Capítulo 80

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Ethan estava muito entretido falando várias e várias coisas pro Renato, e Garcia estava dando o melhor de si e prestando a atenção em tudo que o meu bebê dizia. Nós estávamos numa lanchonete fazendo um almoço que Ethan tanto queria. Estava uma delícia.

- Nada do Michael nesses anos? - Olhei pro Garcia e assenti.

- Ele apareceu, mas só pra dizer que ele não tinha acabado. Provavelmente vai atacar assim que saber que você está solto. - Digo ao Renato.

- Mas agora o meu pai vai acabar com ele. - Ethan falou e nos olhamos pra ele na mesma hora. Renato sorriu e fez um toque com o Ethan.

- É isso aí, filhão. - Ele disse. Ótimo, ótimo.

- Não precisava ser necessariamente hoje ou amanhã, né? Podemos esquecer um pouco do Michael e... - Garcia olhou sério pra mim e depois olhou para o vidro lá fora, ele estava com uma cara muito assustada. Oh, o que foi?

- Lívia sai daí! - Renato falou indo pra cima do Ethan pra proteger ele e então eu me joguei para o lado caindo no chão. Logo um enorme barulho se ouviu, um carro havia atingido em cheio a lanchonete em que estávamos. Olhei para os dois pra ver se Renato e Ethan estavam bem, e graças a Deus sim. Que alívio. Me afastei de onde eu estava e vi Michael saindo de um grande carro.

Essa miséria não morre, não?!

- Ah, quanto tempo! Minha família favorita! - Ele falou saindo do carro com um grande sorriso. - Ouvi dizer que saiu por bom comportamento, Bizzle. - Michael disse. Renato se levantou pra ficar cara a cara com ele e eu fui pra perto do Ethan, não ia deixar que nada acontecesse com ele.

- Ah, é? Ótimo. Que bom que tu apareceu, a gente tá precisando acertar umas contas. - Renato falou.

- Garcia... - Chamei sua atenção. Ele não podia fazer nada que fosse arriscado. Ele acabou de voltar pra gente.

- Tua mulher tá chamando. - Michael não perdia uma.

- Relaxa, Lívia. Ninguém vai brigar aqui não. - Renato disse.

- Dá um murro nele, pai! - Ethan falou. Ah, isso Ethan. Fode tudo mesmo.

- Olha, o pirralho cresceu. Dá pra ver que vai se tornar um merda que nem o pai. - Disse. Respirei fundo e fui no meio dos dois. Ele não ia fazer Renato perder a cabeça logo na primeira oportunidade. Claro que não.

- Quer dá o fora daqui? Eu mesma posso meter uma bala na sua cabeça, aqui e agora. E juro que valeria a pena passar cinco anos na prisão por causa disso. - Falei a ele. O mesmo me olhou no fundo dos olhos sérios. É pensou bem antes de responder algo.

- Pintou o cabelo? - Perguntou irônico. - Ficou uma gracinha. - Sorriu de canto. - Até mais. - Ele disse.

Ah, idiota. Juro que eu estava morrendo de vontade de dar um tiro no cabeça dele. Escroto!

- Filha da puta. - Renato murmurou. - Bora pra casa. - Ele disse pegando o Ethan no colo. Deixei o dinheiro encima da mesa e peguei minha bolsa. Michael deveria seriamente em conhecer o capeta, juro, eles se dariam tão bem. Acho que vou dar essa oportunidade a ele. Renato saiu da lanchonete muito provavelmente puta da vida e eu fui atrás dele, caramba. Que susto que nos levamos, não esperava que ele aparecesse por aqui logo de primeira. Renato abriu o carro e nós três entramos.

- Olha, relaxa, tá bom? - Falei ao Garcia e ele passou o Ethan para o meu colo.

- Relaxar? Claro. - Ele revirou os olhos. - O cara aparece ameaçando eu e minha família logo depois que eu saio da cadeia por culpa do filho da mãe. - Sorri pra ele.

Entre Gângsteres | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora