ᴛʀᴀᴍᴀ

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Opa pd foto de festa junina quase em agosto? KKK

Mas ele não só apareceu, como ainda esperou minhas duas horas Duas horas de atraso.

É extremamente lisonjeiro. Eu provavelmente teria desistido depois da primeira hora, achando que ele tinha me dado bolo.

Arthur abre uma porta e gesticula para que eu entre primeiro. Sorri para mim enquanto entro em seu quarto, mas seu sorriso parece forçado.

Ele não tem direito de ficar chateado comigo. Nós combinamos de nos encontrar hoje e, sim, eu me atrasei, mas vim. Eu me viro e apoio as mãos no quadril, pronta para me defender caso ele diga mais alguma palavra sobre o pouco tempo que temos. Ele fecha a porta e se encosta nela, mas em vez de tocar nesse assunto de novo, tira os sapatos. A decepção some de seu rosto e, na verdade, ele parece... sei lá... feliz.

Depois de tirar os sapatos, ele se aproxima rapidamente de mim e me empurra. Dou um gritinho quando caio para trás, mas antes que possa entrar em pânico, minhas costas tocam uma nuvem. Ou uma cama. Seja o que for, é a coisa mais confortável em que já me deitei.

Ele se aproxima com um sorriso irônico e brilho nos olhos.

— Vamos ficar à vontade — diz ele. — Temos muito o que conversar.

Ele se posiciona entre meus joelhos e levanta uma das minhas pernas para tirar o sapato. É um tênis "largo", então ele tira com facilidade. Em vez de baixar meu pé, passa a mão lentamente pela minha perna enquanto se abaixa na cama.

Eu tinha me esquecido de como é quente na Califórnia. Ele realmente precisa ligar um ventilador.

Arthur ergue minha outra perna e tira o sapato do mesmo jeito, passando a mão por ela num ritmo torturante, tudo isso enquanto sorri para mim. A altitude daqui é diferente da de Nova York? Meu Deus, está tão difícil respirar neste quarto.

Quando fico descalça, ele dá a volta por mim e se senta na cabeceira da cama.

— Venha cá — diz ele.

Eu me viro de bruços e o encontro deitado em um travesseiro com a cabeça apoiada na mão. Dá um tapinha no travesseiro ao lado dele.

— Eu não mordo.

— Que pena — digo, me arrastando para onde ele está. Eu me deito no travesseiro de frente para ele.

— Desde que nos conhecemos, noventa nosso tempo juntos foram passados em uma cama.

— Não há nada de errado nisso. Adorei seu cabelo.

Suas palavras me deixam agitada, mas sorrio como se ouvisse isso todo dia.

— Ora, obrigada.

Ficamos nos olhando em silêncio por um momento. Eu estava começando a me esquecer da aparência de Arthur, mas agora que estou diante dele, parece que nunca fui embora. Agora ele parece menos um adolescente do que no ano passado. E isso me faz questionar se ano que vem, quando eu o encontrar, ele estará um homem. Não que haja alguma diferença entre um homem e um cara de 19 anos, porque são a mesma coisa.

— Não temos muito tempo — afirma ele. — Tenho uma tonelada de perguntas. Tenho um livro para escrever e não sei absolutamente nada sobre você.

Abro a boca para argumentar, porque parece que ele sabe tudo a meu respeito. Mas depois fecho a boca, porque acho que, na realidade, ele não sabe muita coisa sobre mim. Só passamos um dia juntos.

— Você escreveu alguma coisa este ano?

Ele assente.

— Escrevi. Você beijou alguém este ano?

The Date~Volsher Adaptation~Onde histórias criam vida. Descubra agora