Prólogo

43 2 0
                                    

Heyy, mais uma história para vocês, espero que gostem!

--

10 de janeiro de 2018 – quarta feira

Trabalho, muito trabalho. Começo de ano e todos querem resolver seus problemas, e eu fico super sobrecarregada, ainda mais com uma filha de quatro anos que adora correr, fazer bagunças e ama um drama para chamar atenção. 

Claro que tenho meus pais e minha irmã para ajudar, mas mesmo assim, não é fácil ser mãe solteira, já que o pai de Alice morreu em um acidente de carro antes mesmo de saber que eu estava grávida. Além disso, os processos estão aumentando com o início da fama, podemos dizer, porque sou uma das poucas do meu ramo que não aceita dinheiro, ou seja lá o que for, para dar a vitória ao culpado. 

Moro em Madison, Wisconsin, EUA, uma cidade mediana, mas com ótimas moradias a preços justos, escolas muito boas, excelentes hospitais e uma grande diversidade de atividades recreativas e opções de entretenimento. Sobre meu trabalho, sou advogada de direito civil, que lida com a representação de interesses individuais e particulares relacionados a bens, propriedades e questões familiares. Minha renda é até bem boa, consigo nos manter bem, pagar o apartamento, condomínio e comida e nas horas vagas viajar com a minha pequena. 

Falando um pouco mais sobre Alice, ela é uma criança esperta, com muita energia e que adora um carinho. Em relação à figura paterna, claro que existem vezes que ela me questiona sobre onde está seu papai, como no dia dos pais, natal, dia de ações de graça. Sempre explico a ela que seu pai virou uma estrelinha, mas que queria muito tê-la conhecido e que a ama muito. 

Não sou uma pessoa que se relaciona muito, e sempre que conheço alguém, penso duas, ou mais vezes, até apresentá-lo à Alice ou à minha família. Confesso que tenho um pouco de receio no que a pequena irá pensar, mas por enquanto não penso em namorar ou algo do tipo. O que penso mesmo é em arranjar alguém para cuidar da minha princesa enquanto resolvo coisas de trabalho no horário oposto ao de sua escola. 

Minha mãe me ajudava nesse quesito, mas agora ela fica muito cansada, pois tem que pegar dois ônibus até chegar na minha casa. Minha irmã nem posso cogitar, ela está no auge de seus 22 anos e só quer saber de trabalhar até sexta-feira à tarde e ir para festas, baladas, shows.... Não que ela não ame Alice, muito pelo contrário, a relação da pequena com os avós e a tia é linda. Todas as vezes que nos encontramos é risada o tempo todo. 

Por todos esses fatores, estou desde o final do ano passado tentando encontrar alguém de confiança para cuidar da minha filha. Já fiz alguns testes, mas nenhum deu certo. Alguns porque o horário não batia, outros porque não conseguiam dar conta de cuidar de Alice, mas o pior de todos, foi porque sou negra, e eles não queriam trabalhar para uma pessoa assim.  Esses comentários me atingiam mais antes, porém, agora com 26 anos, aprendi que não devo me importar muito com eles, e ensino isso para Alice também.


Any Gabrielly Rolim Soares; 26 anos; mãe solteira e advogada.

Any Gabrielly Rolim Soares; 26 anos; mãe solteira e advogada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




Alice Rolim Soares; 4 anos.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
The BossOnde histórias criam vida. Descubra agora