*TW: Esse capítulo contém abuso de drogas ilícitas.
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Park Jimin* — Vamos lá, eu paguei a mais pra isso! — O homem com a voz rouca, me perturba, mais uma vez.
— Me desculpe, senhor. Eu não posso... — E eu o respondo, mais uma vez.
— Como não? Você sabe quem sou eu? Eu sou cliente VIP a anos! Você tem que fazer o que estou pedindo! — Com a voz mais rouca e mais grave, ele basicamente, me ordena a fazer o que não quero.
— Senhor... Me desculpe, eu realmente...
— Por que está se fazendo de difícil, hum?! Você acha que está na posição de escolher alguma coisa? Olha só pra você! Estou te pagando trezentas pratas, você jamais conseguiria algo melhor do que isso. Anda logo!
Afetado pelas palavras cruéis, - mesmo que isso já seja um costume para mim - eu não consigo mais negar o seu pedido.
As primeiras vezes foram difíceis e doloridas. Minhas narinas ardiam como fogo e minha cabeça latejava.
Mas depois da quarta ou quinta vez, eu não consegui sentir mais nada, como se minha mente fosse parar em um limbo, um lugar totalmente vazio.*
[...]
Quando acordo, depois do que me parecem horas, eu dificilmente consigo me situar de onde estou.
O lugar é claro e silencioso.
Pelo menos é o que parece, enquanto olho para o teto iluminado por uma lâmpada florescente.
Logo, eu me pergunto: será que estou morto?
Se sim, por que parece que estou no céu? Eu provavelmente não viria para um lugar desses.
Tomando um pouco mais de consciência e com muita dificuldade, - já que meu corpo parece não obedecer meus comandos - eu consigo olhar para outra coisa que não seja o teto claro e a primeira coisa que percebo, é um homem sentado em uma pequena poltrona, adormecido.
Ignorando o fato de quem seja, por ainda não estar completamente sã, uma nova dor, aparece em meu braço.
É uma agulha, que dá acesso ao soro que percorre minhas veias.
E ao que tudo indica, eu estou em um hospital, já que também há uma máscara de oxigênio em meu rosto.
Logo, eu me pergunto outra coisa: Será possível estar num hospital, no céu?
Não faz nenhum sentido.
Ainda ponderando minha condição, eu escuto um ronco baixo e minha atenção volta ao homem sentado na poltrona.
É o professor Jeon.
É... Talvez eu esteja no céu mesmo.
Se bem que... Isso é ruim! Ele não pode estar aqui! O que ele está fazendo aqui comigo?
Pelo meu desespero, minha frequência cardíaca parece aumentar e o barulho repetitivo do monitor chama a atenção de uma enfermeira que passa pelo corredor.
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Mil Dentes de Leão • JJK + PJM
FanfictionPark Jimin sempre foi um bom garoto. O orgulho dos seus pais pelo seu ótimo desempenho escolar e sua personalidade adorável. Mas, tudo mudou aos seus dezesseis anos, quando foi expulso de casa e teve que fazer escolhas severas para sobreviver ao cao...