Beauxbatons e Durmstrang

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O temporal já se esgotara quando o dia seguinte amanheceu, embora o teto no Salão Principal continuasse ameaçador; pesadas nuvens cinza-chumbo se espiralavam no alto enquanto Alley e Mery examinavam seus novos horários da manhã, ao seu lado estava Draco e Crabbe, já Goyle se sentara um pouco mais longe com a Pansy.

-Herbologia com a Corvinal, Trato de Criaturas Mágicas com a Grifinória...- Comecei a ler o papel que nos distribuíram e Draco fez uma expressão de nojo- Hoje a tarde vamos ter Adivinhação...

Houve um repentino rumorejo acima deles e cem corujas entraram pelas janelas abertas, trazendo o correio da manhã, A Whynnis trouxera para Alley uma carta de seus pais junto com algumas fotos, a coruja de Draco pousara no ombro dele trazendo sua habitual remessa de doces e bolos de casa, o que Alley sempre sentira inveja, ela admitia. Todos aqueles bolos pareciam extremamente deliciosos, ela acabou por ficar encarando a cesta por um tempo.

-Minha nossa!- Dracou pegou um muffin de framboesa e depositou na frente da Alley, na mesa- Se queria um era só pedir, não precisa ficar babando desse jeito.

-Idiota...- Resmungou, mas estava sorrindo, bolos lhe faziam feliz.

A aula de Herbologia da Sonserina com a Corvinal foi logo após a da Grifinória com a Lufa-Lufa, após chegarem a estufa número três a Profa. Sprout começara a mostrar plantas que se assemelhavam a enormes lesmas gordas e pretas que brotavam verticalmente do solo, se tratavam de Bubotúbetas, eles deveriam recolher o pús das plantas para depositar nas garrafas.

-Essa escola fica cada vez pior...- Falou o Draco enquanto colocava as luvas de couro de dragão.

Após os alunos terminarem a nojenta, mas estranhamente prazerosa tarefa, as garrafas foram entregues para a professora, Alley tirara as luvas e ficara conversando com Theo, até perceber um olhar sobre si, se virou e percebeu que uma aluna da Corvinal a encarava, a apanhadora do time de Quadribol, Cho Chang, não era um tipo de olhar amigável, ela parecia estar um pouco zangada.

Uma sineta ressonante sinalizou o fim da aula e a turma se separou, a Corvinal iria ter aula de Feitiços e a Sonserina teve que descer até o jardim para ter aula com o Hagrid, junto com a Grifinória. Hagrid estava parado à frente da cabana, havia vários caixotes abertos no chão à seus pés. Quando os garotos se aproximaram, um estranho som de chacoalho chegou aos seus ouvidos pontuado, aparentemente por pequenas explosões.

Aqueles bichos pareciam lagostas sem casca, deformadas, terrivelmente pálidas e de aspecto pegajoso, as pernas saindo dos lugares mais estranhos e sem cabeça visível. Havia uns cem deles em cada caixote, cada um com um quinze centímetros de comprimento, rastejando uns sobre os outros, batendo às cegas contra as paredes das caixas. Desprendiam um cheiro forte de peixe podre. De vez em quando, soltavam faíscas da cauda e, com um leve pum, se deslocavam alguns centímetros à frente.

-Acabaram de sair da casca- Informou Hagrid orgulhoso- Por isso vocês vão poder criar os bichinhos pessoalmente! Achei que podíamos fazer uma pesquisa sobre eles.

-E por que nós iríamos querer criar esses bichos?- Perguntou Draco com uma voz fria.

Alley relutou mas teve que concordar com o Malfoy, de fato aqueles bichos não pareciam tão "domesticáveis" para se criar, a impressão que davam é que poderiam explodir a qualquer momento.

-Quero dizer, o que eles fazem? Perguntou o Draco- Para que servem?

-Isto é na próxima aula, Malfoy. Hoje você só vai alimentar os bichos. Agora vamos ter que experimentar diferentes alimentos... nunca os criei antes, não tenho certeza do que gostariam... tenho ovos de formiga, fígados de sapo e um pedaço de cobra, experimentem um pedacinho de cada.

You are my MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora