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Google tradutor pra que te quero.

(Negrito entre parênteses) = eu

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O clímax do inverno já havia passado, só devia demorar duas a três semanas para o fim da estação.

E, no entanto, a urgência para partir de lá já não parecia mais tão urgente assim.

Era estranho, mas parecia que o lugar o recebia com mais conforto - talvez fosse simplesmente a adaptação, ou talvez porque, depois daquela "bronca" antes da "melhora súbita" que Langer teve, aquele ar de frustração parecia estar aparecendo menos, uma ponta aqui e ali, em vez de toda vez que se encontravam.

De todo modo, os dias continuavam ficando mais longos, e o tempo que tinham para falar um com o outro encurtava. Talvez inverno causasse algum tipo de atraso em o que quer que fizesse, visto que às vezes levantava de manhã cedo e escutava sons vindo do escritório.
Preferia não perturbar. Não sabia o que um lord fazia, ou muito sobre lords no geral. O Fallacy que aprendia a apreciar a companhia, conhecia simplesmente como um homem, mesmo que às vezes lhe desse vontade de fugir no que seria uma junção inofensiva - uma ovelha sempre será uma ovelha, era o que pensava.

Era tarde, a luz solar entrava um pouco fraca através da janela do salão, e jogava raios rosados sobre a neve, que havia deixado o terreno quase irreconhecível.

Mas era bonito, e calmante. E que podiam ter, mãe filho, como um momento em que podiam esquecer que tinham razões para se preocupar.

-- Acho que não posso falar a seu respeito, meu amor. Realmente é linda.
Sentir o pequeno se aconchegar em seus braços era algo calmante, também. Pequenas coisas que temperam o cotidiano, mesmo que brevemente cortado quando ele teve que afastar o rosto para bocejar.
-- Quer tirar um cochilo?

O menino concordou com a cabeça, e enterrou o rosto nas roupas do adulto. O acariciou até ter certeza de que havia dormido, então carregou de volta para o quarto.

Foi um impulso bem bobo, mas, esse tipo de sensação pode ser boa para abrir o olho da mente, não? Ficaria tudo bem, contando que voltaria antes do filho acordar. O cobriu com o lençol e pegou seu caderno de rascunho mais uma vez. Esse provavelmente seria um dos que iria guardar para si.

Voltou tomando seu tempo, e quando se sentou na poltrona novamente, pareceu de repente mais ciente do frio. Pela ausência da companhia, supôs. Abriu em uma das páginas no final, e em vez de achar um modelo, simplesmente acrescentava linhas onde sentia que era certo; se uma porção se juntasse bem o bastante para formar uma imagem, a passaria melhor em outra folha.

Frio... Juntou mais as pernas e se encostou mais, se era possível; o móvel acolchoado parecia mais confortável quando mais ficava. Oh, parece que a sonolência também o queria. Bom, era leve, ficaria bem, apenas mais um pouco, certo?

Belo exemplo, ein?
Mas ficaria bem, não? Era só mais um pouco.

~~

Não foi só mais um pouco.

A primeira coisa que notou ao acordar foi que a posição em que estava não era confortável, e a segunda, quando as órbitas abriram o mínimo mandado por reflexo foi que já havia anoitecido. Tornou a fecha-las, no entanto, quando se deu conta que alguém falava não muito longe, e uma voz dentro de si lhe disse que a melhor opção que tinha era fingir que estava dormindo.

De fato, não era muito longe - era na mesma sala que a si, e três vozes femininas que reconhecia, mas não se importava o bastante para diferenciar na memória. Falavam, supunha, entre si, em uma língua que não entendia.

Vampire Verse - Sun and MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora