Um estrondo alto chamou a atenção de Renjun, e logo depois a porta do seu quarto foi aberta por um Haechan emburrado, jogando sua mochila no chão e se deitando no colo do mais velho, que estava lendo um livro concentradamente em sua cama.
Renjun sabia que um dia iria se arrepender de ter dado uma chave extra de seu apartamento para o mais novo.— O que ouve, meu sol? Algum problema com o Taeyong de novo? — O Huang questiona, levando sua mão livre aos macios fios castanho do outro.
— Não, ele está bem. É que eu tirei uma nota baixa em química, hyung... Eu não quero que meus pais fiquem irritados comigo. E eu acabei discutindo com o Chenle de novo porque ele chutou a bola de basquete em mim na aula prática de educação física, aquele golfinho escandaloso! — Haechan dizia com um biquinho irritado enquanto dava soquinhos fracos no colchão abaixo de si, mostrando sua irritação.
— Calma, meu bem. Eu vou falar com o Chenle e vou te ajudar a estudar para tirar uma nota melhor na próxima prova, tudo bem para você? — O tom de voz de Renjun era extremamente calmo, enquanto ele fechava o livro que lia e tirava seu óculos de leitura.
— Ya! Sim, eu adoraria hyung! Só você consegue fazer eu entender as matérias mesmo.
Haechan levanta seu corpo e puxa seu hyung para um abraço caloroso, seus bracinhos rodeando o pescoço do outro enquando deixava vários beijinhos em suas bochechas.
Renjun apenas sorria todo bobo com aquele carinho, e mesmo que nem sempre ele conseguisse retribuir todo esse carinho com gestos explícitos, suas palavras eram essenciais para demonstrar todo o seu amor ao garoto cheio de energia que alegrava seus dias.
— Tudo bem, Hae. Você toma um banho enquanto eu aviso o Taeyong que você vai ficar aqui em casa para estudar. — Renjun diz, tirando o Lee de cima de suas coxas, vendo o outro concordar e ir em direção ao banheiro no mesmo cômodo.
Mandou uma mensagem para o irmão mais velho de Donghyuck, pois ele sabia como Taeyong era preocupado e exageradamente protetor com o mais novo. Logo depois, pegou todo seu material necessário para estudar um pouco com Haechan.
Terminando de arrumar tudo na mesinha de centro da sala, ouviu uma cantoria doce vinda do quarto, que ele facilmente reconhecia como a voz doce de Donghyuck. Poderiam se passar anos e anos, mas Renjun nunca se cansaria de ouvir aquela bela voz cantando para si.
— Jun-ah! — Haechan chamou manhoso do quarto. — Vou pegar uma roupa sua, viu? Eu esqueci de trazer uma roupa minha 'pra trocar aqui.
— Tudo bem, Hyuck. Pode pegar sim!
Nem 10 minutos depois o Lee apareceu na sala com um moleton cinza que vinha até a metade de suas coxas, uma calça mais confortável, e seus materiais em mãos.
— Vem cá, meu bem. — O Huang chamou com a voz mansa, vendo o Lee se aproximar de si, sentando-se ao seu lado no chão, bem próximo do seu hyung.
Havia se passado cerca de 1 hora desde que eles tinham começado os estudos. Renjun era muito paciente com os erros do Lee, tentando permanecer calmo ao lhe explicar os conceitos. As vezes nem pareciam dois homens de 20 anos, pois Renjun sentia que deveria sempre cuidar de Haechan, não importa quando ou onde.
O mais velho parou um pouco para recordar o dia em que se conheceram: Haechan havia se machucado andando de skate, e Renjun, que estava no mesmo local que ele, foi o único que lhe ajudou, comprou um curativo para seus arranhões e ainda lhe pagou um sorvete para lhe tirar aquela expressão tristinha do rosto.
Ambos tinham apenas 16 anos, mas a amizade, e logo depois o relacionamento que construíram logo após o incidente se fortaleceu como raízes de uma árvore.
Agora, Donghyuck poderia cair e se machucar, mas Renjun sempre iria lhe ajudar a levantar, cuidar de seus machucados e lhe dar todo amor que ele merece, sendo retribuído duas vezes mais pelo Lee.
— Hyung... — O moreno manhou, chamando o outro.
— Diga, meu sol. — Renjun retoma sua atenção ao garoto emburradinho ao seu lado.
— Você me ama? — Perguntou sem rodeios vendo o mais velho se espantar.
— É claro que eu te amo, Hyuck! Mais que tudo nesse mundo. — Disse, fazendo um carinho nas bochechas fofas do mais novo.
— Mas... Você não me acha irritante ou, sei lá, incômodo? — O Lee pergunta, desviando o olhar para onde estava brincando com seus dedos cobertos pelo moletom.
Renjun se virou em direção ao mais novo, e pegou seu rosto delicado em suas mãos, fazendo com que ambos fizessem contato visual. Os olhos do Huang brilhavam em adoração ao garoto que emanava beleza à sua frente.
— Nunca, meu sol. Eu amo cada aspecto e característica sua, você é perfeito para mim! — Renjun disse, deixando um beijo na pontinha do nariz do outro, vendo o Lee ficar todo vermelho nas bochechas.
— É que, as vezes parece que eu só te dou trabalho. Eu sou escandaloso, desastrado e um pouco grudento demais, você não me acha insuportável? — Donghyuck sente seus olhos lacrimejarem, abraçando seu próprio corpo se sentindo um tanto desconfortável por aquelas palavras.
— Quem disse isso para você, Donghyuck? - A expressão do Huang estava mais séria do que nunca, seus braços cruzados contra o peito, observando cada pequena ação do mais novo.
— Umas garotas da minha turma que gostam de você... Elas acham que eu sou um incômodo para você, já que você sempre parece irritado com minhas brincadeiras. — A voz do Lee está embargada ao contar sobre sua pior insegurança: que um dia Renjun canse de si.
— Haechan, olhe para mim. — O mesmo nega com a cabeça. — Hyuck, por favor, olhe para mim. — Com um suspiro forte, ele levanta seu olhar ao chinês, vendo seu olhar preocupado.
— Você lembra da promessa que eu fiz no dia em que eu te pedi em namoro? — Perguntou, segurando as mãos trêmulas do Lee.
— Sim, hyung... "Para o meu pequeno girassól, eu prometo cuidar de você, te proteger e te amar, não importa quando nem onde. Eu estarei do seu lado, nos bons e maus momentos, para crescermos e aprendermos juntos." — Haechan sente seu coração coração quentinho ao lembrar daquelas palavras proferidas pelo seu Renjun de 2 anos atrás.
— Você acha que essa promessa continua viva entre nós? — O mais velho pergunta, colocando uma mecha do cabelo de Haechan atrás de sua orelha, aproveitando para novamente fazer um carinho nas bochechas macias do mesmo.
— Sim, Renjun-ah. É que as vezes eu fico tão nervoso e inseguro que... sei lá, vem esses pensamentos ruins e eu me sinto mal, me desculpe. — Nem meio segundo se passa para que as lágrimas do Lee viessem à tona com força.
Renjun puxa seu garoto para um abraço apertado, com Haechan soluçando em seu pescoço. Seus braços rodearam a cintura do mais novo, o mantendo o mais próximo possível de si, fazendo um carinho leve em seu cabelo e costas.
— Eu nunca, em nenhum momento, te achei incômodo ou algo do tipo! Você é meu sol, minha dose de serotonina diária, o meu garoto cheio de energia e meu amor! — Apertou Haechan ainda mais em seu abraço, como se ele pudesse desaparecer a qualquer segundo.
— Eu te amo tanto, hyung... Amo tanto que não consigo descrever em palavras, mas eu te amo muito, meu príncipe encantado da vida real.
Nem esperou outra ação do mais velho, e Donghyuck leva seus lábios de encontro ao do outro, num beijo que tentava demonstrar o quão forte eram seus sentimentos. Seus lábios se separam contra a vontade de ambos pela falta de ar, mas não impede do Lee salpicar o rosto de Renjun com vários beijinhos rápidos, cada um intercalados por um "eu te amo".
E pelo resto do dia eles ficaram assim; envolvidos em sua pequena bolha de carinho, respeito e admiração.
Todos que viam o casal sempre ficavam admirados com o quão diferentes eles eram, e com razão, pois ambos eram totalmente o contrário do outro.
Mas onde ouvesse uma tempestade, sempre terá uma calmaria.
E se Donghyuck era o caos, Renjun faria questão de ser seu lugar de paz.
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About books and sunflowers | [Renhyuck]
Fiksi PenggemarDonghyuck era o caos. Mas Renjun era sua calmaria. [RenHyuck] (nct)🍡 [oneshot]🍡 [soft+angst]🍡 [30\07\2021]🍡