Segunda chance - Bakudeku

Novos amigos

1 semana depois...

A semana se passou rapidamente.

O café esteve tão lotado nos últimos dias, que nem tempo para ir ver a matrícula da universidade Hitoshi e Izuku tiveram.

Como era segunda-feira e Inko só atendia no café as pessoas mais necessitadas ㅡ como havia prometido ㅡ, os dois teriam um tempinho livre para ir resolver as burocracias da universidade.

O esverdeado já estava saindo pela entrada principal da cafeteria, esperaria Hitoshi lá fora, ao ar livre. Ele andava mexendo no celular, quando se chocou contra algo rígido.

— D-descul... – a voz morreu aos poucos quando ele olhou para cima e viu aquele par de olhos carmesins que pareciam mais bonitos ainda por causa do sol que batia levemente no rosto bonito do louro.

— Já disse o quanto você é desastrado? – Katsuki disse com um sorriso mínimo. – Como que tá a sua mão? – questionou, apontando para a mão enfaixada do esverdeado.

Izuku corou levemente.

— Tá b-bem... Obrigado, de novo – ele sorriu.

Katsuki apenas negou com a cabeça e deu uma espiada para dentro do café.

— A cafeteria está fechada hoje? – perguntou enquanto olhava as sardas bonitas que pintavam o rosto e pescoço do menor.

— Ah, sim – ele olhou sua mãe dando um pedaço de bolo a uma criança – Nas segundas a gente só abre para um público mais… Particular – Izuku voltou o olhar para Katsuki, que o olhava curioso.

— Nunca vi algo assim – ele sorriu – Tem um porquê ou sua mãe só é boa mesmo? – ele perguntou.

Izuku desviou o olhar.

— Ela tá cumprindo uma promessa... – ele começou, aguçando ainda mais a curiosidade de Katsuki – ...a quase 2 anos atrás, eu estava muito mal e fiquei internado por 1 mês – ele se sentia estranho, não sabia porque estava contando algo tão pessoal para um estranho – E ela prometeu que se eu conseguisse um… Transplante, ela faria essas “doações” – ele terminou de explicar e olhou para Katsuki.

O loiro tinha os olhos arregalados, mas logo se suavizou ao ver os olhos esmeraldinos o encarando com medo.

— Relaxa, eu não pensei algo ruim – ele assegurou – Posso ser mais invasivo e perguntar do que foi? O transplante... – ele questionou.

Izuku sorriu largamente.

— De coração, eu recebi um transplante de coração – Katsuki assentiu. – Você... você ainda não me falou o seu nome – Midoriya lembrou o óbvio.

Katsuki sorriu sem graça.

— Desculpe, não estou tão acostumado a conversar com pessoas novas... – ele suspirou – ...meu nome é Katsuki, Katsuki Bakugou – estendeu a mão em cumprimento, fazendo Izuku rir.

Antes que a conversa se prolongasse mais, Hitoshi chegou, amarrando o cabelo em um coque de samurai frouxo.

— Vamos? – perguntou e ao notar a presença do loiro, ele sorriu – Você é o mesmo cliente da outra vez – esticou a mão – Prazer, eu sou o Hitoshi Shinsou Midoriya – o loiro segurou em sua mão, o cumprimentando de volta.

— Katsuki Bakugou – ele disse – vocês estão de saída? Desculpe atrasar você Izuku – o loiro se desculpou, mas Midoriya apenas negou com um sorriso.

— Tudo bem, seria entediante esperar o Toshi sozinho – ele deu uma risadinha.

— Vocês vão para muito longe? – perguntou – Eu posso dar uma carona se quiserem – ele apontou para um jeep renegade preto, estacionado logo ali, na frente do café.