Capítulo 10

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Noah Urrea
Malibu

Alguns dias depois...

Desço do meu carro e entro no lugar que eu tento evitar a todo custo. A casa da minha mãe! Não é um lugar que eu odeie, só não gosto de vir porque as vezes me estresso demais com ela.

— Noah meu filho que bom ver você! — Wendy diz ao me ver e eu forço um sorriso.

— eu trouxe o dinheiro para você. — digo e um grande sorriso surge em seus lábios.

— as coisas estão difíceis por aqui. — disse e eu concordei mesmo sem saber muito.

— eu trouxe uma boa quantia de dinheiro espero que ajude de alguma forma. — falei, sempre que venço um racha o que ganho eu trago para ela, e dessa vez não seria diferente.

— qualquer quantia vai ser útil na situação que eu estou. — ela diz começando seu drama de sempre.

— eu vou... — paro de falar ao ver um homem saindo de um dos quartos com apenas uma toalha na cintura. Fecho os olhos com força para contém a raiva que estou sentindo agora.

— não é o que você está pensando filho. — diz se aproximando mas eu recuo.

— não é o que eu estou pensando? Então me diga você que porra está acontecendo aqui! — falo irritado.

— Wendy eu acho melhor eu ir embora. — o homem diz e ela nega.

— vá para o quarto e me espere lá! — diz e o homem assente logo saindo. — ele não é um cliente, é apenas um amigo. — diz e eu sorrio sem humor.

— é sempre a mesma coisa, você diz que não faz mais esse tipo de trabalho mais quando venho aqui eu vejo outra coisa! — falo rude.

— você não consegue entender Noah, as coisas estão complicadas e eu preciso de dinheiro. — diz alterada.

— não seja hipócrita, eu te trago sempre uma boa quantia de dinheiro, você dorme com esses caras porque quer, não tem desculpa para isso! — falo já saindo de lá.

Esse é o principal motivo de eu não vir muito aqui, Wendy está sempre em uma teia de mentiras e eu tento me controlar para não fazer algo que me arrependa depois.

Entro no meu carro e ignoro todos as sinalizações até chegar em casa, quando estou irritado sempre desconto no acelerador, acho que meu pai já se acostumou com as multas que sempre tem que pagar.

— papai é o meu aniversário! — escuto a voz de Sofya e já sei que ela está tentando convencer papai de que é uma boa ideia ganhar um iate de presente.

— docinho por que você quer um iate? Você não gosta do mar. — papai diz.

— porque eu quero papai, você disse que me daria o que eu pedisse de aniversário. — fala birrenta, Sofya é extremamente mimada as vezes.

Me aproximo e vejo que todos estão sentados a mesa.

— porque você não quer um carro? Ou um apartamento? Um iate? O que você vai fazer com isso depois? — pergunta confuso.

— eu não quero ele depois, só no meu aniversário. — diz e eu reviro os olhos, não seria mais fácil alugar um?

— papai. — Sofya diz com um bico enorme nos lábios.

— tudo bem docinho vamos ver o seu iate. — ele se dá por vencido e Sofya se joga nos braços dele o enchendo de beijos, fofa.

— então quer dizer que teremos uma festa num iate? — pergunto e Sofya assente sorrindo.

— e você onde esteve até essa hora? — Catrina pergunta com falsa preocupação, ela sabe onde eu estava.

— não é da sua conta. — digo me sentando próximo ao meu pai.

— qual o motivo da sua ignorância? — pergunta novamente.

— ele estava com a mãe dele que continua a mesma vadia de sempre. — Joalin diz e eu engulo todo o ódio que sinto dela, no fim das contas ela não está errada.

— qual a necessidade disso Joalin? — Sofya pergunta e ela dá de ombros.

— eu vou deixar uma coisa bem clara aqui! — papai diz ficando de pé — eu não quero ouvir de nenhum de vocês, nem mesmo de você Noah — diz me olhando — insultos direcionados a Wendy. Não importa o que ela faça. — diz e ouço um suspiro escapar dos lábios de Catrina, mais sei que ela não fará nada além de escutar calada.

— vai defender a prostituta agora? — Joalin rebate.

— o que eu faço ou deixo de fazer não diz respeito à nenhum de vocês, apenas obedeçam as minhas ordens. Todos vocês tem muito a perder aqui. — diz e sai deixando todos de boca aberta.

Que Marco ama minha mãe todos já sabiam, mas ele nunca a defendeu dessa forma e ameaçou a todos por causa dela.

— o que foi isso? — Sofya pergunta.

— eu não sei o que foi e também não vou questionar! — digo já me levantando indo a procura de algo para relaxar.

The pilot 7 Urridalgo/ Sabinoah Onde histórias criam vida. Descubra agora