O Pesadelo De Abygail

Capítulo 1: O Começo Do Pesadelo.

A garota de cabelos e olhos castanhos passou as mãos no jeans surrado, o ato foi completamente inútil pois alguns segundos depois suas mãos já estavam suadas novamente. Abygail nunca tinha estado em contato direto com uma das aberrações e embora estivesse completamente calma, não conseguia disfarçar o medo que estava presente em suas entranhas.

O senhor negro de cabelos grisalhos e com aparência suja estava batendo nas paredes da cela de vidro, ele estava claramente desesperado e olhava para tudo com um olhar perdido "Me ajuda, me tirem daqui! Aquilo vai me matar! Vocês não estão ouvindo?!".

《 15 ANOS ATRÁS 》

- Dormindo no trabalho pirralha? - Diz o sr. Jefferson após acordar uma certa menina.

- Não senhor. - Fala a menina após acordar com um leve susto e ao acabar de gaguejar.

- Sabe muito bem o que significa isso né? Menos 10% do seu salário esse mês garotinha HAHAHA! - Aquele homem ri de forma irônica enquanto me encarava.

- Sim senhor... - A garota fala nada animada e principalmente cansada.

Ao olhar o relógio, a garota se assusta levemente por ter descoberto que dormiu por mais de duas horas, sendo assim, se levantando, se espreguiçando enquanto vê uma pessoa entrando no estabelecimento.

- Encher o tanque por favor. - Um homem de touca e com uma voz grossa fala sem expressar o mínimo se quer.

- Certo... - Ela fala em forma de dúvida enquanto aquele homem a observa com certa frieza. - Mas alguma coisa senhor? - A garota fala com certo medo.

- Não. - O homem alto da o dinheiro até a tal garota logo saindo daquele lugar que não estava em bom estado.

Após algumas horas sem fazer nada e aparentemente nenhum cliente aparecer, a garota decide ir para a casa, apagando as luzes, fechando o caixa e indo até a porta da frente, á onde a trancava e começava a sua caminhada até sua residência que não ficava muito longe, já era de se esperar seu "ficante" em casa provavelmente, suas louças sujas, seu gato sem comida, entre tantos outros, sua mente cansava só de imaginar. Ao chegar em casa, se depara com Helbert, seu futuro namorado que estava vendo TV.

- Boa noite amor! - Diz a garota completamente cansada.

- Boa noite Aby, como foi no trabalho? - Ele fala apenas olhando a TV, dando de ombros.

- Cansativo, e você? Como foi lá na empresa? - Ela diz subindo as escadas até seu quarto para se trocar.

- Sabe como é, o Lúcio me dando bronca e a Marcia não fazendo as coisas direito. - Ele cita os nomes de quem trabalha com ele, pelo menos era pra ser.

- Entendi... - Ela fala descendo as escadas com um pijama largo, e uma coisa chama sua atenção, o celular ligado e largado em cima de um pequeno balcão que tem ali.

"O celular de Helbert."

Ela pensa e o pega, porem antes de desligar ela o vasculha, apenas por certeza de não ter algo pior ali, até ver uma sequência de mensagens.

"Bbzinha <3
Sabe como é né? Essa
sua namorada fica atrapalhando a gente."

"Helbert.
Eu sei bem como é, porem é so ela não saber de nada, se você fazer sua parte eu faço a minha."

"Bbzinha <3
Eu nunca vou falar nada, minha boca é um túmulo pra você amor."

"Helbert.
Eu tenho uma vantagem que ela acredita em tudo que eu falo, porém se ela ver isso certeza que me manda embora. Mas tarde a gente conversa, quem sabe te mando umas fotinhas kkk."

"Bbzinha <3
Toma cuidado viu? Beijos amor <3"

~ Fim da conversa ~

Seu nervo sobe de um jeito inexplicável, ela lê aquilo e sua ansiedade ataca, todo seu tempo foi gastado em vão, sua pupila dilata, seu coração se acelera, ela tava sendo traída esse tempo todo.

- Não... é possível... - Ela fala baixo e gagueja, a raiva em seu corpo a domina. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É SEU FILHO DA PUTA?! - Diz Aby arremessando seu celular em seu rosto.

- Que isso meu amor, o que houve? - Ele se levanta sem entender e se vira pra ela com uma cara de preocupação.

- NÃO CHEGA PERTO DE MIM, SEU VERME ESCROTO E NOJENTO! - Aby puxa uma faca grossa e pontiaguda e aponta para sua direção. - VOCÊ TA ME TRAINDO SEU FILHA DA PUTA?! - Ela diz com certo rancor em seu coração, seus lábios se deliciam de salivas amargas, ela morde seus lábios com raiva os perfurando e os deixando sangrar.

- Você está louca meu bem, é só algum surto que você teve, fica calma... - Ele fala se aproximando lentamente.

- N-não se aproxima... - Ela fala vendo e raciocinando o que estava acontecendo, até o celular do mesmo tocar.

- Acalma-se, deve ser meu che...- Ele é interrompido.

- ATENDE ESSA PORRA HELBERT! E SE FOR AQUELA PUTINHA DA LAURA, VOCE VAI VER AS CONSEQUÊNCIAS! - O garoto atende e põem a ligação em viva voz.

- A-alô? - Ele diz com um certo receio.

" Oi amorzinho, tá podendo falar..." - Uma voz feminina é escuta do outro lado do telefone, Aby segura firma sua faca, dando um sorriso, se aproximando.

- A-Aby calma...- Diz o homem se afastando.

- Calma?! AHAHAHAHAHA VOCÊ ESTÁ MORTO HELBERT! - E na mesma hora a garota desce a faca em seu estômago o fazendo gritar, ela tira e adentra a faca cada vez mais, aquilo vira uma fonte de sangue por todo lado, até ela sentir seu último suspiro, e ver Helbert caindo duro.

" HELBERT?? A-ALÔ?"

- Você é a próxima. - Aby desliga, até sentir algo estranho em baixo do tapete, aonde o sangue levava.

Ela tira o tapete do local que revela um alçapão, e um grande símbolo estampado em vermelho, algumas baratas e aranhas, e após uma gota de sangue cair nesse símbolo, ela vê um brilho forte e adormece... mal sabe ela, que acabou de começar aquilo que todos chamavam: de pesadelo.

~ Não Revisado ~