Tempos de crise

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Oiioii! Cá estou para mais um capítulo, e já me desculpando pela demora.
Queria avisar que esse capítulo tem cena de violência explícita. Já fica o aviso para quem for sensível.
Dito isso, vamos ao capítulo!

Boa leitura!
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— Vamos prosseguir então? — Tsuyu falou, entregando uma das rosas brancas para Mina. — É a sua vez.
— Não podemos esperar a Momo voltar com o chá? — Tsuyu negou, balançando a rosa para que ela pegasse. — Tá bom! — A rosada se deu por vencida e pegou a flor.
— Muita atenção na pronúncia. — Tsuyu frisou antes dela começar.
— Color Inmutatus.* — Mina repetiu as mesmas palavras, olhando para a rosa, vendo-a mudar para a cor azul. — Eu consegui! Vocês viram? Consegui! — Ela balançava a rosa de um lado para o outro enquanto comemorava.
— Viu só? Era só questão de prática. — Tsuyu bateu palminhas para a amiga.
— Meus parabéns, Mina! — Midoriya, e o resto do pessoal também a parabenizou.
Estavam rindo e comemorando o êxito da amiga, quando foram interrompidos por um barulho estridente. Todos cessaram a comemoração na mesma hora, identificando o barulho sendo o de uma arma sendo disparada, seguindo de um barulho de porcelana sendo quebrada, e logo depois um grito, provavelmente sendo de Momo.
— O que foi isso? — Ochako cochichou, apavorada.
— Isso foi um barulho de tiro. Alguém entrou aqui. — Shinso concluiu.
— A Yaomomo tá lá embaixo. Ela corre perigo! — Jirou se levantou, mas teve seu braço segurado por Shinso. — Me solta! Ela precisa de ajuda.
— Eu vou na frente. — Ele também se levantou. — Se quiserem vir, fiquem atrás de mim. — Shinso falou, decidido, indo até a porta.
— Shinso, espera! — Mina tentou chamá-lo, mas ele ignorou e saiu. — E agora? E se ele se machucar também?
— Eu vou atrás dele. — Foi o que Jirou disse antes de sair também.
Shinso descia as escadas devagar. O hall de entrada da casa estava escuro, assim como a sala de estar. O rapaz parou no meio da escada, também escura, quando viu uma figura surgir do corredor, indo para a sala de estar. O atirador não havia visto ele, apenas passando reto para o outro cômodo. Ouviu mais um barulho de tiro, que acertou em algum outro objeto, o quebrando. E mais uma vez, ouviu outro grito da amiga, que provavelmente tentava desviar das balas. Shinso desceu o restante dos degraus, ignorando seu medo e indo atrás do atirador.
O atirador estava poucos metros à sua frente, apontando a arma para a direção de uma das poltronas, onde Momo devia estar escondida. Shinso acendeu as luzes da sala, assustando o atirador que olhou para trás, o vendo ali. Ele se virou, apontando a arma para Shinso. Mas antes que pudesse atirar, Shinso ergueu sua mão, o paralisando ali mesmo. O atirador tentou se mexer, mas sem sucesso.
— Shinso, sai daí! — Momo saiu de trás da poltrona, a fim de distrair o atirador para que não atirasse no amigo.
— Ele não vai fazer nada. — Shinso encarava o atirador com ódio nos olhos. — Não vou deixar que ele machuque mais ninguém. De novo não!
Momo olhou para ele, preocupada. Shinso encarou fundo nos olhos do atirador, o fazendo enfiar a arma em sua própria boca, e apertar o gatilho. A jovem se assustou ao ver a cabeça do cara explodir bem na frente de seus olhos, espalhando sangue e miolos por toda a parte, inclusive na roupa e no rosto de Shinso, que permaneceu parado olhando para o cadáver no chão.
— Está tudo bem? — Ambos ouviram a voz de Nejire. Ela, junto de Mirio e Tamaki, haviam encontrado o resto do pessoal enquanto desciam as escadas. Todos olharam para o cara morto no chão, com a cabeça estourada. — O que aconteceu? — Ela perguntou para Shinso, mas ele não parecia estar em condições de responder nada. Ainda estava em choque.
— Esse cara entrou aqui e tentou me matar quando eu fui até à cozinha. Mas o Shinso apareceu e… e me salvou. — Momo falou por ele.
— Momo, você tá bem? — Jirou correu até ela, a abraçando bem forte. — Ele machucou você?
— Tá tudo bem. Eu consegui fugir dele e aparecer aqui na sala.
Shinso continuava sem dizer nada. Ele olhou para o homem no chão, olhou para o sangue em sua roupa, passou a mão em seu rosto, também coberto de sangue. Ele estava tremendo. Mesmo tendo feito algo dessa vez, ainda teve muito medo. Ele se lembrou dessa mesma situação em sua casa, com sua família. E então, não foi capaz de segurar as lágrimas.
— Shinso… — Midoriya o chamou, vendo que ele parecia abalado.
Shinso desviou o olhar, e começou a chorar mais ainda. Todos se reuniram ao redor dele para acalmá-lo.
— Está tudo bem agora. Você acabou com ele. Ninguém mais vai se machucar! — Momo falou com as mãos apoiadas em seu ombro.
Todos ouviram o barulho da porta sendo aberta. Olha para a direção do hall, vendo Nemuri e Aizawa chegarem. Os dois haviam saído para resolver alguns assuntos, e quando chegaram, ficaram confusos ao ver todos de pé ali no meio da noite.
— O que está acontecendo aqui? — Nemuri se aproximou de onde estavam, quando viu Shinso coberto de sangue e o corpo do atirador no chão. — Mas o que é isso?
— Um atirador entrou aqui enquanto estavam fora. O Shinso o deteve a tempo. — Mirio explicou.
— Alguém se machucou? — Ela perguntou, olhando para Shinso, que parecia ser o mais afetado dali.
— Não. Aparentemente ninguém foi ferido. — Mirio falou, e logo olhou para Shinso também.
— E-eu… eu estou bem. — Shinso terminou de enxugar as lágrimas, e se recompôs. — Esse sangue é dele. Acabou espirrando tudo em mim. Foi só isso.
— Vá lá pra cima e tome um banho. Tente descansar, está bem? — Ele concordou. — Midoriya, vá e ajude a cuidar dele, por favor! — Ela pediu ao esverdeado, que o levou para cima. — Eu não sei como esse atirador entrou aqui, e nem como descobriu ser um lar de bruxas. Mas isso não pode se repetir.
— Iremos trabalhar na segurança da casa. Mas antes, vamos nos livrar dessa coisa. — Aizawa olhou, enojado para o cadáver no chão.
— Nós podemos ajudar em alguma coisa? — Momo perguntou a ela.
— Não, só… — Nemuri suspirou. Parecia cansada de tudo que vinha acontecendo. — Não precisa. Podem ir, vocês devem ter estudado o dia todo.
— Tem certeza? — A jovem tornou a perguntar, ainda preocupada.
— Tenho sim. Nós cuidamos disso. Vocês podem ajudar o Midoriya a cuidar do Shinso. Ele ainda precisa de todo o apoio possível. — Ela tentou dar seu melhor sorriso para mostrar que tudo ficaria bem.
As jovens então não continuaram a insistir, e fizeram o que a soberana disse. Todas subiram para o quarto para ver como Shinso estava. Nemuri suspirou mais uma vez, cansada.
— Está tudo bem? — Mirio perguntou, preocupado. Nejire, Tamaki e Aizawa também se aproximaram, preocupados com o bem estar dela
— Os tempos de crise são sempre os mais difíceis, era o que a Nana dizia. — Nemuri então se recompôs.
— Não precisa lidar com os tempos de crise sozinha. Você sabe, não é? — Tamaki, que mesmo não sendo muito de falar, disse o que a soberana precisava ouvir. Todos, obviamente, concordaram com ele.
— É… eu sei.
Os cinco passaram o resto da noite limpando a sujeira do homem morto do chão, se livrando do corpo e limpando o sangue. Depois da longa faxina, foram para suas camas, exaustos.

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