ᴛᴇʟᴇᴘᴀᴛᴀ

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O pessoal reunido😭

Esse pensamente devia me encher de muito mais repugnância do que realmente faz.

- Tenho que ir - diz ele. - Você deve ter muita coisa para faz nos próximos minutos para poder chegar ao aeroporto.

Na verdade, não. Já guardei tudo mas não digo nada.

- Quer que eu vá embora?

Percebo que ele está torcendo para que eu diga não, mas há uma grande parte de mim que precisa que ele vá antes que eu o use como desculpa para não me mudar para Nova York.

- Acompanho você até a porta. - Minha voz sai baixa e tímida.

Ele não reage de imediato às minhas palavras, mas por fim, aperta os lábios formando uma linha fina e assente.

- Está bem - diz ele, aturdido. - Está bem. Me acompanhe até a porta.

Calço os sapatos que eu tinha separado para usar no jantar desta noite. Nenhum de nós dois diz nada enquanto seguimos relutantes para a porta. Ele a abre e sai primeiro, então vou atrás dele. Eu o observo andar pelo corredor na minha frente.

Sua mão agarra com força a própria nuca e detesto que ele esteja chateado. Detesto que eu esteja chateada. Detesto que a gente tenha dormido e desperdiçado totalmente as últimas duas horas inteiras que teríamos juntos.

Estamos quase na sala quando ele para e se vira. Mais uma vez, ele parece prestes a vomitar. Fico imóvel e espero pelo que vai dizer.

- Pode não valer um livro, mas vou ter de fazer isso.

Ele dá dois passos rápidos na minha direção até que suas mãos vão parar no meu cabelo e sua boca, na minha. Ofego, surpresa, e seguro seus ombros, mas no mesmo instante entro no ritmo dele e passo as mãos em seu pescoço.

Ele me encosta na parede e as mãos, o peito e a boca dele me pressionam, ansiosos. Ele está segurando meu rosto como se tivesse medo de soltar e estou me esforçando para respirar, porque faz tanto tempo que beijo alguém, que talvez tenha esquecido como fazer direito. Ele se afasta por tempo suficiente para que eu tome fôlego, depois volta e... As mãos e... As pernas e... A lingua.

Ah meu Deus, a língua dele.

Faz mais de dois anos que a língua de alguém não entra na minha boca, então eu deveria supor que ficaria mais hesitante do que estou. Mas, no segundo em que ele a desliza por meus lábios, os abro de imediato e recebo o calor de um beijo muito mais profundo. Macio. Hipnótico. A boca de Arthur, combinada com sua mão descendo por meu braço, é demais. Demais. Bom demais. Tão bom. Simplesmente gemi.

Assim que o som escapa da minha boca, ele me pressiona com mais força contra a parede. Sua mão esquerda acaricia minha bochecha e a direita agarra minha cintura, me puxando na sua direção.

Já terminei de fazer as malas. Ele não precisa ir embora neste minuto.

Precisa?

Na verdade, não precisa. Sexo libera endorfinas, que, por sua vez, mantêm as pessoas acordadas, então transar com Arthur pode me beneficiar antes de pegar o avião. Nunca fiz sexo durante todos os meus 18 anos, então imagine a quantidade de endorfina que já acumulei. Podíamos fazer sexo antes do meu voo e eu não precisaria dormir por dias. Imagine como eu seria produtiva quando chegasse a Nova York.

Ah, meu Deus, estou empurrando ele de volta para o meu quarto. Se ele voltar para o quarto comigo, não vou conseguir dizer não. Estou mesmo disposta a transar com alguém que nunca mais vou ver?

The Date~Volsher Adaptation~Onde histórias criam vida. Descubra agora