O IMPÉRIO DE UM GAROTO (taekook)

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Alasca, 2007.

Kim Taehyung

Separei o meu livro para dar continuidade em minha leitura atrasada por conta de alguns imprevistos que tive durante essa semana. Todos os fins de anos são confusos e agitados, papai costuma falar que isso é um bom sinal para a calmaria que está vindo. Talvez ele tenha razão e em alguns dias, eu tenha a paz que desejo ter hoje. Com calma, puxei uma poltrona revestida de couro importado para a varanda do quarto. Lembro-me bem do jantar quando essas poltronas chegaram no palácio, fiquei animado porque era um desejo da mamãe ter peças como está poltrona em nosso lar.

— Bom dia, meu garoto. — Ouvi a voz dele, virei-me para abraçá-lo. Papai tem costume de chamar-me assim desde o dia que eu nasci.

— Bom dia, papai. O senhor já está indo para a viagem? — Pergunto curioso.

— Sim, meu filho. Não se preocupe, voltarei antes do seu aniversário.

Eu queria demonstrar meu desgosto em saber sobre essa viagem repentina e indesejada por mim, mas sei que são negócios e nunca devo criar caso quanto a isso.

— Eu te amo, meu filho amado e esperado. Desde o dia do teu nascimento, meu mundo teve cor e sentido. Seja forte e corajoso, entendido? — Eu não entendo muito bem o motivo dessas palavras.

— Serei como o senhor.

— Tente ser melhor todos os dias da sua vida. Kim Taehyung, o mundo conhecerá você como o melhor rei que já pisou na terra. Honre tua nação e a tua família, meu filho. Desconfie de todos e acredite no amor de alguns, pessoas são decepcionantes. Abra bem os olhos. Seja forte e lute por todos. Eu te amo, meu filho. Eu te amo. — Papai me abraçou apertado mais uma vez, senti meus olhos marejar de emoção por suas palavras de encorajamento.

Assim que papai saiu do meu quarto, pude respirar novamente mais aliviado e com o coração cheio de amor. Eu sabia que essas palavras andariam comigo até o meu último dia de vida, elas estavam marcadas em mim. Pela varanda do meu quarto, esperei ansioso para ver o meu pai saindo do palácio e alguns soldados acompanhando para que ocorra tudo bem durante a viagem.

Lile trouxe uma xícara de café quente e forte para mim. Aprendi a me deliciar com isso por causa de Jimin, ele disse que pessoas inteligentes e intelectuais bebem café para virar noites em claro estudando e resolvendo problemas.
Vejo crianças correndo do outro lado dos portões dourados e gigantes que delimitam o palácio onde moro. Algumas delas acenam e lançam-me sorrisos doces e sinceros, retribuo os gestos para deixar claro que estou observando cada um deles em seus afazeres em um belo domingo.

As crianças costumam arrancar algumas frutas no terreno ao lado do palácio para maravilhar suas mesas durante os cafés das manhãs aqui em Alasca. Papai cedeu um espaço para o cultivo de frutas e ervas para que assim o meu povo não precise gastar com certos alimentos que entram em suas casas. Ajudam com as plantações e alguns cuidados, mas meu pai paga cada um deles e agradece bastante por todo cuidado e dedicação disponibilizada por cada um morador de Alasca.

— Príncipe. — É Lile, a mulher que meus pais acharam para cuidar de mim desde o meu nascimento. — Acordou cedo. O que está lendo?

— Bom dia, Lile. Algumas formiguinhas estavam caminhando sobre os meus lençóis e então, decidi levantar para observar o nascer do sol. — Respondo, mentalizando o número da página onde estou parando e fecho-o para focar minha atenção na mulher a minha frente.