16 -2 Coragem

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Foram quatorze meses de reformas e adaptações e quando a Academia de Música e dança para jovens e adolescentes do Brooklin abriu e  houve uma grande inauguração. 2 anos que Lily tinha partido no dia de inauguração da academia de James.

James estava bem. As reformas tomavam muito tempo dele e ele começou a repousar suas energias nisso. Até começou a sair mais com os amigos. Ele estava vivendo.

Sirius e Alice haviam se formado na NYADA e atualmente faziam papéis em Wicked na Broadway. Aquilo foi uma conquista enorme.

Remus, Marlene, Amos e Frank estavam no último ano da Julliard FINALMENTE. E estavam muito felizes. Também participavam de orquestras como músicos de apoio.

E as partituras que James sempre levava para o café foram substituídas por um MacBook em que eles controlava todos os projetos da nova academia. Planilhas foram as substitutas perfeitas para as antigas partituras.

Sobre Julliard ele não sabia se voltaria. Mas tinha certeza que tinha encontrado algo especial para ele.

As aulas da academia eram ótimas e ele ensinava crianças de 4 a 10 anos. Piano e saxofone. Ele contratou professores que ensinavam balé, canto, artes dramáticas.

Ele se tornou professor. Se transformou em algo bonito e que jamais havia imaginado.

Um dia chegando na recepção da academia já com mil coisas para fazer James se deparou com uma visita inusitada.

- Marie, me vê os horários de hoje? - James pediu a assistente.

- James, esse senhor está aguardando você! - Marie respondeu enquanto entregava os horários.

- Professor Alvo? - Alvo era o reitor de Julliard. Um dos músicos mais famosos que a faculdade produziu e padrinho de James. Era o melhor amigo de Fleamont e Euphemia.

- James Potter, podemos conversar? Espero que não esteja incomodando você. - O senhor elegante estendeu a mão para ele.

- Claro, vamos até a minha sala. - James respondeu sorrindo.

- Não me contou diretamente quando trancou Julliard. Fiquei surpreso. - Alvo começou e antes que James respondesse ele continuou - Você não precisava ter feito tal coisa. Você só tinha que entregar as músicas que você já tinha compostas.

- Professor, eu sinto muito. - James respondeu. - Eu não estava me reconhecendo mais. Não me via ali mais tempo.

- Entendo. Você é um talento, James. A orquestra de Nova York o quer e você sabe. Quando estiver pronto. - Alvo disse sorrindo com ternura. - O trabalho que você desenvolve aqui é lindo, James. Seus pais estariam orgulhosos. Não precisa abrir mão disso. Lembre-se do seu sonho.

×

Quando Lily Evans foi aceita na companhia de Dança espanhola ela estava plena profissionalmente. Agora, um ano e meio depois ela continuava feliz. Eles viajavam muito e era muito talentosos. Somente os melhores eram aceitos.

A residência fixa dela atualmente era em Madrid. Junto ao namorado, ela tinha um apartamento bonito no centro. Severo era advogado e trabalhava para a coroa espanhola. Eles se davam bem, ele não entendia nada de música e para ela isso estava perfeito.

Sobre os amigos em Nova York, ela ainda trocava mensagens com Sirius e Alice. Ela sabia que eles estavam namorando com Remus e Frank e sabia que tinham conseguido ótimos papéis em Wicked. Ela não pôde deixar de pensar que também conseguiria se estivesse em Nova York.

Ela os amava e sentia falta deles, mas a vida era corrida e ela estava satisfeita com os seus sonhos e suas conquistas.

- Lils, o que você acha dessa roupa para o jantar de hoje? - Severo a despertou dos pensamentos.

- Está ótimo, Sev! - Lily respondeu sorrindo para ele. Ele a amava desde do minuto em que a viu. E ela amava estar com ele. Ele era seguro em relação aos próprios sentimentos e não havia joguinhos. Ele sempre falava o que sentia. Era direto, uma relação simples. Era disso que ela precisava.

- Não acredito que vamos poder sair para jantar. - Sev estava animado. Lily havia viajado com a companhia nos últimos três meses. Não havia muito tempo de sobra para eles.

Severo puxou Lily pela mão a levantando do sofá e a beijando carinhosamente. Ela gostava da delicadeza dele. Ele a tratava como se fosse quebrá-la caso não cuidasse o suficiente. As vezes nessas situações Lily se reprimia por sentir falta das provocações e da intensidade. Olhar nos olhos do arrogante a fazia ter mais desejo que qualquer coisa com Sev. Pense em outra coisa, Evans se corrigia sempre que o Arrogante vinha em sua mente.

- Lily Evans, você aceita se casar comigo? - Severo estava ajoelhado no meio do restaurante favorito de Lily com um anel apontando para ela.

- Sev! - Lily não estava emocionada, ela estava em pânico. - Eu não sei o que dizer.

O celular de Lily tocou. E ela fez menção de atender. Severo percebeu e se levantou.

- Oi, Alice, eu não posso falar agora! - Lily tentou dizer observar a incredulidade de Severo.

- Eu estou grávida! - Alice disse antes de Lily desligar. - Uma das suas melhores amigas está grávida e o seu melhor amigo vai casar. Me ouviu Lily? Eu estou esperando um bebê e Sirius vai se casar. Acho que isso é motivo suficiente para vir passar uma semana que seja em casa depois de dois anos.

- Tudo bem, Alice. - Lily sussurou, quando ouviu a música do restaurante mudar para High Hopes acústico. Lily Evans precisava ir para casa e precisava de coragem para isso.

- Eu acabei de te pedir em casamento e você me diz que quer ir para o Estados Unidos? - Severo estava sentado na cama, observando Lily fazer as malas.

- É só uma semana, Sev e seu pedido me pegou e surpresa. - Lily argumentou. Quem ela queria enganar, toda mulher amava ser pedida em casamento, mas ela não estava nem minimamente feliz.

- E sobre o meu pedido? - Ele perguntou colocando a mão dele sobre a dela.

- Eu preciso pensar. É uma grande decisão. Significaria permanecer na Europa de forma permanente. - Lily retirou a mão para terminar a mala.

- Achei que já tivesse decidido isso. Que a Europa era o seu lugar. Tem amigos aqui, me tem aqui. - Ele sorriu com desgosto.

- Também tenho amigos lá, Sev e não tenho dado atenção a eles nos últimos 2 anos. - Ela respondeu com um gosto amargo na boca.

- Use o anel como uma forma de me levar com você então? Para pensar em mim. - ele suplicou e ela colocou o anel.

- Eu preciso de um tempo de tudo aqui- Ela disse olhando para o anel e evitando olhar para ele. –  Tudo mesmo, Sev.

- Eu vou estar te esperando, Lily. - Severo disse aceitando o tempo dela.

Mas sabia que era uma promessa vazia.

Ela voltaria para reencontrar a sua vida antiga.

Mas ela não era a mesma.

E nem ele deveria ser.

Por quanto tempo vou te amar? James e LilyOnde histórias criam vida. Descubra agora