pela nona vez e chama o garçom para pedir outra taça de champanhe. Ele queria tanto ir para casa, mas ele não queria parecer como um cara de 24 anos fazendo birra, que odeia pessoas com germes e casamentos.

Sim, ele é esse cara, de fato, um germofóbico, mas ninguém entenderia; alguns pensam que ele tem medo do mundo e outros não sabem o significado de limites e ele já está muito cansado para ficar se explicando.

E não, ele não odeia casamentos, mas ele também não gosta deles. Ele só não acredita em casamento nem consegue se ver se casando ou se comprometendo com alguém, como seu amigo recém-casado Bokuto fez.

Mas ele não vai mentir sobre seu coração se amolecendo no momento em que Bokuto e Akaashi trocaram seus votos mais cedo. Ele conseguia ver o quão sinceros os dois estavam sendo ao trocarem seus votos eternos.

Se não fosse seu casamento, ele faria graça de Bokuto por chorar como uma criança no altar enquanto Akaashi tentava acalmá-lo mesmo que os olhos do homem mais jovem estivessem perto das lágrimas também.

Ele agradeceu ao garçom que tem o servido champanhe a noite toda e ele sabia, no fundo, que o garçom queria dar uma garrafa para ele de uma vez ao invés de taças e mais taças.

Mas ele não pensou muito sobre, ficou bebendo e assistindo as pessoas dançarem no centro. Ele apertou os olhos ao ver as pessoas dançando (literalmente) até o chão.

No meio ele conseguiu ver o padrinho e seu amigo, Kuroo, sendo a própria alma da festa como quando eles eram mais novos. Ele franze o nariz de novo.

Não, definitivamente não era seu tipo de festa.

Ele olhou em volta e viu o casal recém-casado na mesa deles em seu próprio mundo como sempre.

Ele se lembra de seus anos universitários quando Bokuto viu pela primeira vez Akaashi, na biblioteca. Ele nunca vai se esquecer como Bokuto cavou sua própria cova, ao ir direto em Akaashi que estava estudando silenciosamente e se apresentando alto o bastante para ser expulso da biblioteca.

Primeiramente, ele se sentiu mal por Akaashi por ser incomodado pelo seu amigo, mas de algum jeito, os dois se deram bem e começaram a ter seu próprio mundinho toda vez em que estavam juntos, como se fossem feitos um para o outro.

E agora, aqui eles estão, acabaram de se casar e já estão em seu próprio mundo, de novo.

O seu relacionamento o fazia se questionar às vezes. Se questionar sobre coisas como, ele mesmo, seria capaz de achar um amor assim como seus amigos fizeram?

Certo, ele até teve alguns relacionamentos com garotas e garotos antes, mas honestamente. Sempre era ele quem nunca se esforçava, simplesmente porque sentia que não precisava. Era sobre a pessoa com quem ele estava ou só ele?

Seus pensamentos foram interrompidos pelo som da cadeira ao seu lado sendo puxada e a primeira coisa que ele reparou no homem foi o cabelo com um tom estranho de amarelo . Um amarelo meio merda se quisesse ser mais específico. Ele fez uma careta pela visão, enquanto o estranho se sentava com um sorriso irritante no rosto.

"Ahh, eu devia ter vindo junto com 'Samu e Suna mais cedo." O estranho murmurou com um sotaque diferente que fez Sakusa franzir a testa. Quem é esse homem? Ele tinha quase certeza que a mesa já estava completa a não ser que esse cara fosse um penetra.

"Os recém-casados já dançaram?" O estranho perguntou o que o fez responder apenas com um pequeno aceno de cabeça, ainda evitando começar uma conversa com alguém, muito menos um estranho.

Ele viu o estranho grunhir em frustração e de repente pegar a sua taça de champanhe, e beber tudo antes que ele tivesse a chance de reclamar. Ele fez uma careta de nojo enquanto o estranho deu um suspiro de satisfação depois de terminar de beber.

"Por que a careta...?" O estranho perguntou. "Aquele era o meu copo," Sakusa disse simples, tentando não ficar irritado na festa de casamento de seus amigos. "Mer- Desculpa! Desculpa! Espera eu vou te trazer um novo copo!" O estranho praticamente grita e se levanta rapidamente, procurando por um novo copo.

'Idiota, ele podia só ter pedido para o garçom que estava perto.'

Pensou Sakusa grunhindo mentalmente. Quão ruim esse dia pode ser?

O estranho voltou alguns minutos depois, com dois copos e uma garrafa de champanhe nas mãos. Sakusa observou enquanto o homem despejava a champanhe nos copos,

"Aqui!" O estranho animadamente ofereceu novamente com seu sotaque que Sakusa percebeu de novo. Ele agradeceu o estranho antes de tomar um pequeno gole silenciosamente e virou para a multidão da pista de dança de novo para evitar começar uma conversa com o estranho.

"Eu só quero perguntar uma coisa...." O estranho começou a dizer, o que o fez erguer uma sobrancelha.

O estranho o encarou com pura curiosidade estampada no rosto.

"Você viu meu irmão gêmeo?" Sakusa só apertou os olhos. Ele não viu ninguém parecido com esse cara então talvez ele realmente seja um penetra?

"Ann... Ele é igual a mim mas é mais feio com aquele cabelo cinza." O estranho perguntou o que fez Sakusa apertar os lábios e segurar uma risada pela descrição dada pelo estranho. Ele acabou de se chamar de feio não é?

Para começar, Sakusa acha que o estranho é decente, com o terno e o rosto comumente atraente - Sakusa mentalmente se dá um tapa na cara por pensar isso. 'Acho que tomei muita champanhe hoje'

O estranho só encara Sakusa e pisca os olhos duas vezes ao silêncio esperando por uma resposta. "Não." Ele responde e o estranho faz uma careta mas acente mesmo assim. Ele se vira, esperando que o atraente estranho pegasse a dica e o deixasse em paz.

"Eu me chamo Atsumu, a propósito. Miya Atsumu." O estranho- agora um cara que vai pelo nome de Atsumu -diz e Sakusa só balança a cabeça em entendimento. "Seu nome?" Atsumu pergunta.

Sakusa suspira, sabendo muito bem que Atsumu é o tipo de pessoa que não vai sair da mesa até ele responder. "Kiyoomi. Sakusa Kiyoomi. Feliz?" Ele diz, sem olhar na direção do homem ao seu lado. "Por que tão mal-humorado, Omi-kun?" Atsumu pergunta.

Sakusa pausa. "Omi-kun?" Ele diz com exasperação encarando Atsumu. Que merda de apelido é esse?

Atsumu só sorri e cantarola com orgulho. "Consegui sua atenção, não é?" Sakusa suspira de novo.

Ele precisa de mais champanhe para hoje.

---

Aqui estou eu de novo, começando a traduzir uma nova fanfic de sakuatsu.

O autor dessa história é @aokasei ,se você sabe inglês eu com certeza recomendo todas as suas histórias. 

Eu provavelmente vou publicar um capítulo por semana igual a 'A Royal Wedding'.

Qualquer pergunta podem comentar aqui ou me mandar uma mensagem.

Table Seventeen • sakuatsu• [TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora