Um ultimo adeus

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Oi gente, tudo bem ? Hoje eu vim aqui com uma fic bem diferente!! Espero que gostem e boa leitura.

Manon estava voando em braxos indo em direção aos desertos, em direção a seu reino, sua casa, mas ela não se sentia bem ou feliz, mas sim um vazio que a estava consumindo

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Manon estava voando em braxos indo em direção aos desertos, em direção a seu reino, sua casa, mas ela não se sentia bem ou feliz, mas sim um vazio que a estava consumindo. Uma dor tão imensa, tão profunda como ela nunca havia sentido. Uma dor que fez a cicatriz que sua avó lhe deu parecer nada mais que um aranhão. Sua avó não tinha parado para pensar nela desde a guerra. Morta. Ela estava morta e com a graça da Deusa estava queimando no fogo do inferno.

A guerra. Tínhamos ganhado, elas deveriam estar aqui, deveriam estar ao seu lado com suas serpentes. Elas tinham que estar aqui, mas não estavam. O estômago de Manon se revirou e aquela dor tão conhecida a atingiu com força, rasgando tudo o que via pela frente. E quando ela menos percebeu abraxos estava posando.

Ela tinha levado as buxas para o deserto e a reconstrução da cidade, mas havia algo que ela precisava fazer. Uma promessa para honrar. Uma despedida a fazer.

E lá estava Manon, no meio da floresta olhando para a cabana onde sua prima tinha vivido os melhores momentos da vida dela, onde tinha se apaixonado e engravidado, onde tinha ido contra todos os seus princípios, onde tinha sido forjada, onde tinha conhecido o verdadeiro significado de amor.

Manon sabia que não conseguiria seguir em frente sem se despedir das suas treze, da sua prima. Ela irá cumprir a promessa que fizeram para ela, levaria seu corpo de volta para a cabana ou pelo menos algo que o representasse.

Manon se aproximou da entrada da cabana, ela era bonita, grande e rústica, mas de uma forma aconchegante. Poderia ser tranquilamente com uma casa que vivia uma família feliz. Longe de tudo, da sua avó, do sangue e das guerras, onde talvez tivesse tido uma história feliz . A dor que Manon sentia ao olhar aquele lugar era imensurável.

Ela nunca mais veria suas treze. Nunca mais iria para a batalha com Asterin , Sorrel, Vesta Faline, Fallon, Edda, Briar, Thea, Kaya, Linnea, Ghislaine ou Imogen. Elas nunca mais voltariam, nunca conheceriam a terra natal para por qual elas lutaram e sangraram tanto e não veriam as bruxas unidas. Nunca.

O mundo nunca mais veria aquelas almas tão fortes e únicas que foram transformadas em monstros mas conseguiram ir contra isso, que acreditaram e lutaram por um mundo melhor, que acreditavam que ela poderia ser melhor. Que a seguiram quando ela desafiou a avó, que estavam dispostas a perdoar a morte de uma das suas pelas mãos de sua líder, que lutaram pela sua causa mesmo depois de saber que sangue Crochan corria em suas veias.

Sua aliança, suas treze, sua família.

Então ela finalmente tomou coragem e entrou na cabana.

O lugar estava sujo e empoeirado por conta do tempo, mas ainda parecia com a descrição de Asterin. A entrada era simples com uma mesa de madeira para apoiar os pertences, a sala era pequena, mas aconchegante, tinha também uma cozinha com uma mesa de canto que dava para a varanda e uma escada para os quartos. Manon foi em direção a um dos quartos no qual ela acreditava que os dois dividiram, era exatamente como a descrição de Asterin, tudo, cada mínimo detalhe.

Manon se aproximou da cama onde deixou a flor que representava a quebra da maldição, que representava o sacrifício daquelas doze bruxas destemidas e corajosas. E depois de muito tempo Manon realmente conseguiu falar sobre aquilo.

- Oi Asterin... Eu queria te dizer algumas coisas, queria ter dito enquanto você estava viva, enquanto vocês estavam vivas - Manon respirou fundo, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu seu rosto, mas ela não se importava havia muito tempo - Eu sinto sua falta, de todas vocês. Vocês foram as pessoas mais importantes da minha vida e sempre vão ser. Eu amo vocês e eu queria tanto que nós fossemos para os Desertos, queria que reconstruíssemos aquele lugar juntas. Eu queria ter evitado que vocês fizessem a renúncia, queria ter morrido lutando juntas como sempre fizemos.

Manon não tentava impedir o soluço ou as lágrimas que agora caiam pelo seu rosto de forma avassaladora. Não impediu as memórias ou a dor de vir e a rasgarem e destruírem sua alma. A dor que acompanhava desde a batalha a atingiu com tanta força e conhecimento que Manon já estava acostumada, mas do mesmo jeito que a dor veio a dor. Mas veio também a sensação de alívio por libertar aquele sentimento.

- Vocês nunca serão esquecidas, serão honradas e lembradas pelas grandes guerreiras que foram e pelo seu sacrifício. Irei honrar a minha promessa, vou levar nosso povo para casa e farei de tudo para serem um povo unido. Vou reconstruir o nosso reino pedra por pedra e ele será grande, forte e fértil! Um símbolo de paz. - um sorriso triste apareceu no rosto de Manon - E eu prometo tentar viver e ser feliz e talvez essa seja a parte mais difícil da promessa.

Manon se virou para ir embora, mas não antes de dizer algumas últimas palavras. Não para elas, nunca para elas. Eles sempre estariam juntas, mas uma breve despedida da dor. Manon sabia que ela também sempre estaria com ela, mas ela tentaria substituir a dor pelas boas lembranças, pela esperança, por um mundo melhor.

- Espero que vocês estejam bem e em paz aonde quer que vocês estejam. Espero Asterin, que você tenha encontrado seu caçador e sua bruxinha e que vocês possam ter tido um final feliz que não puderam ter em vida. Eu amo você, Asterin e espero que você esteja em paz... Nós somos as Treze, a partir de agora até a escuridão nos clame

Então Manon, saiu da cabana com essa saudação final. E lá estava abraxos com a cara enfiada nas flores, olhando para ela com um misto de curiosidade e tristeza como se soubesse exatamente o que Manon estava fazendo ali.

- Vamos garoto. Temos muito trabalho a fazer.

Então, a bruxa de cabelos brancos voou de volta para casa, em busca de construir um mundo melhor.

Até que a escuridão a chame.


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