Pirulito Cor-de-Rosa

4 - Meninas más são as melhores!

4 – Meninas más são as melhores!

Pirulito Cor-de-rosa

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Pessoas ricas têm de saber gastar! Se você mal se aguenta de tanto esperar pra pôr as mãos na herança de seus pais – tem meu mérito! A maioria das meninas de Salt Garden está numa frenética busca nesse momento mesmo, pela melhor roupa pra superfesta que vai acontecer daqui a algumas horas na mansão do Heyjoy’s no final da Rua Lexigton!

Eu receio em dizer, mas os convites para a festa foram distribuídos há dois meses e vai ser quase impossível você – que está pensando em ir de penetra – poder entrar.

Nós sabemos que não a nada mais revigorante do que bebedeira ao extremo e sexo com desconhecidos!

Então, as pessoas de classe como nossos amiguinhos vão tentar não extrapolar, mas é óbvio que eles não vão conseguir. E eu estarei lá para flagrá-los dando suas escapadinhas! Gente hoje é dia de festejar! Nós vemos por lá! Beijos!

Augustine escutou a campainha tocar.

-Tem alguém na porta! – disse Elena.

Ela saltou da cama e correu para a janela do quarto para ver quem está diante da porta.

-Meu Deus! – ela pôs a mão na boca. – É o Tom!

-O que? – perguntou Augustine abismada.

A campainha soou novamente.

Augustine olhou pelo vidro e viu ele. Com as mãos escondidas nos bolsos da calça jeans. Em pé diante da porta.

Ela atravessou o quarto e saltou de dois em dois degraus a escada para o primeiro andar. Quando ela cruzou a sala, sentiu seu coração estremecer. Ai meu Deus, eu estou gostando dele!

Augustine encostou as mãos na porta e olhou no olho mágico para ter certeza. Era ele!

Ela reparou que Elena estava atrás dela. Elena pos o dedo na boca indicando silêncio. Augustine girou a maçaneta e o brilho do sol invadiu seus olhos.

Tom sorriu e congelou ao vê-la ali diante dele. Decidiu de última hora convidá-la para a festa. Augustine era a pessoa que ele mais queria ver. Depois de ontem, ele sentiu que ela o compreendia. E que ele compreendia ela.

-Oi! – disse ele sorrindo.

-Oi! – disse ela sorrindo de volta.

-Augus, eu sei que pode parecer apressado demais... – ele se interrompeu. – Mas eu gostaria de saber se você quer ir à festa da America hoje, comigo?

-A festa? – ela sentiu algo toma-la. Medo talvez.

-Sim.

Augustine olhou atrás da porta, para onde Elena estava escondida, escutando toda a conversa deles. Ela se segurava para não rir alto, mas concordava com a cabeça.

-Aceita! – ela sussurrou somente para Augustine ouvir.

-Claro! – Augustine voltou a olhar para Tom.

-Ah... – ele parecia não acreditar que ela tinha aceitado ir com ele. – Eu venho te buscar as nove?

-Estarei pronta até lá! – disse Augustine sorrindo.

-Ok, até mais! – ele se virou. Os músculos dos ombros rígidos.

Foi como se ele tivesse falado como uma garota pela primeira vez. Nunca sentira isso antes. Tom olhou para trás rapidamente, ela ainda o olhava caminhar. Então apressou o passo até o carro estacionado no acostamento da rua.