Diário de uma Francesa

11° Capítulo

Sair dali e logo encontrei o Dennis, dei uma olhada na minha roupa estava repleta de sangue, do outro lado da rua havia um fotografo, com certeza essa minha saída do hospital com a roupa repleta de sangue logo mais estaria estampadas por todo Paris.

Chlóe: Me leve para casa, por favor.

Dennis: Oui senhora – ele abriu a porta e eu entrei e chorei, meu Deus como estava arrependida, com certeza meu pai não estaria com orgulho de mim, ele reprovaria muito minha atitude com o Carlos, me senti extremamente mal, um embrulho no estomago.

Dennis: Calma senhora, vai dar tudo certo, ele vai sair dessa... – ele falou me olhando pelo retrovisor.

Chloé: tomara Dennis... tomara!

Dennis: Ele é um menino forte! – ele deu um sorriso de canto de boca –

Chloé: Vou precisar que você compre umas roupas pra ele e tudo oque for necessário, com certeza ele deve estar sem.

Dennis: Sim senhora.

Oque será que havia acontecido com o Carlos? Onde ele conheceu aquele homem lindo e extremamente arrogante, senti uma repulsa por ele na mesma hora.

Não demorou muito e logo chegamos na minha casa me encaminhei para o meu quarto e dei graça a Deus por não encontrar a Mariana, tirei aquela roupa de sangue e tomei um banho, estava extremamente preocupada com o Carlos, terminei meu banho vesti uma calça boca de sino preta, uma blusa branca de manga, um cachecol de tricô verde escuro, e um coloquei um salto preto Louboutin, peguei minha bolsa da Louis Vuitton

Fiz um delineado bem grosso e coloquei um batom bem vermelho, minha pele parecia de porcelana, por algum motivo queria estar bonita para retornar terminei tudo e sair.

O Dennis me levou de volta ao hospital fiz algumas ligações de trabalho e logo apareceu uma notificação com meu nome com uma matéria, dito e certo, a manchete sensacionalista mostrava a minha foto entrando no carro com a roupa toda ensanguentado, com um título em caixa alto "UMA DAS MAIORES EMPRESARIAS DE PARIS, CHLOÉ DOUSSEAU, SAIU A INSTANTES DO HOSPITAL SAINT-LOUIS COM A SUA ROUPA REPLETA DE SANGUE, OQUE SERÁ QUE ACONTECEU COM A EMPRESARIAS MAIS MISTERIOSAS E RESERVADAS DO PAÍS?". Com certeza não conseguiria lidar com isso agora, eu só conseguia pensar no Carlos e se ele estaria bem.

Como eu conhecia o diretor do Saint-Louis, fiz um telefonema para ele que prometeu fazer de tudo pelo Carlos e principalmente manter tudo em sigilo, assim que chegamos ao hospital, fomos conduzidos para a entrada dos fundos, para evitar mais manchetes parecidas, eu precisava me concentrar primeiramente no Carlos antes de ter cabeça para lidar com os jornalistas que já estavam instaurados na frente do hospital, o Augusto, diretor do hospital já me aguardava.

Augusto: Salut Chloé – ele pegou a minha mão e a beijou. O Augusto era alto e bem magro, com uns olhos afiados e intensos, apesar de não haver um fio de cabelo na sua cabeça, ele era bastante atraente-

Chloé: Oi Augusto, então, alguma noticia?

Augusto: Ele está em cirurgia com o melhor cirurgião geral desse hospital, fique tranquila – ele me conduzindo até uma sala que parecia ser VIP era muito mais aconchegante do que a sala de espera inicial que me conduziram, havia um sofá cor de vinho, cortinas beje, jarros de flores enormes e uma mesa que continha café, chá e outros alimentos que não reparei.

Chloé: Quanto tempo vai demorar mais ou menos?

Augusto: Talvez umas 2 a 3 horas.

Chloé: Tudo bem... vou esperar – me sentei e cruzei as pernas.-

Augusto: Ok, eu preciso resolver umas coisa, mas qualquer coisa pode me chamar... – ele ia saindo-

Chloé: Augusto, há um amigo do Carlos aqui, ele esta na outra sala, você pode trazê-lo pra cá... acho que seu nome é Henri.

Augusto: Sem problemas – ele deu um sorriso canto de boca e saiu-

Uns 5 minutos depois o Henri entrou, todo desconfiado.

Henri: O dinheiro realmente trás benefícios... – ele sentou ao meu lado no sofá e eu instantaneamente me levantei e fiquei andando de um lado pro outro eu fingi não ouvir aquilo e foquei minha atenção ao meu celular, eu estava nervosa demais precisava pensar em outra coisa, mas sentia o seu olho encima de mim, me observando a cada movimento, respirei fundo tentando controlar meu batimento cardíaco que se descontrolou desde a sua entrada naquela sala e liguei para o Ames.

-Ligação-

Ames: Oui senhora.

Chloé: Desculpa Ames, tive um imprevisto com o Carlos e não consegui falar com você para liberar minha agenda.

Ames: Eu já o fiz senhora, vi sua foto no tabloid, achei que precisaria de tempo.

Chloé: Obrigada Ames.

Ames: Por nada Senhora. Sua mãe já ligou três vezes – respirei fundo-

Chloé: Tudo bem... vou ligar pra ela

-Ligação Finalizada-

Fiquei me questionando se valia a pena gastar minha energia com minha mãe naquele momento e ainda mais com o Henri me encarando, mas no fim acabei ligando.

-Ligação-

Angelie: Chloé, até que enfim, estou o dia todo tentando falar com você e...

Chloé: Oque você quer ?

Angelie: Eu quero saber oque aconteceu, você esta em todos os sites com sua saída do hospital toda ensanguentada.

Chloé: Angelie, não é da sua conta!

Angelie: Eu sou sua mãe! Estou preocupada. – eu dei uma risada sarcástica-

Chloé: Me poupe Angelie, mãe? Você nunca foi, me faz um favor pare de gastar meu tempo com coisas estupidas.

- Ligação Finalizada-

Sentei em uma cadeira que estava lá, estava exausta e muito preocupada, fechei meus olhos procurando a calma e paciência que pareciam ter se saído do meu corpo, sem hora pra voltar, estava a ponto de ter um colapso.

Henri: Esta tudo bem? – Sua voz rouca me lembrou que eu não estava só, levantei meu rosto e encontrei o seu olhar genuinamente preocupado-

Chloé: Estou ótima –dei um sorriso debochado e desviei o olhar-

Henri: Olha só – ele falou sentando do meu lado- você não precisa ser durona o tempo todo...

Chloé: Não sou sua amiga e não pretendo ser, então para de fingir que se importa.

Henri: Nossa – ele levantou do sofá- como você é arrogante, estou tentando ajudar –

Chloé: Não preciso da sua ajuda.- ele riu, oque me irritou mais do que eu já estava irritada- Qual a graça?

Henri: Você que usa essa mascara de empresaria durona, mas eu consigo ver, o quanto frágil e quebrada você é... Quem quebrou você Chloé? – engoli seco, meu coração palpitava, quem é esse homem? Me levantei tentando disfarçar a agonia que sentia no peito com essas palavras-

Chloé: Cala a boca, você não sabe de nada. – olhei no fundo dos seus olhos tentando convencer mais a mim do que ele que ele estava errado-

Henri: Estou mesmo Chloé? – ele deu um passo pra frente, invadindo minha bolha pessoal, quebrando uma barreira pessoal que levei anos construindo, parecia que seus olhos enxergavam minha alma, e eu nunca senti tanto medo em minha vida-

Sua mão se levantou e com seus dedos longos deslizaram pela maça do meu rosto me fazendo fechar os olhos institivamente, minha pele se arrepiou de imediato, seu cheiro amadeirado inebriou meu cérebro me fazendo esquecer onde eu estava, senti o calor do seu rosto aproximando do meu, abrir meus olhos e encarei seus olhos castanhos claros quase mel, sua boca estava centímetros da minha, nossa como queria beijar aqueles lábios que pareciam tão macios.